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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ÁGUA MAGNETIZADA E FLUIDOTERAPIA

 Anelma Carneiro
anelcarnei@hotmail.com


Muitas vezes nos perguntam sobre o uso da água fluidificada nos tratamentos/acompanhamentos levados a efeito nos Centros Espíritas.

O assunto, de extrema relevância, nos remete aos ensinamentos provindos da espiritualidade com relação a essa terapêutica, como os do Espírito André Luiz, na psicografia do saudoso Chico Xavier onde diz que a água potável se destina a ser fluidificada onde receberá os recursos magnéticos necessários ao equilíbrio psicofísico
dos presentes. Acrescenta que “por intermédio da água fluidificada... precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar “...
(Nos Domínios da Mediunidade, 12).

Na mesma linha de raciocínio o Espírito Emmanuel, mentor de Chico Xavier, quando indagado na questão 103 – Ciências Aplicadas- se no tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo, responde que “a água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.” (O Consolador). Sobre esse aspecto particular do uso da água fluidificada e da conveniência de ser magnetizada especificamente para determinado doente, utilizamo-nos dos ensinamentos de Jacob Melo (Livro: O Passe- Seu Estudo suas Técnicas, sua Prática) quando esclarece que se os Espíritos sabem que o uso dessa água fluidificada é para uso geral, serão ali colocados vários tipos de combinações fluídicas, uma vez que não será destinada a tipo específico de necessidade. Diz, ainda, que a fluidificação específica é possível e destinada a atendimentos específicos. Outro fator destacado foi o de que o mesmo Espírito que magnetizou a água foi o que aplicou os passes...

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns (Laboratório do Mundo Invisível, item 131), nos diz que “o Espírito atuante é o do magnetizador, muito frequentemente auxiliado por outro Espírito; ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético, (...) que é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica ou elemento universal. Se ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode igualmente fazer a mesma coisa com os fluidos do organismo, o que resulta num efeito curativo da ação magnética convenientemente dirigida”. Daí podermos inferir a importância da utilização da água fluidificada aliada aos passes magnéticos nos tratamentos pela fluidoterapia que encontramos nas Casas Espíritas.

Michaelus (Magnetismo Espiritual, cap. 15) afirma que a água magnetizada deve ser utilizada como acessório de qualquer tratamento magnético e que ingerida desde o início do tratamento sempre produz bons resultados. Prossegue, ainda, que tomada em jejum e nas refeições, de forma rotineira, restabelece o equilíbrio das funções. E acrescenta que: “Os espíritas têm em grande apreço a água fluidificada, que mais não é senão a água que recebe os eflúvios magnéticos dos planos espirituais através das nossas rogativas fervorosas e sinceras.”

Assim, a água magnetizada preenche as necessidades energéticas mediante processos naturais, completando fluidicamente o passe e dando a manutenção necessária no interregno entre um passe e outro. 

Com a esperança de termos esclarecido algumas dúvidas e suscitado o desejo de levar o leitor a pesquisar o assunto nos livros citados e em outras fontes (Jornal Vórtice Ano I, nº 4/Set 2008), onde encontrarão informações mais aprofundadas a respeito de tão apaixonante tema – ÁGUA MAGNETIZADA E FLUIDOTERAPIA – continuemos nesta seara, pois, com o auxílio dos Espíritos amigos, a empreitada será exitosa. Que Deus nos ilumine! 

JORNAL VORTICE - ANO IV, n.º 04 - setembro/2011


Leitura Recomendada;

MAGNETIZAÇÃO DA ÁGUA

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DOS CORPOS ESPIRITUAIS (A VISÃO DE ANDRÉ LUIZ)


  Podemos agora tecer algumas considerações a respeito do problema dos corpos espirituais na obra de André Luiz, psicografada pelo médium Chico Xavier, procurando esclarecer alguns detalhes que parecem bastante importantes.

A partir de seu primeiro livro, Nosso Lar, no qual relata suas primeiras experiências no plano espiritual, André Luiz faz referência a vários corpos espirituais: duplo etérico, corpo astral, corpo mental e corpo causal. Inicialmente, devemos lembrar que ele utiliza o termo perispírito em sentido estrito, para significar apenas o segundo corpo após o organismo físico, que sobreviverá a este com algumas diferenças. Ele usa os termos corpo astral, corpo espiritual e psicossoma como sinônimos. Para os outros corpos, utiliza vocábulos consagrados entre os magnetizadores e espiritualistas (duplo etérico, corpo mental e corpo causal). Ele não se refere à existência de outros corpos que correspondessem aos denominados corpos moral, intuitivo e consciencial, isto é, os Aerossomas V, VI e VII da classificação de Charles Lancelin.

