quarta-feira, 30 de julho de 2014

EM QUE PRINCÍPIOS SE FUNDAMENTA O TATO MAGNÉTICO? COMO DESENVOLVÊ-LO?

 Os leitores do Vórtice seguramente conhecem a estreita ligação do Espiritismo, desde seu surgimento, com o Magnetismo. Não terá sido apenas casualidade o fato de Allan Kardec ter-se especializado e praticado o magnetismo ao longo de 35 anos, assim como não pode ser visto como ocasional ou extemporâneo o fato dos Espíritos, na Codificação e em todas obras publicadas sob a responsabilidade do mesmo Kardec, falarem, comentarem, sugerirem o estudo e apresentarem o embasamento de muitos fatos tendo por base a ciência magnética.

Muito embora seja, em si mesma, uma ciência independente, o Magnetismo está interligado ao Espiritismo de uma forma tão indissociável que, usando as palavras de Kardec, uma estará incompleta sem a outra. A despeito disso, os espíritas, em sua maioria, parecem não se dar conta dessa verdade insofismável, o que é lamentável.

O tato magnético mais não é do que a capacidade (que alguns possuem e outros – uma grande maioria – podem desenvolver) de sentir, perceber, registrar e até diagnosticar o que um paciente está sentindo, onde ou do que está acometido. Mas, dizem alguns, que nos livros básicos do Espiritismo não se fala do tato magnético. É verdade, pelo menos nessa grafia, não fala mesmo. Mas... que tal relermos pelo menos isso que está registrado em O Livro dos Espíritos (“Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista”, no item 455)?

“A emancipação da alma se verifica às vezes no estado de vigília e produz o fenômeno conhecido pelo nome de  segunda vista ou dupla vista, que é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos.

Percebe o que exista até onde estende a alma a sua ação. Vê, por assim dizer, através da vista ordinária, e como por uma espécie de miragem”... (grifos originais)... “O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara  e nítida das coisas presentes ou ausentes. Quando rudimentar, confere a certas pessoas o tato, a perspicácia, uma certa segurança nos atos, a que se pode dar o qualificativo de precisão de golpe de vista moral. Um pouco desenvolvida, desperta os pressentimentos. Mais desenvolvida mostra os acontecimentos que deram ou estão para dar-se”. (grifos originais)

Tranquilamente posso assegurar que o que chamamos e conhecemos como tato magnético nada mais é do que uma das variantes do fenômeno chamado dupla vista. Afinal, o tato magnético nos permite uma  percepção além dos limites dos sentidos humanos e, nalguns, confere o tato, a perspicácia, uma certa segurança.

Mas, como a justificar o fato de Kardec não ter sido muito explícito nesta, como em outras questões do Magnetismo, recordemos aqui o que ele anotou em um dos seus mais brilhantes artigos acerca do Magnetismo e o Espiritismo: “Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas há apenas um passo; sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar do outro. Se tivermos que ficar fora da ciência do Magnetismo, nosso quadro ficará incompleto poderemos ser comparados a um professor de  Física que se abstivesse de falar da luz. Contudo,  como o Magnetismo já possui entre nós órgãos  especiais justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos sobre um assunto tratado com  superioridade de talento e de experiência. A ele (o Magnetismo) não nos referiremos, pois, senão  acessoriamente, mas de maneira suficiente para  mostrar as relações íntimas das duas Ciências que,  na verdade, não passam de uma”. (grifei) – (In:  Revista Espírita, edição março-1858, artigo  “Magnetismo e Espiritismo).

Além da ligação direta do Magnetismo com o Espiritismo, também dá base ao conhecimento do tato magnético, a sua existência inclusive, muitas vezes, à revelia de muitos possuidores dessa preciosa leitura fluídica ou energética.E será viável se desenvolver o tato magnético? 
Voltemos a Allan Kardec, novamente em O Livro dos Espíritos, questão 450:
A dupla vista é suscetível de desenvolver-se pelo exercício?
“Sim, do trabalho sempre resulta o progresso e a dissipação do véu que encobre as coisas.”
a) - Esta faculdade tem qualquer ligação com a organização física?
“Incontestavelmente, o organismo influi para a sua existência. Há organismos que lhe são refratários.”

