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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SOMOS FEITOS DA MESMA MATÉRIA DOS NOSSOS SONHOS

Doris Madeira Gandres

"Somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos" 
Shakespeare

Considerado um dos maiores dramaturgos e escritores de todos os tempos, William Shakespeare apresenta um dado singular, não muito comum: reencarnou e desencarnou no mesmo dia: 23 de abril (de 1564 e de 1616, respectivamente), tendo vivido em grande parte no século dezesseis, quando a Inglaterra desfrutava os tempos de ouro, sob o reinado de Elizabeth I. Escreveu mais de 150 sonetos, inúmeros dramas históricos, tragédias e comédias, particularmente utilizados no teatro, inclusive até hoje; e não só no teatro, mas também no cinema e na televisão.

Fiz esse sucinto histórico sobre Shakespeare apenas para dar uma ideia da qualidade do Espírito que nos legou esse pensamento acima destacado como título da matéria deste mês. O que, ainda no século XVI, nos transmite esse pensamento é o que hoje já compreendemos um pouco mais, não só graças aos ensinamentos de Allan Kardec e da Espiritualidade maior no contexto da nossa Doutrina Espírita, mas também graças às descobertas da ciência humana, principalmente a Física e a Física Quântica, que nos desdobrou o mundo das energias, densas e etéreas; nos provou que a chamada matéria nada mais é do que energia densa – André Luiz nos fala em “luz coagulada”, bem como Emmanuel... Essa a “matéria” de nossos sonhos, na verdade a energia de que somos feitos.

Nos tempos contemporâneos em que vivemos, outro escritor e filósofo, Leonardo Boff, declarou: “Lá nas estrelas se encontra nossa origem, pois somos feitos do mesmo pó”. Certamente encontramos aí um traço de união com a declaração de Shakespeare... E, mais ainda, um traço de união com os esclarecimentos de Kardec no livro A Gênese, capítulo XIV, itens: (2) “O fluido cósmico universal é a matéria elementar primitiva, da qual as modificações e transformações constituem a inumerável variedade de corpos da natureza (...) (3) No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível (...) (5) O ponto de partida do fluido universal é o grau de pureza absoluta, do qual nada pode dar uma ideia; o ponto oposto é a sua transformação em matéria tangível” .

Assim, através do tempo e de tantos esclarecimentos e comprovações, vamos a cada dia, a cada momento, nos conscientizando um pouco mais também daquilo que inclusive destaca o Espiritismo, na questão 540 de O Livro dos Espíritos, que afirma “é assim que tudo serve, tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”.

Toda a Criação está interligada, conectada sob todas as formas, e interdependente em todos os aspectos. Em março de 1867, na Revista Espírita, Allan Kardec colocou uma dissertação de um Espírito acerca da Solidariedade absolutamente coerente com o pensamento da unidade, do “tudo em tudo” (LE q. 33): “O homem não é um ser isolado, é um ser coletivo. O homem é solidário do homem. É em vão que procura o complemento de seu ser, isto é, a felicidade, em si mesmo ou no que o rodeia isoladamente: não pode encontrá-la senão no homem ou na humanidade, tanto que a infelicidade de um membro da humanidade, de uma parte de vós mesmos, poderá vos afligir” .

Precisamos, portanto, efetivamente olhar para o próximo, para o distante, para a humanidade, para o mundo, para o universo, como parte de nós mesmos; somos uma célula de um grande e magnífico organismo, regido por leis absolutamente justas, a tudo e a todos aplicáveis. Não existem exceções, nem privilégios nem isenções.

Esse Espírito bastante esclarecido ainda afirma: “Sabei de onde vindes e para onde ides. Sois o filho amado Daquele que tudo fez e vos deu um fim, um destino que deveis realizar sem o conhecer absolutamente. Éreis necessários aos seus desígnios, à sua glória, à sua própria felicidade? Questões ociosas porque insolúveis. Vós sois; sede reconhecidos por isto. Mas ser não é tudo; é preciso ser segundo as leis do Criador (...) Lançado na existência, sois ao mesmo tempo causa e efeito” (...)

E não é isso? Não somos nós próprios a causa da nossa felicidade ou infelicidade, bem como da felicidade ou infelicidade de outros, situações que são, por sua vez, efeito de nossas atitudes? Jesus, o Mestre por excelência, já nos assegurou há cerca de dois mil anos: “a cada um segundo suas obras”.

