sexta-feira, 4 de março de 2016

Emancipação da Alma

Estamos inaugurando uma nova coluna para tratarmos de processos de emancipação da alma, como o sonambulismo magnético, e de outros fenômenos anímicos. A cada edição publicaremos algo a respeito destas faculdades inerentes ao ser humano encarnado, mas pouco conhecidas e exploradas. Pretendemos adentrar pouco a pouco nesse universo teórico e prático e convidamos o leitor a vir conosco.


Adilson Mota
adilsonmota1@gmail.com

Emancipar significa tornar independente, libertar. Os fenômenos de emancipação da alma se referem à possibilidade do Espírito encarnado desprender-se do corpo físico, oportunidade que ele tem para usufruir de uma maior independência, parcialmente livre da influência da matéria.

Somente na morte o Espírito está completa e definitivamente desligado do corpo. Enquanto encarnado, "basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Para se emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo". (O Livro dos Espíritos, questão 407)

Nestes momentos o Espírito sente-se mais livre, tem percepções que os sentidos físicos não permitem, pode lembrar o passado e prever o futuro. Vários são os fenômenos ocasionados por este estado singular de desprendimento. O sono e os sonhos são os mais conhecidos e comuns de todos. Há ainda a catalepsia e a letargia, a dupla vista, o sonambulismo e o êxtase, a telepatia, a morte aparente e a insensibilidade física. Ao longo dos artigos iremos estudando um a um, apresentando as suas características e buscando entender o seu funcionamento.

Desde a fecundação, quando ocorre a imantação entre o Espí-rito e o embrião, essa ligação magnética vai-se fortalecendo pouco a pouco até completar-se depois de algum tempo após o nascimento, quando a criança desenvolve autonomia e inde-pendência. Durante algum tempo o bebê passa a maior parte do dia em estado de emancipação, semidesligado do corpo, dormindo, com a finalidade de ir-se adaptando à vida material. Isto é fator comum a todas as pessoas. 

Há aquelas, todavia, que desenvolvem uma capacidade espe-cial e demonstram em determinadas circunstâncias uma facul-dade de emancipação da alma que nem todo mundo possui pois requer condições específicas. "Há disposições físicas que permitem ao Espírito desprender-se mais ou menos facilmente da matéria". (O Livro dos Espíritos, questão 433). 

Estes fenômenos, também chamados de anímicos, eram do conhecimento dos magnetizadores tidos como clássicos. Allan Kardec, por ter sido magnetizador durante 35 anos, também os conhecia, daí o seu interesse em solicitar esclarecimentos sobre os mesmos aos Espíritos Superiores que o assistiam, publicando-os na segunda parte de O Livro dos Espíritos, capí-tulo VIII. Aqueles que se interessarem pelo assunto, podem encontrar ainda artigos diversos na Revista Espírita, escrita pelo Codificador da Doutrina Espírita.

Até o próximo artigo.

Fonte: Jornal Vortice  ANO VIII, Nº 04 -– Setembro - 2015

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