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terça-feira, 1 de julho de 2014

MÉDIUNS DE ONTEM E DE HOJE

Na excelente obra Os Cátaros e a Heresia Católica, Hermínio Miranda discorre detalhadamente a respeito das características da linda sociedade cristã, cátara, que floresceu na região do Languedoc, no sul da França, nos idos do século XIII. Considerada herética pela Igreja Católica, em razão de afrontar resolutamente dogmas já pétreos, através dos quais se via o legado espiritual de Jesus para o mundo completamente distorcido, dentre as convicções de vanguarda defendidas pelos crentes cátaros existia, já, a da evolução do espírito ao longo das vidas sucessivas; e também tratavam sobre as ocorrências mediúnicas que, para aquele povo simples dos séculos XII e XIII, constituíam-se não mais do que em fatos comuns, com os quais lidavam com naturalidade, e dos quais falavam naturalmente para as suas crianças.
Viram-se, assim, em apuros, na conjuntura delicada do momento histórico no qual começaram a ameaçar o poderio religioso e político da Igreja, ao passo em que iam amealhando crescente simpatia em regiões várias da Europa. E, com a investida das Cruzadas Albigenses e, em sequência, encurralados pela Inquisição em tempos imediatamente posteriores, quis o poder do clero extinguir, decidida e definitivamente, aquele povo e suas ideias mais fiéis aos verdadeiros ensinamentos de Jesus – respeitando como iguais as mulheres e a liberdade de pensamento; refutando duramente a pompa das hierarquias sacerdotais e vários de seus dogmas centrais, e, sobretudo, falando abertamente de mediunidade e reencarnação, um conceito em absoluto renegado pelo Alto Clero nos postulados da doutrina cristã, nada embora tivesse o próprio Cristo discorrido sobre eles com naturalidade, ao longo de sua missão sacrificial.

A obra de Hermínio Miranda trata com brilhantismo ímpar do tema, e, em seu conteúdo, oferece-nos a narração de um caso interessante, que ilustra aos espíritas atuais que a realidade do dom da mediunidade é atributo comum ao ser humano de hoje como em todo tempo histórico, indistintamente. Narra o caso de Arnaud Gélis, um personagem peculiar do começo do século XIV que, naqueles tempos difíceis de martírios, era médium confesso. Submetido ao cerco férreo da Inquisição, no entanto, continuou agindo e falando não mais do que do mesmo modo natural, espontâneo, sincero, sobre a sua convivência diária com os espíritos, que diante dele se materializavam e conversavam, sem cerimônia, provenientes das mais disparatadas situações sociais; dotados de variegadas características individuais, de personalidade, temperamentos e, mesmo, vestimentas – para profunda ira de seu inquisidor, Jacques Fournier, bispo de Pamiers – e, aliás, futuro papa - resoluto em atribuir heresia a todo aquele que afrontasse a prepotência Católica em definir o que, ao ser humano comum, deveria ser considerado como expressão da verdade no que se referia ao que os postulados religiosos queriam outorgar ditatorialmente, para melhor manutenção do poder temporal e de domínio e manipulação das consciências do mundo.

Todavia, não havia como Arnaud não se comportar, à compreensão despótica do inquisidor, como um continuador encarniçado da já secular heresia cátara, se bem não fosse ele, faticamente, um seguidor do catarismo - e não há, a esta altura, no século XXI, um modo de descartarmos esta hipótese. Arnaud fora iniciado nas suas práticas mediúnicas, conforme nos elucida Hermínio Miranda com base em seus estudos históricos, justamente sob a batuta de um cônego da catedral de Pamiers, Hugues de Dufort, por volta de 1311 ou 1312. Fora a orientação do espírito de um cônego, assim, que levara Gélis a assumir a sua então tida como “macabra” atividade de comunicação com os defuntos.*¹

Textualmente, Miranda nos diz, às fls. 184 de sua obra:

“Gélis não tinha culpa de ser médium. Os espíritos que ele via e com os quais conversava e dos quais recebia recados a serem transmitidos aos vivos eram uma realidade indiscutível. A realidade que Gélis testemunhava não conferia com a que a Igreja adotara e impunha. Para o chamado cristianismo de então – e que perdura até hoje – as almas dos ‘mortos’ têm que ficar quietinhas nos seus túmulos até o dia mágico da ressurreição da carne, quando então lhes seria dada a destinação final. Ainda que isto fosse admissível para as que tenham ido parar no purgatório, não se aplicaria a mesma norma para as que teriam ido para o céu ou para o inferno. Já não são, estas, destinações definitivas? Ademais, as almas pareciam ignorar os dogmas e as proibições e continuavam a se manifestar ao pobre médium.
Para a desgraça de Gélis, ele as via por toda parte e com elas se entendia. Os sacerdotes mortos, por mais elevadas que tenham sido suas posições hierárquicas no mundo dos vivos – bispos e até arcebispos – não estavam no céu, e sim perambulando pelos lugares ermos, obviamente infelizes, perdidos, sem rumo nem destino (...)”