A divergência pode se tornar uma simples questão de palavras se encararmos o perispírito como sendo um corpo complexo, formado, por assim dizer, de “camadas”, sintetizando todos os corpos espirituais.
Para o dr. Antônio J. Freire, a concepção clássica do ternário humano não implica necessariamente a homogeneidade do perispírito. As palavras pouco importam aos espíritos, competindo ao homem formular uma linguagem que elimine controvérsias.

Duplo Etérico
No primeiro volume de Doutrina e Prática do Espiritismo, Leopoldo Cirne (1870-1941) já deduzia, das experiências de materialização, a existência de um corpo invisível no ser encarnado, distinto do perispírito, que poderia subsistir por algum tempo depois da morte física, mas que não permaneceria ligado ao espírito desencarnado. Ele o denominou como corpo etéreo, duplo astral, corpo astral, que seria responsável pela possibilidade de materialização dos espíritos. Depois, em O Homem Colaborador de Deus, publicado após sua morte, Cirne manteve seu ponto de vista sobre a existência de um corpo não-físico durante a vida.

Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz diferencia o perispírito (tratado por ele também como corpo astral, corpo espiritual e psicossoma) do duplo etérico, cuja natureza ele esclarece ser “um conjunto de eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, (...) formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal por ocasião da morte renovadora”.

O duplo etérico não é mais do que o corpo vital, também denominado de corpo ódico e corpo ectoplásmico, exatamente o que cede o ectoplasma para a produção de efeitos físicos. Nas ocorrências de materialização, por exemplo, ele pode se desdobrar a partir do corpo físico, permitindo ao espírito comunicante uma sobreposição, quando a manifestação acontece com apropriação por parte daquele, ou apenas ceder o ectoplasma disforme, que possibilita ao espírito construir um corpo.

No primeiro caso, o espírito materializado guarda uma certa semelhança com o médium, proporcionando aos críticos apressados a alegação de fraude. No entanto, sua função em relação à mediunidade não se limita a esses fenômenos, dizendo respeito a toda espécie de fenômeno mediúnico.

Tendo perdido o duplo etérico ou corpo vital, constituído dos fluidos vitais aos quais Kardec se referia, ao se desligar do corpo físico pelo desencarne, o espírito dele necessita para sua ligação com o médium, modo pelo qual se recupera parcialmente o elemento perdido, possibilitando-lhe agir sobre a matéria.
Quando o médium se desdobra sem muita prática, faz com que o duplo etérico seja levado para fora do corpo físico, aparecendo ao vidente como se fosse um duplo do indivíduo, porém, com deformações.

Por isso, ele não poderá ficar mais do que cinco ou dez metros longe do corpo físico, pois a ultrapassagem desse campo causaria sua morte. Por outro lado, pode surgir ao vidente como um fantasma, com cores diferentes do lado direito e esquerdo, às vezes, também com a cor azul.
Nas experiências realizadas pelo coronel Albert de Rochas com Eusápia Paladino em estado de hipnose, a médium descreveu o surgimento de um fantasma de cor azul, de cuja substância o espírito de John se servia durante as reuniões. O fato confere com as explicações fornecidas pelo espírito Katie King e constantes no relatório de Florence Marryat, que abordavam a existência de um corpo do qual se servia, mas que lhe apresentava tamanha resistência passiva que não era possível evitar os traços de semelhança com o médium durante as materializações.

A vidente Prevorst denominou esse corpo de “espírito de nervos” ou “princípio de vitalidade nervosa”, cuja função seria permitir a ligação do espírito com o corpo.
Uma sonâmbula do reverendo Werner também se referiu a um “fluido nervoso” que seria indispensável para que a alma entrasse em relação com o corpo. Durante suas experiências de magnetização dos sensitivos, Albert de Rochas, Hector Durville, H. Baraduc e outros verificaram que estes descreviam o desdobramento de um “fantasma ódico” que tinha uma cor alaranjada à direita e azulada à esquerda, estando ligado ao corpo físico por um cordão fluídico fixado na região esplênica.