E completemos essas respostas com o que ele anotou em A Gênese, Cap. 14, item 22: “É nas propriedades e nas irradiações do fluido perispirítico que se tem de procurar a causa da dupla vista, ou vista espiritual, a que também se pode chamar vista psíquica, da qual muitas pessoas são dotadas, frequentemente a seu mau grado, assim como da vista sonambúlica”.
Portanto, é perfeitamente possível o desenvolvimento dessa prática, e aqui trago o que há de mais simples nesse exercício.

Como nem todos magnetizadores trazem o tato magnético desenvolvido espontaneamente, muitas vezes é preciso treiná-lo, dar-lhe precisão. Os exercícios costumam se dar pela aproximação, lenta e gradual, da ou das mãos do magnetizador em direção ao magnetizado, oportunidade em que o magnetizador deve estar bastante atento para a infinidade de sensações que poderão ocorrer enquanto “tateia” – quase sempre sem toque físico – os campos magnéticos do magnetizado.

Obviamente que haverá necessidade de confrontação entre o que ele percebe e o que o paciente sente, pois dessa forma, ele vai se assenhoreando do que cada percepção psico-tátil vai lhe dizendo. Tomemos, por exemplo, um paciente com câncer numa mama. Independente do magnetizador saber disso ou não, ele sentirá, quando passar a ou as mãos por aquela região, algo gerando uma sensação, um tipo de registro não comum aos demais, em relação àquele paciente. Quando confrontar as informações ele saberá que aquele registro provavelmente estará referindo ao câncer. À medida que ele vai reproduzindo esse procedimento com outros pacientes e obtendo os resultados do que vem registrando, adquirirá uma segurança sempre crescente, de forma que, depois de uma boa prática, terá bastante segurança dos diagnósticos que virá a fazer.

Importa distinguir, entretanto, que alguns magnetizadores possuem o que se chama tato magnético natural, também conhecido como empatia fluídica ou apenas como dupla vista dirigida à saúde. Nesses casos, costumam os possuidores dessa variante do tato magnético sentirem em si mesmos, todos os sintomas que o paciente está sentindo ou portando no momento em que é estabelecida relação magnética entre ambos.

Num primeiro momento, os exercícios costumam ser menos precisos; percebem-se regiões grandes, pouco específicas e com diagnósticos um tanto quanto superficiais. No caminhar dos exercícios, essa percepção vai-se refinando, até chegar ao ponto de se ter perfeito registro tanto de campos densos como daqueles por demais sutis, tais quais nadis, pequenos concentrados fluídicos em determinadas regiões do perispírito, doenças ainda não detectadas por aparelhos clínicos ou, ainda, crisálidas de futuros focos, verdadeiros estados latentes de desarmonias em processo de somatização.

Por fim, estando a prática feliz do magnetismo totalmente consorciada à Vontade do  magnetizador, não se desenvolverá o tato  magnético se não houver um desejo forte, vigoroso e sincero de se chegar ao ponto que se busca,  empregando os meios ao alcance e entregando-se sem parcimônia aos exercícios que levarão ao ápice  do desenvolvimento.

Jornal Vórtice ANO II, n.º 09, fevereiro/2010 


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sábado, 26 de julho de 2014

ECTOPLASMA – PARTE I

Sonia Maria

Observamos na atualidade que a doutrina codificada por Allan Kardec, tanto no Brasil quanto no Exterior, voltou-se muito mais ao que se poderia chamar de espiritismo evangélico que aos seus aspectos científicos e filosóficos. Isso causou uma redução significativa das pesquisas sobre outros temas de extrema importância para o avanço do entendimento do homem. Como consequência os materiais para pesquisas estão ficando a cada dia que passa mais raros.
Desejamos que no futuro possamos nos valer de mais pesquisadores e pessoas interessadas em demonstrar através da ciência temas de vital importância para o Espiritismo como um todo.

Uma das questões  sobre o qual necessitaríamos aportar um maior estudo científico seria o Ectoplasma ( termo dado por Charles Richet). Trata-se de uma substância fluídica sensível ao pensamento originada no citoplasma celular. É entendido muitas vezes de uma forma equivocada ou incompleta, vendo-o apenas como causante de fenômenos de materialização. Em realidade é uma composto existente nas células que quando se exterioriza permite nos comunicar com os espíritos de varias formas, pois os espíritos só podem agir na matéria através da matéria.