E assim, voltamos a Shakespeare, com sua famosa dúvida: “ser ou não ser, eis a questão” – ser ou não ser solidário realmente, ser ou não ser fraterno verdadeiramente, ser ou não ser o “deus em nós”.

Fonte; http://www.correioespirita.org.br/


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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2014/06/carta-de-allan-kardec-ao-principe-g.html

sábado, 7 de dezembro de 2013

DIVULGAÇÃO DE MENSAGENS MEDIÚNICAS

 Um dos correspondentes da Revista Espírita enviou a  Allan Kardec, a seguinte pergunta,: “Deve-se publicar tudo quanto dizem os Espíritos?” O Codificador do Espiritismo respondeu a indagação com outra pergunta: “(…) seria bom publicar tudo quanto dizem e pensam os homens?”[1]

Antes, porém, de emitir opinião abalizada sobre o assunto, Kardec  apresenta  ponderadas considerações que merecem ser recordadas, sobretudo porque permanecem atuais:

Quem quer que possua uma noção do Espiritismo, por mais superficial que seja, sabe que o mundo invisível é composto de todos os que deixaram na Terra o envoltório visível. Entretanto, pelo fato de se haverem despojado do homem carnal, nem por isso os Espíritos se revestiram da túnica dos anjos. Encontramo-los de todos os graus de conhecimento e de ignorância, de moralidade e de imoralidade; eis o que não devemos perder de vista. Não esqueçamos que entre os Espíritos, assim como na Terra, há seres levianos, estouvados e zombeteiros; (pseudo sábios); vãos e orgulhosos, de um saber incompleto; hipócritas, malvados e (…) existem os sensuais, os ignóbeis e os devassos, que se arrastam na lama. Ao lado disto, tal como ocorre na Terra, temos seres bons, humanos, benevolentes, esclarecidos, de sublimes virtudes (…); resulta que o mundo dos Espíritos compreende seres mais avançados intelectual e moralmente que os nossos homens mais esclarecidos, e outros que ainda estão abaixo dos homens mais inferiores.[2]

Prosseguindo em suas considerações, Kardec enfatiza a necessidade de aprendermos analisar o teor das mensagens mediúnicas, atentos à linguagem utilizada pelo comunicante desencarnado, principalmente quando esta  comunicação é subscrita com o nome de personalidade conhecida, respeitada e amada.

Desde que esses seres [desencarnados] têm um meio patente de comunicar-se com os homens, de exprimir os pensamentos por sinais inteligíveis, suas comunicações devem ser o reflexo de seus sentimentos, de suas qualidades ou de seus vícios. Serão levianas, triviais, grosseiras, mesmo obscenas, sábias, sensatas e sublimes, conforme o seu caráter e sua elevação. Revelam-se por sua própria linguagem; daí a necessidade de não se aceitar cegamente tudo quanto vem do mundo oculto, e submetê-lo a um controle severo. (…).[3]

Os comentários que se seguem, expõem de forma clara o pensamento de Allan Kardec relativo ao assunto, e as suas ponderações devem servir de modelo para todos nós, espíritas, que cotidianamente recebemos notícias do plano espiritual.

Ao lado dessas comunicações francamente más, e que chocam qualquer ouvido delicado, outras há que são simplesmente triviais ou ridículas. Haverá inconvenientes em publicá-las? Se forem dadas pelo que valem, serão apenas impróprias; se o forem como estudo do gênero, com as devidas precauções, os comentários e os corretivos necessários, poderão mesmo ser instrutivas, naquilo que contribuírem para tornar conhecido o mundo espírita em todos os seus aspectos. Com prudência e habilidade tudo pode ser dito; o mal é dar como sérias coisas que chocam o bom senso, a razão e as conveniências. Neste caso, o perigo é maior do que se pensa. (…).[4]

Surgem, então e muito naturalmente, outras indagações: que riscos podem ocorrer, caso sejam divulgadas mensagens mediúnicas triviais, sem maiores exames?  Que problemas poderiam advir da publicação de mensagens pressupostamente assinadas por entidades veneráveis, mas que, aqui e ali, apresentam pontos discordantes quanto à identificação?  Revelando-se como arguto analista, Kardec esclarece:

Em primeiro lugar, essas publicações têm o inconveniente de induzir em erro as pessoas que não estão em condições de aprofundá-las nem de discernir o verdadeiro do falso, especialmente numa questão tão nova como o Espiritismo. Em segundo lugar, são armas fornecidas aos adversários, que não perdem tempo em tirar desse fato argumentos contra a alta moralidade do ensino espírita; porque, insistimos, o mal está em considerar como sérias coisas que constituem notórios absurdos. Alguns mesmos podem ver uma profanação no papel ridículo que emprestamos a certas personagens justamente veneradas, e às quais atribuímos uma linguagem indigna delas.[5]

Em suma, assevera Allan Kardec, como conclusão da análise deste assunto, tão útil quanto necessário:

(…) As comunicações grosseiras e inconvenientes, ou simplesmente falsas, absurdas e ridículas, não podem emanar senão de Espíritos inferiores: o simples bom senso o indica.  (…) A importância que, pela publicidade, é concedida às suas comunicações, os atrai, excita e encoraja. O único e verdadeiro meio de os afastar é provar-lhes que não nos deixamos enganar, rejeitando impiedosamente, como apócrifo e suspeito, tudo que não for racional, tudo que desmentir a superioridade que se atribui ao Espírito que se manifesta e de cujo nome ele se reveste. Quando, então, vê que perde seu tempo, afasta-se.[6]

Os espíritas esclarecidos estão compromissados com a Causa, onde quer que se encontrem. Pontuam fidelidade à Doutrina Espírita e não se afastam do propósito de se transformarem em pessoas de bem.  Não se deixam enganar por informações infelizes, mentirosas mesmo, presentes em algumas publicações, supostamente espíritas, mas que não resistem a uma análise séria, e o que é mais grave: contrariam a mais elementar conceituação espírita: o controle universal do ensino dos Espíritos que, brilhantemente, Allan Kardec inseriu no primeiro capítulo de A Gênese. Os Milagres e as Predições, que trata do Caráter da Revelação Espírita. É importante conferir.
  
Assim, nada mais justo, e necessário, portanto, seguir este conselho de Bezerra de Menezes: “(…) Mantenhamo-nos, por isso, vigilantes. Jesus na Revelação e Kardec no esclarecimento resumem para nós códigos numerosos de orientação e conduta. (…).”[7]

[1] Allan Kardec. Revista Espírita- Jornal de estudos Psicológicos.  Ano II, novembro de 1859, pág. 423.
[2] Ibid., pág. 423/424.
[3] Ibid., pág. 424.
[4] Ibid., pág. 425.
[5] Ibid. ibid., pág. 425.
[6] Ibid., pág. 427.
[7] Juvanir Borges de Souza (coord.). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. Pt. 3,, cap. 16, pág. 153. (mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, publicada em Reformador de abril de 1977, pág. 104.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 KARDEC, Allan. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Poesias traduzidas por Inaldo Lacerda Lima. 2ª  ed.  Ano II. Novembro de 1859. Nº 11. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2004.
 SOUZA, Juvanir Borges (coordenador). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. 4ª ed. 4ª imp. Brasília: FEB Editora, 2013.


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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AS CURAS DE JESUS


Claudio C. Conti (Doutor em engenharia nuclear e expositor espírita RJ)