Ver matéria já postada no blog.:  DEFORMIDADES NA EXTERIORIZAÇÃO
      Fonte, http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br

Leitura Recomendada;
OS FLUIDOS SEGUNDO ANDRÉ LUIZ
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FLUXO DO PENSAMENTO - LEIS DO CAMPO MENTAL
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O PODER DO PENSAMENTO
A VONTADE E O PODER DO MAGNETIZADOR
A FORÇA PSÍQUICA. OS FLUIDOS. O MAGNETISMO
O CORPO É UM REFLEXO DA MENTE
A DISCIPLINA DO PENSAMENTO E A REFORMA DO CARÁTER
O PENSAMENTO –“As Potências da Alma”
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2014/07/o-pensamento-as-potencias-da-alma.html

segunda-feira, 29 de julho de 2013

TRANSE E MEDIUNIDADE


Nesta entrevista, realizada há quatro anos, o escritor espírita Lamartine Palhano Jr. explica os tipos de transe mediúnico de acordo com a doutrina espírita.

Pelo site www.irc-espiritismo.org.br

O que é realmente o transe?


Quero lembrar que Allan Kardec perguntou aos espíritos se os médiuns, na hora das manifestações, permaneciam num estado especial. Os espíritos responderam que estavam numa espécie de "crise", tanto que isto gerou o termo "crisíaco".

Mas naquele tempo, a psicologia ainda não usava o termo "transe", que é uma corruptela de uma situação "transacional", que passa de um estado para outro, no caso, de um estado mental. Hoje se sabe que o que se chama "transe" é um estado alterado da consciência, onde há dissociação psíquica, que pode ser superficial (consciente) hipnogógico (semiconsciente) e profundo (inconsciente). O transe é anômalo porque ele é ocasional. Neste caso, não podemos, por exemplo, classificar o estado de sono porque é uma situação normal.

O transe está sempre presente em todas as manifestações mediúnicas?

Como eu disse, a mediunidade é um tipo de transe, por isso devemos compreender os outros tipos de transe para definir o que é realmente mediunidade.

A emancipação da alma, ou projeção astral, não considerada como caráter mediúnico, mas como capacidade inerente do ser. Poderia esta ser considerado uma forma de transe?

Evidente. É um transe anímico, no qual o espírito do próprio tem essa liberdade de emancipar-se, numa espécie de dissociação psíquica já referida. Veja o capítulo de O Livro dos Espíritos chamado "Emancipacão da Alma".
Por que, no início, quando a mediunidade está "aberta", sentimos tanta coisa: dores, doenças?

Falta de treino e de orientação para o "transe canalizado", que tenho estudado de modo cansativo nos últimos tempos.

A primeira publicação que fiz a respeito está no capítulo 11 do livro Transe e Mediunidade, Editora Lachâtre. Sem esse treinamento, os médiuns permanecem com seus canais psíquicos abertos à revelia, recebendo todos os tipos de freqüências mentais.

Quais os procedimentos corretos quando uma pessoa, não espírita e não estudiosa, entra em transe, debatendo-se e dizendo coisas desconexas?

Por isso eu estou insistindo em que o espírita aprenda sobre o "transe", porque um tipo de situação dessa pode ser um "transe patológico" (esquizofrênico, psicótico, efeitos de drogas, obsessivo etc. ). E para ajudar melhor, o espírita deve reconhecer o transe e tomar as providências cabíveis, junto ao socorro médico ou aos recursos espíritas, como a ordem moral de afastamento dos espíritos, passe, irradiação etc.

Existe uma forma para se identificar a mediunidade intuitiva?

No livro Transe e Mediunidade tem essa explicação. No caso da intuição, ela vem inteira, direta e muitas vezes seguida do nome do espírito que está intuindo, o que se transforma em ação imediata. A observação constante do fenômeno dará segurança ao médium intuitivo e também, outros médiuns próximos podem confirmar o sentimento recebido.

Uma outra coisa importante para se observar é o resultado positivo provocado pela ação nascida da intuição. A intuição é a primeira variedade mediúnica surgida na humanidade. Veja o livro Evolução em Dois Mundos, de Chico Xavier (espírito André Luiz).

Quais são os tipos de transe e qual a sua origem? Segundo a conceituação espírita, o transe tem origem endógena e exógena. Poderia nos explicar?