Aqui vamos expor uma pequena síntese do que encontramos sobre o ectoplasma, sem a pretensão de encerrar o tema, pois temos muito que estudar e pesquisar.
Derivado do Grego:  ektós= indica movimento para fora;  plasma= obra modelável, substância plástica.

Substância fundamental amorfa, secretadas por organelas celulares, principalmente pelas mitocôndrias e pelo complexo retículo plasmático, possui características químicas ímpares, sem comportamento de matéria nem de fluído, aproximando-se de um e de outro conforme a capacidade do grupo mediúnico.

Segundo o Espírito André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”, de Chico Xavier, “o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é o recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a uma genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível,  animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que o exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser. Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele”.

O ectoplasma é uma substância caracterizada como uma espécie de plasma, flexível, viscoso, incolor e inodoro, sensível ao pensamento. É uma substância que todos possuem. É eliminado por via sistêmica, não se elimina por uma só via, mas sim por todo o organismo do médium. Cada pessoa tem um tipo de ectoplasma: alfa, beta, gama, alfa1, alfa2, beta1, beta2, etc.

Existem os chamados médiuns doadores universais, que são possuidores dos 16 tipos de ectoplasma. Eles devem sistematicamente doar o ectoplasma. Quando o ectoplasma não é eliminado por esses médiuns, ele rompe as mucosas, pode levar a necrose tecidual em vias de eliminação (mucosas), desestabilização de membranas, ruptura celular e degradação por enzimas lisossomiais.

Composição do ectoplasma

Como corpo fundamental existe o fósforo. Possui também , entre outros, os elementos hidrogênio, carbono, nitrogênio, e oxigênio.

Características do Ectoplasma

Ele pode ter desde uma forma tão rarefeita, que é invisível aos olhos humanos (mas registrável por outros métodos), até o estado sólido e organizado em estruturas complexas, tais como os utilizados pelos espíritos para os fenômenos de materialização.

Entre estes dois extremos ele pode passar por estados diversos: gasoso, plasmático, flosculoso, amorfo, leitoso, filamentoso, líquido, etc. O ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível.

Ele é dócil ao comando mental do médium e, e se esse permitir também pode ser moldado pelos espíritos, e talvez também de pessoas estranhas àquele que o produz.

Mostra-se altamente suscetível à ação dos campos organizadores biológicos, tomando as formas e características de um ser vivo completo ou peças anatômicas parciais, mas com o aspecto de objetos com vida. Com a mesma facilidade com que é emitido, o ectoplasma pode reverter ao organismo do médium, sendo por este reabsorvido.

A luz lhes é destrutiva,e, a menos que ele seja gradativamente alimentado e especialmente preparado com antecedência pelos guias, o efeito de um súbito jato de luz faz com que a substância recue para o médium, com a força de um elástico, e esta se retraindo sobre uma superfície mucosa, pode determinar uma forte hemorragia.

A qualidade do ectoplasma produzido, depende dos alimentos que ingerimos, alimentos que atuam de forma negativa seriam por ex:

- Carnes vermelhas,  de difícil metabolização, rica em lipídios saturados e adição de hormônios.

-Leites e queijos. Presença de lipídios em quantidade moderada, mas de proteínas de alto peso molecular, presença de antibióticos e pesticidas

- Chocolates e demais produtos ricos em conservantes, baixo valor nutricional, digestão lenta e efeito tóxico acumulativo

-Bebidas alcoólicas.

Fonte bibliográfica:

-  A Gênese de Allan Kardec
-  A Física da Alma (Amit Goswami )
-  Cadernos de psicofonias de Antonio Grim de 94 e 97- SBEE
-  O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
-  O Livro dos Médiuns de Allan Kardec
-  Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE
-  Palestra de Ectoplasma e Ectoplasmia Luis Antonio Bauer- SBEE

Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/


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terça-feira, 22 de julho de 2014

DIFERENÇA ENTRE ECTOPLASMIA E MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS


DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)
  
Para quem gosta de ler, de pesquisar, de ouvir falar sobre Materialização de EspíritosEctoplasmia, o certo é: assisti a uma sessão de Materialização ou assisti a uma sessão de Ectoplasmia? Essas duas expressões têm o mesmo sentido? Pesquisadores denominam médiuns de ectoplasmia, ou médiuns ectoplastas, os que produzem ectoplasma. Há nos meios pelos quais se obtém os fenômenos físicos de características peculiares.