Mas não era só Dufort que se apresentava aos colóquios com Gélis, mas “muitos outros veneráveis cônegos, como Hugues de Ros, Athon d’Unzent, Pierre Durand. O cenário em que se manifestavam era aquele mesmo que frequentaram enquanto “vivos” – o claustro dos mosteiros ou as igrejas às quais estavam ligados (...) Os mortos, segundo Gélis, sentiam frio no inverno e tinham sede no verão.(...) “*²
Hermínio menciona em parágrafos posteriores que, segundo o conteúdo da obra de Christian Bernardac, estudioso histórico, inclusive, simpático à causa e às interpretações católicas distorcidas do catarismo, na qual encontramos a descrição desses registros inquisitoriais, Arnaud Gélis não seria considerado um mal intencionado ou fraudador consciente - mas visionário alucinado! Um pobre infeliz, auto iludido, crente nas próprias fantasias, provavelmente, induzidas pelas influências do diabo. Muito provavelmente, padecendo de distúrbios mentais!
Ora, amigo leitor e leitora, onde, e em quantas vezes, nos tempos atuais, já vimos a repetição da mesma história? De vez que, em muitos quesitos importantes, vitais mesmo, os dogmas cristãos em nada se modificaram, e em se observando a trajetória daqueles que hoje em dia, guardadas as semelhanças de compreensão destas realidades da vida, bem poderiam ser taxados de neocátaros, em quantos episódios não soubemos de semelhante perseguição desfechada por pessoas que apenas se transferiram de séculos, repetindo, nem mais nem menos, do que as mesmas vivências infortunadas contra Arnaud Gélis?

Descartando a bem-vinda circunstância de não mais haver tribunais inquisitoriais – hoje travestidos para modalidades mais sutis de repressão, diluídos na sociedade – quantos casos semelhantes já não nos chegaram ao conhecimento, ou foram duramente experimentados por aqueles de nós, de dentro do Movimento Espírita? Fatos lamentáveis havidos com médiuns de todas as esferas de ação, ou com aqueles cujas atividades são de maior expressão pública, como Chico Xavier ou Divaldo Franco, ilustram, ainda hoje, a intolerância, a brutal incompreensão originada na ignorância mais absoluta dos detalhes da realidade destes acontecimentos comuns, de interatividade entre habitantes das esferas corpóreas e incorpóreas!
O ‘nunca ninguém voltou para contar como é’, para nossa profunda perplexidade, ainda impera em milhares de mentalidades e corações mal informados sobre o que vige nas leis imutáveis do Criador para a destinação de todas as criaturas. Resultado de séculos malfadados de adulteração da verdade maior e definitiva pelas religiões institucionalizadas, para favorecer interesses temporais de poder e dominação das consciências reencarnadas no mundo em lento processo de avanço espiritual, eis-nos, ainda, médiuns atuantes de maior ou menor expressão pública, às voltas com a cegueira das reações das massas para com aquilo que constitui não mais do que manifestação cotidiana de uma lei natural - apenas que ainda mal compreendida pelas mentalidades adormecidas e pela ciência renitente nos paradigmas obsoletos para a aferição do funcionamento dos mecanismos maiores que regem a vida no universo.
Não haveria, pois, naqueles tempos, como Arnaud Gélis agir de modo diverso da sinceridade cristalina com que lidava com a simples expressão pessoal da realidade diária de sua convivência multidimensional - como hoje, também, não há outro caminho, mais honesto, mais reto, aos médiuns contemporâneos, do que resistir bravamente à ainda opressora resistência dos investimentos de interesse ou das limitações individuais para se aceitar pacificamente o que simplesmente não podemos mais negar ou rejeitar, em detrimento de uma verdade mais ampla das coisas.
É, pois, finda a era de se favorecer mentiras que não merecem prevalecer por mais tempo, num mundo que, com atraso, deve deixar para trás o lastimável estado de quarentena cósmica causada pela resistência do ser humano em avançar espiritualmente, não nos permitindo, assim, a benção de nos colocarmos em situação de cidadãos universais, em coexistência pacífica com os habitantes dos muitos mundos e dimensões das mais variadas expressões vitais espalhados pelo infinito.
É o exigível, para a consolidação de uma humanidade menos egoísta e mais responsável, em bases meritórias de responsabilidade própria, por um futuro de maior felicidade, harmonia e entendimento, com avanços significativos em todos os níveis de convivência que haverão de transportar a Terra, de fato, para o estágio mais grato de planeta de regeneração.