Os tipos básicos de transe são: 1) patológicos. Ex: delírio febril, coma, trauma craniano, psicose, depressão, esquizofrenia, epilepsia etc. 2) farmacógenos: provocados por drogas e medicamentos como tranqüilizantes, calmantes, anfetaminas e ecstasy, cocaína, heroína, crack, álcool, fumo etc. 3) anímico: Quando o indivíduo é capaz de emancipar-se por si mesmo, por sua vontade, ou não, naturalmente ou sob estímulo. Veja pergunta número 420 de O Livro dos Espíritos. 4) transe provocado: a) hipnose auto ou hetero; b) mediúnico, provocado por espíritos bons ou maus; c) farmacógenos (já citado).

Esses são os tipos básicos. Endógenos são os provocados por distúrbios patológicos neuro-anímicos, por liberação ou inibição de neurotransmissores; os exógenos, transes provocados mediante estímulos externos.

Supomos que um médium cobre por seus trabalhos espirituais. Poderia essa mediunidade ser autêntica e eficaz?

A mediunidade não é propriedade dos espíritas, tanto quanto os poderes psíquicos de cada um. O problema de não cobrar por ação mediúnica foi uma recomendação dos espíritos a Allan Kardec, baseados em que os poderes mediúnicos são movimentações dos espíritos e, por isso, os médiuns não deviam cobrar, porque receberam o dom nesta vida. No entanto, é uma questão cultural. Nos Estados Unidos, por exemplo, o médium que não cobra é tido como feiticeiro.

Pode-se afirmar, com certeza, que toda pessoa que boceja seguidamente no momento da reunião mediúnica, se não estiver sob a influência do cansaço, está sob má influência espiritual?

Não significa má influência. Significa perda. Algumas pessoas se condicionam a determinados estímulos, mediantes os quais começam a bocejar. Entretanto, não pode ser descartada uma ação obsessiva.

Cabe ao presidente, através de outros médiuns presentes, fazer uma "varredura psíquica" no indivíduo que está apresentando esses sintomas, e descobrir as causas. Meu procedimento é esse.

O Livro dos Médiuns nos diz que quando um médium não age corretamente, os espíritos acabam por abandoná-lo, ficando este sem a sua mediunidade. Por que então vemos médiuns trabalhando para espíritos perturbados sem perderem a faculdade mediúnica?

Não devemos entender as coisas ao pé-da-tetra. Os espíritos superiores não são maus para abandonar seus protegidos. O que acontece é que os médiuns, com as suas atitudes estranhas e inadequadas, diminuem o tônus vibracional, não permitindo a facilidade da ação superior. Os espíritos protetores respeitam essa atitude por causa do livre-arbítrio, e não significa propriamente que o médium "perde a mediunidade", porque o seu corpo hereditariamente tem a possibilidade do transe mediúnico.

Duas coisas podem acontecer: os médiuns se sintonizam com os planos inferiores e continuam médiuns, ou os seus guias, considerando as energias compensadas do bem já realizado pelo médium, o protegem de modo especial para que não seja "pasto" para os "vampiros espirituais", de forma que, aparentemente, "perdem a mediunidade".

No caso, se um médium clarividente vier a perder seu dom, por atos assim, poderia ele voltar a ver caso se modificasse vibracionalmente?

Ele teria que ganhar a confiança de seus protetores novamente. E preciso entender que médium não é médium de uma mediunidade só. Cada médium possui em si mesmo uma dinâmica psíquica que pode alcançar diversos níveis de variedades mediúnicas, e isso é bem observa do quando se atenta para o fato.

A clarividência é apenas uma variedade, mas se ele diz ou se dizem para ele sempre que ele é um clarividente, ele bloqueia as outras possibilidades que ele tem. Tenho prova disso em meus experimentos no CIPES.

Em um dos seus livros, você coloca que o transe tem vários graus. Como poderia nos explicar isso?

Tem vários graus e várias intensidades. As intensidades, eu comentei no início: superficial, hipnogógico e profundo. Os graus, nós temos: intuitivo, semimecânico e mecânico. Esses graus referem-se aos transes motores. Ex: psicofonia, psicografia e psicopraxia (ação psíquica). Com relação aos transes psico-sensoriais, nós temos desde o pressentimento, criptestesia, premonição, clariaudiência, clarividência, olfativos e psicometros.

A psicometria pode ser enquadrada como fenômeno mediúnico ou anímico?

Ë uma possibilidade anímica, podendo ser secundada por espíritos.