Ectoplasmia e materialização não denotam a mesma coisa. Ectoplasmia, ou processo ectoplasmático, entende-se por produto temporário de formações estruturais, mais ou menos metódico. Por se unir ao estudo do desprendimento ectoplasmático, esse termo também é empregado para designar “ciência do ectoplasma”, por causa da faculdade que alguns raríssimos médiuns possuem para fazer aparecerem formas materializadas perto ou longe deles.

Entende-se por ectoplasma uma substância plástica de natureza híbrida, possuidora de alto poder de dissolução, sensível à luminosidade do Sol ou da lâmpada elétrica, afora da lâmpada de irradiação avermelhada feito a de laboratórios fotográficos. (1) O ectoplasma se dispersa com a luz viva ou retorna ao organismo do médium. Em plena obscuridade, o ectoplasma pode se expor à vista em diversas e distintas fases, a modificar-se-lhe as formas em modelagem de bastões, alavancas, espirais, fios, cordas, teias etc. e alguns efeitos apreciáveis. Em contato com a luz, a sua estrutura molecular amolece, interrompendo assim o seguimento ectoplasmático que, não raro, assume caracteres anatômicos de vegetais, animais e até de seres humanos, total ou parcialmente.

Ectoplasmia e Materialização — A ectoplasmia não se resume na produção ectoplasmática de Espíritos materializados e seus correspondentes: desmaterialização e rematerialização. Já a materialização propriamente dita de pessoas desencarnadas e até mesmo encarnadas (muitíssimo rara) tem as suas particularidades.

A materialização é termo empregado para designar corporificação não só de seres humanos assim como de objetos, de plantas, de flores, de animais etc. Trata-se de um fenômeno complexo e observável sob diferentes pontos de vista, a respeito do qual ainda não se pode inferir uma categórica enunciação.

A materialização só pode se processar através da emissão do ectoplasma cujo ponto culminante resulta na sua consistência. Segundo um bem conceituado médico francês, Gustave Geley (1868/1924), autor de interessantíssimas obras a esse respeito, (1) o ectoplasma, quando emitido, logo de início, apresenta-se com uma aparência amorfa, ora sólida, ora vaporosa. Acabamos de dizer que o processo ectoplasmático está ligado à materialização — talvez, por isso, diversos pesquisadores entenderam-no por sinônimo de materialização, perfeitamente compreensível, levando-se em conta os primeiros passos metodológicos investigativos e a época em que principiara o interesse pelos fenômenos espirituais.

Eis sucintamente o que acrescentou Geley acerca da materialização:

Aí está a ectoplasmia, um fato simples considerado em si mesmo, desprendido de algumas complicações que deverão ser estudadas mais adiante, o fato nu dissecado, se assim podemos dizer, na sua estrutura anátomo-fisiológica.

Não forma agêneres — Para certos autores hodiernos, ectoplasmia não se restringe à formação de agêneres (figuras humanas). A diferença entre ectoplasma e materialização acha-se mesmo no modo pelo qual se lhes verificam os fenômenos, embora os fins se equivalham. A materialização origina-se no ato de um corpo orgânico ou inorgânico tornar-se denso ou mais ou menos transparente visto por todos que o observem. O termo ectoplasmia foi criado pelo médico e pesquisador francês, Charles Richet (1850/1935), duas vezes vencedor do prêmio Nobel de Fisiologia.

Quanto à pergunta de início, você pode dizer que foi a uma sessão de materialização assistir aos fenômenos de corporificação parcial ou total de Espíritos; pode dizer que foi a uma sessão de ectoplasmia a fim de apreciar apenas efeitos telecinéticos, pancadas (raps), o fenômeno de pneumatofonia, ou voz direta, o de formas e efeitos luminosos, o de suspensão e de transporte de objetos e até mesmo a própria materialização; veja, você pode ainda simplesmente dizer que foi assistir a uma sessão de Efeitos Físicos.