Tecer qualquer comentário sobre os atos  de Jesus não é simples, pois seu conhecimento está muito além do que possamos imaginar, portanto, estamos longe de compreender os motivos e processos. Desta forma, o conteúdo deste texto não pretende explicar como Jesus realizava as curas, mas apresentar uma análise com o conhecimento atual.
Tomemos como exemplo os relatos de três curas descritas no livro A Gênese (1) da Codificação Espírita:
11)      Perda de sangue: Uma mulher sofria de hemorragia e tocou a roupa de Jesus sem que ele visse, porém ele percebeu uma diferença distinta daquele toque em meio à multidão.
22)      O cego de Betsaida: Jesus colocou saliva nos olhos de um cego de nascença e, depois aplicou a imposição das mãos. Necessitou repetir o procedimento.
33)      Paralítico:  Jesus disse ao paralítico “Levanta-te e anda!” e assim ele o fez.
No primeiro caso, Jesus não pode ter “impregnado” o fluido com qualidades especificas, pelo simples fato de ele não saber quem o tocou; no segundo, Jesus necessitou de uma ação local e outra no ser como um todo e, no terceiro, precisou apenas verbalizar o comando.
Percebemos claramente que o procedimento não é o mesmo, conclui-se, então, que  a cura utilizando fluidos é mais complexa do que a mera administração de um “medicamento”.
Nesta abordagem, podemos creditar certa “inteligência” ao fluido no sentido deste atuar diferentemente: em algumas situações teria condições de reconhecer como agir; noutros casos teria ação local e, noutros, ainda, ação geral.
Diante das curas realizadas por Jesus, em que sempre afirmava que a fé do paciente é que o havia curado, devemos nos perguntar o quanto é ação do médium, passista ou curador, e quanto é ação do paciente? E, ainda, mais profundamente, o quanto é ação das próprias células?
A ciência atual nos proporciona meios de compreender melhor os processos envolvidos na ação dos fluidos. Os biofótons se caracterizam por radiação eletromagnética emitida por organismos vivos. Todavia, seu conceito vai pouco mais além, podendo ser compreendido como um processo de comunicação celular, carregando consigo informação que regularia o comportamento e a reação  entre as células (2).
Acreditamos, todavia, que a parte perceptível seja apenas a “ponta do iceberg”, isto é, os biofótons seriam decorrente de processos variados, essenciais e imperceptíveis aos sistemas de detecção disponíveis.
O avanço do conhecimento está proporcionando outra forma de compreender os efeitos e comportamento dos fluidos – a nanotecnologia, que desenvolve partículas e robôs extremamente pequenos, na faixa de um milhão de vezes menor que o milímetro. A Nanomedicina (3) visa sua utilização para diagnosticar e tratar doenças de forma “inteligente”, capaz de aplicar o medicamento exatamente no local necessário, sendo mais efetivo e, ao mesmo tempo, minimizando efeitos colaterais. Vários testes já estão sendo realizados em humanos com resultados satisfatórios.
Apesar dos processos de cura e os efeitos dos fluidos serem mais complexos e mais autônomos do que possa parecer inicialmente, o tratamento com esta terapia se torna mais fácil para o médium e para o próprio paciente. Há, portanto, a necessidade de se reavaliarem as práticas de passe, pois a saúde é mais natural para o espírito que a doença.
Em decorrência do que foi apresentado, podemos supor que são as desarmonias geradas ao longo de várias encarnações, devido a comportamento e mente em desalinho, o motivo pelo qual tantas doenças se manifestam no seio da humanidade. Diante disto podemos compreender o porquê de Jesus, após viabilizar a cura do enfermo, dizer: “vá e não peques mais”.

Referências:
(1)    Kardec, Allan. A gênese – Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Tradução Guillon Ribeiro. 36 Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995 P. 316-318.
(2)    Melsert, Rafael. Biofótons na Interação Entre o Espírito e o Corpo Físico.Revista Cultura Espírita. Ano IV, n. 34, p. 16 jan. 2012
(3)    Wang, Yucai; Brawn, Paige; XIA Younan. Nanomedicine : swarming towards the target. Nature Materials 10, 2011, p. 482-483.

 R e v i s t a Cultura Espírita – Nº 45 – ANO IV  - Dezembro 2012


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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

OS PASSES ENERGÉTICOS E O ESPIRITISMO


O estudo dos passes, do magnetismo, das curas espirituais despertam sempre muita atenção daqueles que trabalham, estudam, que vivem, enfim, a atmosfera de esforços no bem existentes no meio espírita. Kardec nos trouxe fundamentos básicos para a correta utilização de todo esse conhecimento.

Qual a diferença entre passes e imposição de mãos?

Ambos são processos de magnetização, ou seja, formas de se manipular os fluidos, a primeira, os passes, implicam essencialmente na movimentação das mãos. A outra, na imposição fica-se com as mãos paradas e espalmadas sobre um determinado local do corpo ou órgão da pessoa que está recebendo os passes.

Em linhas gerais, como funciona o processo de cura espiritual?

Basicamente, seguiremos a descrição feita por Kardec em "A Gênese". Lá ele nos explica que as moléculas doentes do corpo de quem recebe o passe são substituídas por moléculas saudáveis a partir da ação fluidica que o magnetizador promove em favor desse doente. Num aspecto mais amplo, a verdadeira cura espiritual compreende a renovação moral do indivíduo. Por isso, em geral, na Casa Espírita organizada a partir da Codificação, sempre se aplicam os passes juntamente com o ensino do Evangelho.