No atendimento fraterno existe a manifestação mediúnica?

Se no atendimento fraterno existe o passe e a água fluidificada, naturalmente vai existir liberarão de ectoptasma num transe de natureza biológica, além da psíquica. Se no passe se está transmitindo energias psíquicas, o passista, mesmo que esteja consciente de tudo, está em transe superficial, e, como não poderia deixar de ser, o paciente que está sendo magnetizado também está em transe leve. Pergunte ao paciente o que ele sentiu no momento, e ele vai dizer o que sentiu.

Se o passista, no momento do passe, perceber a natureza dos problemas do paciente, o que há de ser feito, ele está em transe, que pode ser anímico ou mediúnico. O mais provável é que seja anímico (energias corporais), com auxílio das energias espirituais. Veja maiores informações na obra de André Luiz.

O transe tem várias origens, podendo apresentar combinações diversas na forma. Que formas são essas? E como podemos caracterizá-las?
Como foi dito, há vários tipos de transe. Por exemplo, a origem de um transe patológico, como no caso do delírio febril é uma febre; no caso de esquizofrenia, é a depleção das dopaminas; no caso das depressões, são os problemas com serotoninas, se consideramos o problema como de origem orgânica. Se for um problema de ordem espiritual, temos que considerar a erigem como uma incompetência de viver e uma revolta íntima (conforme Jung). 

Então, cada tipo de transe pode ter diversas origens. Não há espaço aqui para definir as origens de cada tipo de transe.

"Mediunidade" é igual a "medianimico"?

Mediunidade foi o termo utilizado por Kardec, que também se utilizou do termo "mediaminique". Aksakof utilizou o termo "anímico" (de "anima", alma).

Como a mediunidade vem atrelada às possibilidades anímicas do médium, o termo mais completo para a definição seria "medianimico". Mas o termo "mediunidade" já está consagrado.

Deixe-nos uma mensagem final.

Gostaria de lembrar que o espírito humano não está preso no corpo como se estivesse dentro de uma caixa. Ele irradia por todos os lados, podendo receber e emitir irradiações mentais (pensamentos) de níveis diferentes, adotando aqueles pensamentos que lhe são mais afins. Então, somos potencialmente médiuns, e se não temos a devida vigilância mental, corremos o risco de estarmos vivendo o pensamento de outrem, e não o nosso próprio.

Daí, o conselho básico de Santo Agostinho, na pergunta 919 de 0 Livro dos Espíritos sobre a questão do "conhece-te a ti mesmo". Só podemos dizer se somos ou não médiuns se os efeitos da nossa ação psíquica forem ostensivos ou sob observação experimental. Com relação ao transe mediúnico em si, é preciso exercitar as possibilidades que vão se apresentando e não decidir qual mediunidade que queremos ter, pois então corremos o risco de bloquear os gérmens das nossas possibilidades medianímicas latentes.

O conselho dos espíritos é que essas forças devem ser desenvolvidas acompanhadas de renovação moral, para que possamos vencer as forças inferiores que nos cercam neste mundo de expiação e provas.

TRANSE E MEDIUNIDADE

Trecho do livro Mediunismo, de Ramatís.
Psicografia de Hercílio Mães. Editora do Conhecimento.

Alguns médium com os quais temos tido contato afirmam resolutamente que nada se 
recordam do conteúdo espiritual que recebem dos desencarnados, deixando-nos convictos de que todos eles são absolutamente sonâbulos.

O médium sonâmbulo que for incapaz de avaliar de imediato ou posteriormente, ao menos, um só pensamento dos comunicantes desencarnados, além de muito raro, é um dos tipos mais apropriados para atender às pesquisas cientificas e identificar os espíritos dos “falecidos”, cumprindo a finalidade da alma. No sonambulismo perfeito enquadra-se melhor o médium de fenômenos físicos, que, em geral, só depois do transe completo é que fornece o ectoplasma para a consecução de trabalhos mediúnicos desse gênero. Ele precisa submeter-se passivamente aos técnicos do Além, para lograr o melhor êxito possível na fenomenologia de materializações, voz direta, transportes ou levitações, que se produzem pela manipulação da força ectoplásmica que se exsuda pela contextura perispiritual do médium.