Eu, por exemplo, prefiro denominar “reunião de efeitos físicos”, em vez de “sessão de efeitos físicos” ou de “ectoplasmia”, ou de “materialização”. O termo sessão remete-se aos exaustivos ensaios científicos de antigamente os quais tinham em vista a prova dos fenômenos; sessão lembra as lamentáveis demonstrações em casa de espetáculos onde falsos médiuns cobravam ingresso do público para ver supostos Espíritos materializados. Acho melhor reunião de efeitos físicos. Sabe por quê? Porque os fenômenos podem até acontecer num mesmo instante, dependendo apenas do emprego das forças e faculdades humanas, principalmente, da competência medianímica do grupo de suporte ao médium físico, aquele que é o principal emissor do ectoplasma.

Notas :

1 - GELEY, Gustave. L’Ectoplasmie et la clairvoyance, observations et expériences personnelles (A ectoplasmia e a clarividência). S/ed. Paris: F. Alcan, 1924. p. 190.
2 - ANDRADE, Hernani Guimarães. A teoria corpuscular do espírito: uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à Ideia do espírito. São Paulo: edição do próprio autor, 1958, p. 207.

Visite Pensamento&Espiritualidade:  http://pensesp.blogspot.com. 

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domingo, 20 de julho de 2014

PASSES EM CRIANÇAS

Jacob Melo

     Mateus, 19 – 13, 14, 15. Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus. E, depois de lhes impor as mãos, partiu dali.
     Interessante como, já ao tempo de Jesus, muitos sabiam da necessidade das crianças serem tocadas, receberem o influxo magnético de uma fonte de energias revigorantes.
   
  Impressiona que, juntamente com isso, àquela época também havia a tentativa de impedimento, o querer estabelecer-se regras ou proibições.
  
   Ao que se percebe no texto evangélico, as crianças não estavam, necessariamente, portando enfermidades; simplesmente elas foram trazidas até Ele e, colocadas ao seu redor, foi solicitado ao Mestre que impusesse suas mãos sobre elas.

    Antes de prosseguir, quero ressaltar que a expressão “imposição de mãos”, há 2000 anos, tinha significado bastante diferente do que entendemos hoje, como, de ordinário, quase tudo que seja antigo sempre pede contextualização a fim de serem evitados os equívocos cometidos, tão comuns como lamentáveis, quando queremos limitar nossas interpretações e/ou conclusões à literalidade das palavras e expressões.
  
   Jesus as abençoou, transmitindo-lhes os fluidos que cada uma carecia e aproveitou magistralmente o ensejo para dizer a todos que é imprescindível termos na alma aquele tipo de pureza.

    Embora transcorrido tanto tempo, ainda hoje é recorrente se perguntar sobre os passes em crianças. Concentram-se fluidos? Não se faz nada além de dispersar? Elas possuem centros vitais? A partir de que idade pode-se aplicá-los com segurança? E se a criança não quiser recebê-los? No caso de crianças muito inquietas, que não aceitam ficar sentadas na cabine de passes, não se faz ou o que se faz? E por aí se seguem as questões...

     Vamos refletir um pouco sobre elas.

    De início sabemos que uma criança, por menor que seja, é um ser humano perfeito, pois tendo os órgãos que todos dispomos, certamente também possui sua identidade perispiritual, o que significa dizer que trazem em si reais estruturas vitais (centros vitais), ainda que eventualmente sejam de extensões e potências diferentes daquelas dos adultos. Sendo assim, que diferenças básicas encontramos nelas em relação a estes (magneticamente falando)? As crianças, por estarem em desenvolvimento fisio-psico-emocional-perispiritual, não possuem estruturas vitais nas mesmas dimensões de um adulto, porém, embora usando os mesmos mecanismos, apresentam variações muito importantes, posto que precisam absorver, reter e dissipar “energias” de variada ordem em padrões diferentes. Só para servir de comparação: normalmente as crianças precisam de muito menores quantidades de alimentos do que os adultos, ainda assim seus processos de “multiplicação celular” seguem em franca expansão, dizendo-nos que do menos elas extraem e conservam o máximo, de forma distribuída e bem equilibrada. Energeticamente ocorre algo semelhante: elas precisam de fluidos, todavia de um padrão mais sutil e quase sempre em “quantidades” muito menores do que as que se aplica em adultos. Apesar disso, os resultados das manipulações bem executadas costumam apresentar resultados sobejamente felizes.
  