*¹ - Hermínio Miranda – Os Cátaros e a Heresia Católica – Ed. Lachátre – Capítulo Uma Reformatação do Catolicismo – pág. 184
*² - Hermínio Miranda – Os Cátaros e a Heresia Católica – Ed. Lachátre – Uma Reformatação do Catolicismo – pág. 184 e seguintes.

Christina Nunes
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro - RJ


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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A IGREJA CATÓLICA APROVA A COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS


Diz a Palavra de Deus:

Lev. 19:31 Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Deut. 18:10-12 Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Lev. 20:6. Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir após deles, Eu porei a Minha face contra aquela alma, e a extirparei do meio do seu povo."
Lev 19:26 Não comereis coisa alguma com o sangue; não usareis de encantamentos, nem de agouros.
Isa. 8:19 Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?".
A Bíblia declara que os mortos dormem até a ressurreição dos mortos que ocorrerá no dia da volta de Nosso Senhor Jesus Cristo! Assim, esses “espíritos” são anjos caídos disfarçados de seres humanos!
Para Saber mais sobre o destino dos mortos, a ressurreição dos santos e dos ímpios visite:
A Bíblia proíbe comunicação com os mortos com o fim de adivinhação. Exemplo. Consulto um morto para saber o numero da próxima Loteria, se minha amada me ama de verdade, se o negocio que vou começar vai dar certo.
Isto é proibido pela Bíblia. Mas a comunicação com os mortos com a finalidade de ajuda mutua, não é proibida e até é incentivada pela Igreja
Padre François Brune escreveu o best seller “ OS MORTOS NOS FALAM “
O Papa João Paulo II, perante mais de 20.000 pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse :
"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".
Isso foi fartamente publicado nos jornais Italianos da época, mas hoje, poucas pessoas se lembram. .
Observem bem, ao final da Transmissão, quando a Repórter Ilze Scamparini faz duas perguntas ao Padre Gino Concetti, um dos Teólogos mais competentes do Vaticano:
Ilze Scamparini : "Existe Comunicação entre os Vivos e os Mortos ?"
Gino Concetti : "Eu creio que sim. Eu acredito e me baseio num fundamento teológico que é o seguinte : Todos nós formamos em Cristo, um Corpo místico, no qual Cristo é o Soberano. De Cristo emanam muitas graças, muitos dons, e se estamos todos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão, existe também comunicação."
Ilze Scamparini : "O que o Senhor pensa do Espiritismo ?"
Gino Concetti : "O Espiritismo existe. Há sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Mas, não é do modo fácil como as pessoas acreditam. Nós não podemos chamar o Espírito de Michelangelo ou de Raphael. Mas como existem provas nas Sagradas Escrituras, não se pode negar que existe essa possibilidade de comunicação". ( Destaques Nossos ).
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1 - REPORTAGEM SOBRE O VATICANO - COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL
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2 - REPORTAGEM SOBRE O VATICANO - COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL
AUTORIDADES CATÓLICAS FALAM COM ESPÍRITOS - 1
Representantes do Vaticano admitem comunicação com os Espíritos !
O Padre Gino Concetti, fala do "Mais Além" de uma nova maneira. O Padre é irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, um dos teólogos mais competentes do Vaticano. É comentarista do «L'Osservatore Romano», o diário oficial do Vaticano.
A intervenção do padre Concetti, é muito importante, porque, aqui se vêem as novas tendências da Igreja a respeito do paranormal, sobre o qual, até agora, as autoridades eclesiásticas haviam formulado opiniões diferentes. Sustenta ele que, para a Igreja Católica, os contactos com o "Mais Além" são possíveis, e aquele que dialoga com o mundo dos defuntos não comete pecado se o faz sob inspiração da fé.
Vejamos pois, alguns extractos da entrevista, do Padre Gino Concetti ( P.G.C ) publicada no Jornal Ansa, em Itália, em Novembro de 1996 :
P.G.C. - «Segundo o catecismo moderno, Deus permite aos nossos caros defuntos, que vivem na dimensão ultraterrestre, enviar mensagens para nos guiar em certos momentos de nossa vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, na condição de que elas sejam levadas com uma finalidade séria, religiosa, científica.»
P - Segundo a doutrina católica, como se produzem os contactos?
P.G.C - «As mensagens podem chegar-nos, não através das palavras e dos sons, quer dizer, pelos meios normais dos seres humanos, mas através de sinais diversos; por exemplo, pelos sonhos, que às vezes são premonitórios, ou através de impulsos espirituais que penetram em nosso espírito. Impulsos que se podem transformar em visões e em conceitos.»
P - Todos podem ter essas percepções?