Conforme já vo-lo dissemos, os desencarnados comunicam-se pelo cérebro perispiritual dos médiuns intuitivos. Nos sonâbulos acionam-lhes diretamente o cérebro físico e no médium mecânico movimentam-lhe a mão na psicografia inconsciente. Entretanto, sempre o médium terá um conhecimento parcial daquilo de que é intermediário, pois só nos casos de obsessão completa, em que se entidades malévolas, depois de tenaz ação “diabólica”, conseguem assenhorear-se completamente do comando mental do obsidiado, é que então se poderia aceitar o sonambulismo absoluto e sem qualquer lampejo de razão.

É certo que muitos médiuns, embora sejam sinceros e bem intencionados, alegam que são sonâmbulos e que de nada se recordam do transe mediúnico, temerosos de não inspirarem a devida confiança aos seus ouvintes. Nem sempre o fazem por vaidade ou má intenção, pois é evidente que o público fica mais convicto das comunicações do Além quando crê no completo alheamento do médium naquilo que transmite mediunicamente.


(Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 28, páginas 26-29


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

QUEM É EMMANUEL?


Emmanuel foi o inesquecível guia de Chico Xavier, durante o seu longo apostolado mediúnico. Autor de mais de uma centena de livros de suma importância aos interesses do Espiritismo no Brasil, prossegue arrebatando admiradores sinceros e seguidores fiéis até os dias de hoje. Ao contrário de notícias vinculadas na imprensa espírita, dando conta de sua reencarnação ( ! ), prossegue trabalhando, desde o Plano Espiritual, na expansão de sua obra de evangelização espírita.

 Primeira aparição de Emmanuel - Emmanuel, em seu primeiro contato com Chico Xavier mostrou-se dentro de raios luminosos em forma de cruz e com a aparência de um bondoso ancião. Mais tarde, captado por tintas mediúnico-artísticas, Emmanuel revelou-se um belo homem, de traços maduros e serenos, porém joviais e marcantes. Instado a revelar sua identidade, esquivou-se repetidas vezes, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo Planeta, padre católico (Manuel da Nóbrega), desencarnado no Brasil. (Chico Xavier, in "Emmanuel", 1938). 


Emmanuel & Chico Xavier - Embora Chico Xavier tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de 1927 (fonte: FEB), apenas a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos, sendo para este, segundo suas próprias palavras, "um viajante muito educado procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa excursão". (Pinga-Fogo, Edicel). 

Apesar de apontamentos seguidos sobre a rígida disciplina aplicada por Emmanuel sobre Chico Xavier, este apenas teve sempre, sobre seu mentor, palavras de carinho e gratidão. E uma profunda admiração também, perceptível nesta declaração: "Solicitado para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, notei-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros." Ou então: "Emmanuel tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que tolera as falhas, e pela bondade com que repete as lições que devo aprender. Em todos estes anos de convívio estreito, quase diário, ele me traçou programas e horários de estudo, nos quais a princípio até inclui datilografia e gramática, procurando desenvolver os meus singelos conhecimentos de curso primário, em Pedro Leopoldo, o único que fiz agora, no terreno da instrução oficial." 

Emmanuel permaneceu ao lado de Chico até suas derradeiras horas no Planeta. O médium morreu na noite de domingo, 30 de junho, aos 92 anos, de parada cardíaca, na cidade de Uberaba, MG, e onde passou grande parte de sua vida. 

É impossível falar em Espiritismo ou em Chico Xavier, principalmente, sem recordar este grande Espírito que ao longo de várias e laboriosas décadas, consolidou a Doutrina Espírita no Brasil. Foi através de múltiplos ensinamentos e mensagens, que Emmanuel popularizou a Terceira Revelação sobre o solo brasileiro. Suas preciosas lições e incansáveis recomendações ecoam até hoje, através de livros e lembranças, a perpetuar um trabalho de imensurável valor e que se desenvolveu, certamente, sob a direção direita do Cristo. (©1999-2006 Instituto André Luiz - Conforme Lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98) 

2. O SURGIMENTO DE EMMANUEL:

Conta Marcel Souto Maior, no saboroso "As vidas de Chico Xavier" que, "o ano de 1931 foi movimentado para Chico. E triste. Cidália morreu em março. Pouco antes de ir embora, chamou o enteado e fez um pedido: ele deveria evitar que João Cândido se desfizesse, novamente, dos filhos - seis dela e nove do primeiro casamento. 


Ah, mãe, fique despreocupada. Eu prometo que, enquanto minha última irmã não estiver casada, minha missão no lar não terá acabado. Depois da promessa, o apelo. 