   A partir da realidade de como são e de como funcionam essas usinas vitais infantis podemos deduzir que os concentrados (imposições, circulares, sopros quentes) devem ser administrados com parcimônia, contando com uma qualificação emocional do magnetizador bastante harmônica e evitando-se longas exposições energéticas aos pequenos. Já os dispersivos, por serem mais distributivos e dissipadores de congestionamentos energéticos, estes podem e até devem ser aplicados com mais eficiência e com muito menores “riscos” para os infantes.
  
   Se tomarmos em consideração a banalização do “aplicar passes por aplicá-los apenas”, não sou dos que sugerem fazê-lo no primeiro ano de vida e, logo após esse período, ainda aí não convém gerar condicionamentos, tudo isso ressalvados os casos de crianças portadoras de problemas fisiológicos ou deficiências diversas, nas quais seja imperioso aplicar-lhe os recursos magnéticos. Para tanto é determinante que o magnetizador tenha um mínimo de experiência e segurança para agir de forma correta e feliz, a fim de não sujeitá-las a riscos desnecessários.

     Por fim, a questão do comportamento das crianças na recepção dos passes; isto, por si só, nos indica de que devemos estar muito bem preparados para atendê-las. Veja-se o exemplo de autistas, na maioria irrequietos, alguns chegando a atitudes violentas ou de total desabandono interior, sem se conectarem às menores recomendações que lhes sejam repassadas. Se os magnetizadores não se prepararem para atendê-los como deve, eles estarão entregues à própria sorte, posto que as Casas costumam cobrar comportamentos que não lhes são aplicados. Sendo assim, será que uma criança “problema” (como ordinariamente as chamam) não precisa nem merece um atendimento digno e justo? Seria justo não atendê-las por elas não se sujeitarem ao padrão que queremos impor?
  
   Muito se fala de que “Deus protege os inocentes” bem como “a boa vontade sempre faz o bem”. Na vida real isto não é tão seguro como se pensa ou se diz. Deus protege a todos, indistintamente, mas Ele não quebra as regras da Grande Lei para que nossos descasos e irresponsabilidades sejam inócuos ou inofensivos. Por sua vez, a boa vontade, em muitos casos, sequer chega a mobilizar o mínimo, muito menos o suficiente, por isso não chegando a gerar o bem que se espera. Por tudo isso, agir magneticamente com crianças não é ter comportamentos mágicos, não agir por simples obrigação ou crer que atitudes magnéticas não possam oferecer riscos. É preciso sim que os aplicadores de passes em crianças saibam exatamente o que fazem.
   
  Jesus, quando atendia a quem quer que fosse, inclusive às crianças, Ele sabia primorosamente como, quanto e de que maneira fazer; quanto a nós precisamos todos estudar, aprimorar, aperfeiçoar para agirmos com a segurança indispensável.

     Este tema traz muitas reflexões, as quais pedem para serem pensadas e refletidas; do contrário poderemos ensejar condicionamentos sem solução ou levar algumas crianças a verem o passe não como uma bênção e sim como uma obrigação esdrúxula

Fonte Correio Espírita


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sábado, 19 de julho de 2014

POR QUE DESAPARECERAM AS REUNIÕES DE MATERIALIZAÇÃO

Gerson Simões Monteiro

Objetivos das reuniões de materialização de espíritos –– Por que desapareceram as reuniões de materialização - Onde os médiuns de efeitos físicos podem atuar

     A realização das Reuniões de Materialização tem diversos objetivos. O primeiro deles é o de provar a imortalidade da alma. O segundo, consolar os que ficaram na Terra diante das perdas dos entes caros, e o terceiro objetivo prestar assistência aos enfermos.
 
PROVA DA IMORTALIDADE DA ALMA

       As experiências de materializações de espíritos, de cunho científico, realizadas pelo cientista inglês William Crookes, são a maior prova de que depois da morte a alma continua a viver. Mas antes de demonstrá-las, vamos saber primeiro quem foi William Crokes, nascido em Londres, Inglaterra, em 17.06.1832, e desencarnado em 04.04.1919.