P.G.C - «Aqueles que captam mais frequentemente esses fenómenos são as pessoas sensitivas, isto é, pessoas que têm uma sensibilidade superior em relação a esses sinais ultraterrestres. Eu refiro-me aos clarividentes e aos médiuns. Mas as pessoas normais podem ter algumas percepções extraordinárias, um sinal estranho, uma iluminação repentina. Ao contrário das pessoas sensitivas podem raramente conseguir interpretar o que se passa com elas no seu foro íntimo.»
P - Para interpretar esses fenómenos a Igreja permite-lhes recorrer aos chamados sensitivos e aos médiuns?
P.G.C - «Sim, a Igreja permite recorrer a essas pessoas particulares, mas com uma grande prudência e em certas condições. Os sensitivos aos quais se pode pedir assistência, devem ser pessoas que levam as suas experiências, mesmo aquelas com técnicas modernas, inspiradas na fé. Se essas últimas forem padres é ainda melhor. A Igreja interdita todos os contactos dos fiéis com aqueles que se comunicam com o Mais Além, praticando a idolatria, a evocação dos mortos, a necromancia, a superstição e o esoterismo; todas as práticas ocultas que incitem à negação de Deus e dos sacramentos»
P - Com que motivações um fiel pode encetar um diálogo com os trespassados ?
P.G.C - «É necessário não se aproximar muito do diálogo com os defuntos, a não ser nas situações de grande necessidade. Alguém que perdeu em circunstâncias trágicas, seu pai ou sua mãe, ou então seu filho, ou ainda seu marido e não se resigna com a ideia do seu desaparecimento, ter um contacto com a alma do caro defunto pode aliviar-lhe o espírito perturbado por esse drama. Pode-se igualmente endereçar aos defuntos se se tem necessidade de resolver um grave problema de vida. Nossos antepassados, em geral, ajudam-nos e nunca nos enviarão mensagens nem contra nós mesmos nem contra Deus.»
P - Que atitudes convém evitar durante contactos mediúnicos?
P.G.C - «Não se pode brincar com as almas dos trespassados. Não se pode evocá-las por motivos fúteis, para obter por exemplo um nº do Loto. Convém também ter um grande discernimento a respeito dos sinais do Mais Além e não muito enfatizá-los. Arriscar-se-ia a cair na mais suspeita e excessiva credulidade. Antes de mais nada não se pode abordar o fenómeno da mediunidade sem a força da fé.»
Texto retirado do Jornal: O Popular - Goiânia
Há anos radicada na Europa, a psicóloga goiana Terezinha Rey divulga a aprovação, pela Igreja Católica, da comunicação com os mortos através de médiuns ! Oficialmente a Igreja Romana nunca admitiu o contato com os mortos, como prega a Doutrina Espírita. Nem mesmo a atividade de médiuns e paranormais, até há bem pouco tempo, era levada em consideração, pelos religiosos.
Essa opinião mudou. Através do jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial da Igreja com sede em Roma, em edição de novembro de 1996, o padre Gino Concetti concedeu uma entrevista, depois reproduzida em outros periódicos, como os italianos : Gente e La Stampa e o mexicano : El Universal, revelando os novos conceitos católicos em relação às mensagens ditadas pelos espíritos depois da morte carnal. Padre Gino Concetti, irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, considerado um dos mais competentes teólogos do Vaticano, admite ser possível dialogar com os desencarnados. Segundo ele, o catecismo moderno ensina que "Deus permite àqueles que vivem na dimensão ultraterrestre enviar mensagens para nos guiar em determinados momentos da vida.
Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal, a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, desde que elas sejam feitas com finalidades religiosas e científicas e com muita seriedade".
A medida ditada pela nova cartilha da Igreja Católica deixou eufórica Terezinha Rey, psicóloga e ex-professora goiana, que reside há mais de 40 anos na Suíça. Ela é tradutora e divulgadora do texto do padre Gino Concetti. De férias em Goiânia, faz a divulgação desse material. Terezinha diz que as novas opiniões dos católicos a respeito da Doutrina pregada por Allan Kardec é uma questão da evolução natural das coisas. "Tenho um grande respeito pela Igreja Católica e creio ser oportuna esta revisão de suas opiniões sobre o Espiritismo", afirma ela.
Terezinha considera importantes as pregações do Padre italiano porque tiram a culpa dos católicos por procurar os espíritas em busca de contatos com seus entes queridos. "Conheço padres na Europa que são médiuns", revela a professora, citando como exemplo o padre Biondi, capelão dos jornalistas de Paris. Fundadora do Instituto Pestalozzi, Terezinha Rey foi para a Suíça em 1957 para fazer um doutorado em psicologia. Lá conheceu o renomado professor Andre Rey, um dos criadores da psicologia clínica, e acabou ficando em Genebra, onde também foi aluna da professora Helene Antipoff, educadora de grande prestígio no mundo inteiro.

IGREJA CATÓLICA CARISMÁTICA - BOLETIN