Não vá embora, não. Com quem vou conversar sobre minhas visões? Quem vai acreditar em mim?

Num último esforço, Cidália o consolou. 
Tenho fé de que você ainda há de encontrar aquelas pessoas do arco-íris* e elas vão te entender mais do que eu.

Chico se sentia sozinho apesar das visitas esporádicas da mãe e das sessões no Centro Luiz Gonzaga. Para escapar do coro dos céticos, ele arrastava os pés pelas ruas de terra do arraial e, com os sapatos sempre frouxos, tomava o rumo do açude. Aquele era seu refúgio. Ali, ele se encolhia à sombra de uma árvore, na beira da represa, encarava o céu e rezava ao som das águas. Em 1931, o bucolismo da cena deu lugar ao fantástico.

O rapaz teve sua conversa com Deus interrompida pela visita de uma cruz luminosa. Franziu os olhos e percebeu, entre os raios, a poucos metros, a figura de um senhor imponente, vestido com túnica típica de sacerdotes. O recém-chegado foi direto ao assunto. 

Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade? 
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.
- Você não será desamparado, mas para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.
O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?
- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:
Qual o primeiro ponto?
A resposta veio seca:
Disciplina.
E o segundo?
Disciplina.
- E o terceiro?
Disciplina, é claro.
Chico Xavier concordou. E o estranho aproveitou a deixa:
- Temos algo a realizar. Trinta livros para começar.
O rapaz levou um susto. Como iria comprar tinta e papel? Quem pagaria a publicação de tantos títulos? O salário de caixeiro no armazém de Felizardo mal dava para as despesas de casa, os 13 mil-réis mensais eram gastos com catorze irmãos; seu pai era apenas um vendedor de bilhetes de loteria.
Chico arriscou uma previsão.
Papai vai tirar a sorte grande?
O forasteiro encerrou as apostas:
- Nada, nada disso. Sorte grande mesmo é o trabalho com fé em Deus. Os livros chegarão por caminhos inesperados.

O roteiro estava escrito. Restava ao matuto de Pedro Leopoldo seguir as instruções. Seus passos, tropeços e quedas, muitas quedas, seriam acompanhados de perto por aquele estranho a cada dia mais íntimo, O nome dele: Emmanuel, o mesmo que tinha se apresentado a Carmem Perácio quatro anos antes. A missão: guiar o rapazote e evitar que ele fugisse do script traçado no além. Chico deveria colocar no papel as palavras ditadas pelos mortos e divulgar, por meio do livro, a doutrina dos espíritos." (As Vidas de Chico Xavier", Marcel Souto Maior, Edit. Planeta)

* A equipe de Espíritos chefiada por Emmanuel, e principalmente este, devido a grandeza e peculiaridade da tarefa, provavelmente possui (ou possuía) atmosfera espiritual colorida a lembrar um arco-íris, como dizia Chico, pois de uma forma incompreensível para nós, as imagens ilustrativas de suas páginas foram sendo adornadas invariavelmente com um arco-íris. Podemos dizer mais: fazer isso tornou-se algo quase irresistível, enquanto que os fundos (ou backs) pendiam sempre para o marrom, a lembrar chão, terra. Por não compreender-lhe o motivo, retiramos o arco-íris de quase todas ilustrações, preservando apenas a desta página; da página que apresenta Emmanuel em sua encarnação como Manoel da Nóbrega (onde o desejo de inserir imagens da fauna e flora brasileira, exuberante e colorida nos tons do arco-íris, também foi algo quase irresistível) e a que ilustra a página ainda em construção "Anjos do Brasil", dedicada aos Espíritos que velam pelo Brasil desde as suas primeiras horas, dentre eles Emmanuel. (Lori, Instituto André Luiz). 

3. ESTILO

Além da recomendação de disciplina, para toda e qualquer situação, a segunda mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada: " - Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo." 

Esse, o estilo de Emmanuel. A verdade sem rodeios.

APARÊNCIA - Em 1953, Chico estava na cabine (de materialização) quando a sala foi iluminada por uma espécie de relâmpago. Uma aparição com quase 1,90m de altura, porte atlético e tórax largo, entrou em cena. Trazia na mão direita, erguida, a velha tocha acesa* (um símbolo de fé). Com voz clara, baritonada, encheu o peito e afirmou:

- Amigos, a materialização é fenômeno que pode deslumbrar alguns companheiros e até beneficiá-los com a cura física. Mas o livro é chuva que fertiliza lavouras imensas, alcançando milhões de almas. Rogo aos amigos a suspensão destas reuniões a partir desse momento. 