     Em 1878, Crookes apresentou à Sociedade Real o seu célebre trabalho sobre o quarto estado da matéria, que denominou "matéria radiante", acontecimento científico de repercussão internacional, que lhe proporcionou uma recompensa pela Academia de Ciências da França.

     Tal conquista, porém, não se realizaria sem os fenômenos de materialização de Katie King (1870-1873), obtidos com o concurso mediúnico da jovem Florence Cook, pois foi a observação desses fenômenos que pode ter despertado a atenção de Crokes, para verificar, na matéria tangível, estados especiais, ainda não explorados, no quadro geral do conhecimento humano, e que teriam grande influência na Física moderna. Admitido na Sociedade Química de Londres, o cientista tornou-se uma das maiores figuras dessa importante sociedade, especialmente depois de seu estudo sobre a natureza dos corpos simples.

     Foi Presidente da "Royal Society" (1913-1915) e de várias sociedades de cultura e consultor científico do Governo Britânico. Assistiu, por 3 anos, em seu laboratório, em Londres, à materialização integral de Katie King. Mediu, pesou e examinou meticulosamente o Espírito, constatando a realidade tangível da imortalidade da alma e o poder extraordinário que possui o Espírito, em utilizar-se da matéria física para se tornar tão real e vivo como os encarnados.
Foto 01
     Na foto nº 1 podemos ver o corpo da médium Florence Cook deitada no chão, o Espírito Katie King totalmente materializado, e William Crokes com uma luz iluminando o ambiente. Essa foto, portanto, afasta qualquer possibilidade de fraude, pois vemos a médium deitada no chão dormindo; o Espírito de Kate King em pé totalmente materializado; e William Crokes iluminando a cena com um foco de luz na mão.

CONSOLO PARA OS ENTES QUERIDOS

   No segundo objetivo das reuniões de materialização, vamos encontrar na resposta da questão 934, de O Livro dos Espíritos, os fundamentos para essa realização. Nela, os Benfeitores Espirituais, respondendo a Allan Kardec sobre a dor que atinge a todos com a perda dos entes que nos são caros, dizem em certo trecho da resposta que:

     “...Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos

     amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de

     outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos”.

     Nessa resposta entendemos que a comunicação com os desencarnados pode ser feita nas reuniões de materialização de espíritos, como também, hoje em dia, através da Transcomunicação Instrumental. Aliás sobre esse tipo de fenômeno relato no livro de minha autoria, Morreram e voltaram para contar ( Editora Novo Ser), o fato do grande escritor Coelho Neto ter ouvido sua neta desencarnada falar ao telefone, inclusive registrando esse acontecimento numa reportagem do Jornal do Brasil de 23 de Junho de 1923.

TISSOT VÊ A NOIVA MATERIALIZADA
Foto 02

     O pintor James Tissot (1836-1902) – foto nº 2 – foi atraído pelo fenômeno ao ler num jornal da descrição de uma sessão de materialização de espíritos. Logo em seguida, ele encontrou-se com o médium William Eglinton, o conhecido médium de efeitos físicos da idade vitoriana. Este médium nunca usava cabines, pelo contrário, assentava-se com os outros assistentes e permitia que suas mãos fossem seguras por eles.

     Numa sessão realizada em 1885, Tissot sentou-se à direita de Eglinton. Duas figuras se apresentaram à esquerda de Tissot: eram um homem e uma mulher, lado a lado. Nas mãos traziam bolas que os iluminavam perfeitamente, parecendo partir do plexo solar. Era Katherine Irene Newton, sua noiva, que tornara feliz sua vida durante seis anos, e seu guia espiritual.

    
Foto  03

 A luz emitida pelos Espíritos permitiu que Tissot gravasse os mínimos detalhes. Mal terminara a sessão, Tissot correu ao seu estúdio e debuxou o mais depressa que pôde as figuras da maravilhosa aparição. O quadro é um dos poucos, senão o único existente no mundo, com tais características – foto nº3.