Existe diferença entre magnetismo e fluido?

Sim. O magnetismo é uma força física, que nos permite agir sobre o fluido (matéria). Gosto sempre de exemplificar para que fique mais claro esse entendimento: pode se ter muito magnetismo e pouco fluido, por exemplo, Chico Xavier, já nos seus últimos anos de vida não possuía quase nenhuma energia vital, mas continuava reunindo multidões ao seu redor. Essa capacidade de atrair as pessoas é uma manifestação da força magnética que ele possuía. Em contrapartida, existem pessoas com muito fluido e quase nenhum magnetismo. Por exemplo, geralmente os jovens possuem uma boa cota de energia, mas podem ser dispersivos, não conseguindo concentrar o pensamento e a vontade, não conseguem concentrar a sua força magnética para bem conduzir os fluidos.

Como o espiritismo vê os chacras ou centros de força e as suas relações com o passe e curas espirituais?

O conhecimento dos centros de força é um requisito básico para o médium ou magnetizador bem aplicar os passes. Sendo os centros de força pontos de concentração de energias (no perispírito) intimamente ligados ao sistema nervoso (no corpo físico) eles nos ajudam na correta distribuição das energias que estamos manipulando durante os passes mesmo que não saibamos exatamente qual o órgão ou região do corpo adoentado, ou seja, eles conduzem por simples processos magnéticos os fluidos até os pontos onde são necessários.

O nível moral da pessoa que irá aplicar o passe exerce algum tipo de influência no processo?

Exerce. Os fluidos sempre adquirem alguma característica daquele que os manipula. O fluido dos espíritos de melhor qualidade acaba sendo adulterado pela condição moral do médium. Quanto mais puro for o resultado final dessa mistura, mais rápida é a cura.

O aprendizado do médium favorece a cura? O que dizer de significativos processos de curas que acontecem em locais em que nem se acredita na influência dos espíritos?

O aprendizado do médium é apenas um dos fatores que favorecem a cura. Há outros envolvidos. Como o merecimento do enfermo, as condições do ambiente, a ação dos espíritos que se dá em qualquer lugar, onde eles queiram agir, independente de religião e muitos outros fatores vão participar do processo curador.

Há muita discussão no movimento espírita sobre a necessidade ou não dos ditos "passes padronizados", ensinados pelo emérito Edgard Armond e explicados por André Luiz. Existem muitas casas, atualmente, adotando a simples imposição de mãos, gesto usado corriqueiramente por Jesus. Qual a sua opinião sobre o assunto?

Depende da condição de trabalho dos médiuns e dos espíritos e da direção de cada Casa Espírita. Como falamos anteriormente, tanto o passe como as imposições são processos de magnetização e, portanto, podem ser livremente aplicados.

É necessário o médium ter conhecimentos de anatomia para aplicar passes com mais eficácia?

No Centro Espírita Léon Denis o candidato ao trabalho da cura passa pelo menos quatro meses estudando noções de anatomia humana, fisiologia e patologia. É meramente informativo, somente noções básicas que ajudarão o médium a compreender um pouco mais sobre os doentes, tratá-lo melhor. Como você vê, isso depende da forma como cada Casa Espírita é dirigida e até das pessoas que trabalham nela. Mas não podemos esquecer que, por exemplo, os apóstolos eram pessoas muito simples, com pouco ou nenhum conhecimento nesse campo, e nem por isso deixavam de conseguir curas.

Na sua opinião, o que importa mais: estudar ou praticar a mediunidade?
Estudar. Como tratar de algo ou trabalhar em algo que você não conhece? Mas há casos, também, que se põe esses médiuns "com mediunidade aflorada" em alguma tarefa onde eles possam doar a energia que ainda não utilizam corretamente.

A preocupação com o estudo, no meu modo de ver, não implica na diminuição das tarefas de cura, ao contrário, entendo que quanto mais se conhecer do assunto, mais e melhor se poderá exercer essa atividade. Talvez se faça confusão com trabalhos onde se façam as chamadas "cirurgias espirituais", com médiuns de incorporação que fazem cortes ou outras técnicas invasivas. Esse tipo de fenômeno me parece realmente que está desaparecendo, mas não a cura através de passes magnéticos.

Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 38.
http://www.batuiranet.com.br/

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