Era ele mesmo. Emmanuel. 
Chico obedeceu mais uma vez. Sua missão era o livro, era materializar idéias. Precisava cumprir seu cronograma e entregar logo os novos trinta títulos. Ainda faltavam dez.
A maioria dos amigos entendeu. O autor de best sellers espíritas saía das sessões em estado de exaustão. Pálido, abatido, banhado em suor. Alguns admiradores ficaram decepcionados. Quem sabe Chico não poderia provar, com esses fenômenos, a existência dos espíritos? A esperança era inútil. A maioria absoluta dos céticos duvidaria de cada foto ou de cada aparição luminosa.

4. OBRA DE EMMANUEL

Dentre os mais de quatrocentos livros psicografados por Chico Xavier, cerca de 110 livros (com pouca margem de erro), pertencem unicamente a Emmanuel. Um número considerável, que se torna gigantesco quando acrescido das demais obras onde de uma forma ou outra ele participou, tanto com mensagens quanto com prefácios, alguns fartos e sumamente felizes, qual o que apresenta o livro "Libertação", de André Luiz.. Podemos dizer que, se longo foi o mandato de Chico, incansável foi o amor e a boa vontade de Emmanuel, em traçar pra nós, encarnados ainda em profunda necessidade, um um poderoso roteiro de luz espiritualizante. (Instituto André Luiz) 


COMO EMMANUEL COMUNICOU A CHICO O NÚMERO DE LIVROS QUE DEVERIAM ESCREVER JUNTOS:
Chico Xavier: "Depois de haver salientado a disciplina como elemento indispensável a uma boa tarefa mediúnica, ele me disse: 'Temos algo a realizar.' Repliquei de minha parte qual seria esse algo e o benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!' Considerei, então: como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos, além do nosso próprio trabalho diário, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!... Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei: será que meu pai vai tirar a sorte grande? Emmanuel respondeu: 'Nada, nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providência de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!' Algum tempo depois, enviando as poesias de 'Parnaso de Além- Túmulo' para um dos diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o livro aceito e publicado, em 1932. A este livro seguiram-se outros e, em 1947, atingimos a marca dos 30 livros. Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: 'Agora, começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de janeiro de 1959. O grande benfeitor explicou-me, com paciência: 'Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe chegar ao limite de cem livros.' Fiquei muito admirado e as tarefas prosseguiram. Quando alcançamos o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de nossos compromissos. Ele esclareceu, com bondade: 'Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.' Muito desapontado, perguntei: então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida atual? Emmanuel acentuou: 'Sim, não temos outra alternativa!' Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos portadores do livre arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos? Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e me cientificou: 'A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico!' Quando eu ouvi sua declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei a chamar de 'Desígnios de Cima." 

( De "O Espírita Mineiro", n. 205, abril/junho de 1988).

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BIOGRAFIA - IRMÃ SCHEILLA


Encarnações Anteriores:

Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha. Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. 

Casará-se, aos 20 anos, com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe para com seus 4 filhos. 
Fundou, em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, em Paris. Em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer. 

A outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura… Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos de idade. Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto! 

TRABALHO ESPIRITUAL NO BRASIL

Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil. 
Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade, juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo, com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes que formam o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes. 

Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, iniciadas em 1948 pelo médium "Peixotinho", surgiu a figura caridosa de Scheilla. Em Belo Horizonte , marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças, era Scheilla. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao qual se referiu dizendo tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda desconhecido na Terra. Fez aplicações em dona Ló. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e proferiu uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher. 
Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde, sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos, deixando no recinto o perfume de flores que lhe caracterizam. 

Na obra "Chico Xavier – 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho, encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violência. (-Jô – disse um médium – Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali – indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente." 

Tempos depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla. "Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico. Uma onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo: -Eu me sinto mal – diz Bissoli – Você – informou Scheilla – come muita manteiga Bissoli. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustassem uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. – Pronto! – diz Scheilla, apagando o fenômeno. – Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio." 

Ao término destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer a assistência e amor doados por ela. 

"ABENÇOA SEMPRE… Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre."
Scheilla
Fonte: 
Núcleo Espírita Irmã Scheilla



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