CONFORTO ESPIRITUAL

A comunicação com os espíritos desencarnados, para o Espiritismo, tem duas finalidades. A primeira é a de nos mostrar o caminho do bem, para realizarmos o nosso progresso moral. A segunda é de nos consolar diante das provas da vida.

     Esse consolo recebi nos idos de 1980, em reuniões de materialização de espíritos para assistência aos enfermos. Nelas, o médium de efeitos físicos fica deitado numa cama, quando seu corpo – desmaterializando-se por ação dos instrutores espirituais – passa a fornecer ectoplasma, substância com a qual os espíritos têm a possibilidade de se materializar.

     Nessas reuniões, fui abraçado e beijado pelos espíritos materializados de meus pais e de um dos meus filhos, desencarnado de câncer, aos dois anos de idade, dos quais tive conforto e coragem para viver.

REUNIÃO PARA ASSISTÊNCIA AOS ENFERMOS

     Os fundamentos para a realização das Reuniões de Materialização para Assistência aos Enfermos vamos encontrar no capítulo 28 - Efeitos Físicos, do livro Nos Domínios da Mediunidade, quando o Instrutor Aulus, dirigindo-se a André Luiz pondera:

     “Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a
nosso ver o esforço dessa espécie, junto das raras experiências,

     essencialmente respeitáveis e dignas, realizadas pelo mundo

     científico, em beneficio da Humanidade”.

         O Benfeitor Espiritual Emmanuel, também em mensagem “Nos Trabalhos de Materialização”, extraída do livro Materializações Luminosas diz textualmente:

     “...sugerimos sejam quaisquer serviços de materialização

     movimentados na direção da saúde humana. Por

     enquanto, só o esforço assistencial aos doentes justifica o

     desdobramento intensivo das nossas atividades nesse setor”.

RISCOS PARA A ORGANIZAÇÃO MEDIÚNICA

    As advertências de André Luiz e Emmanuel a respeito do esforço do plano espiritual para que a realização das reuniões de Materialização sejam canalizados para um fim sério, ou seja, o socorro aos doentes, tem por motivo que:

       “Trata-se de serviço de elevada responsabilidade, porquanto, além de exigir todas as possibilidades do aparelho mediúnico, há que movimentar todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados, presentes às reuniões destinadas a esses fins. Se houvesse perfeita compreensão geral, respeito aos dons da vida, e se pudéssemos contar com valores morais espontâneos e legitimamente consolidados no espírito coletivo, essas manifestações seriam as mais naturais possíveis, sem qualquer prejuízo para o médium e assistentes. Acontece, porém, que são muito raros os companheiros encarnados dispostos às condições espirituais que semelhantes trabalhos exigem. Por isso mesmo, na incerteza de colaboração eficiente, as sessões de materialização efetuam-se com grandes riscos para a organização mediúnica e requisitam número dilatado de cooperadores do plano espiritual”. (Capítulo 28, Nos Domínios da Mediunidade).

POR QUE DESAPARECERAM

     Enfim, para encerrarmos esta matéria à guisa de reflexão do por quê essas reuniões praticamente desapareceram dos Centros Espíritas, ouçamos a constatação do Benfeitor Espiritual André Luiz:

     “ ...Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomam a sério as responsabilidades do assunto e trazem consigo, para as seções de materialização, emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne e aperitivos, além das formas-pensamentos menos adequadas à tarefa que o grupo deve realizar. Infelizmente essa é a razão!”

ONDE OS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS PODEM ATUAR
     
     No dia 20 de julho desse ano, a convite dos dirigentes do Grupo Espírita Jesus e a Caridade, rua Pará 33, em Santos, SP, promovemos o Seminário sobre o tema: Materialização de Espíritos. No final, o confrade José da Conceição Abreu, de Santos, formulou a seguinte pergunta:

     “Com base nos seus comentários de que praticamente não existem mais Reuniões de Materialização devido à falta de responsabilidade dos seus participantes, onde os médiuns de efeitos físicos podem atuar?”

     Respondi que eles podem atuar como médiuns passistas nas Reuniões de Estudos e Passes, e das de Desobsessão nos Centros Espíritas, assim doando seus fluidos para manipulação dos benfeitores espirituais a benefício da saúde orgânica e perispiritual dos encarnados e desencarnados.

Fonte; Correio Espirita


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