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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

APLICADOR DE PASSE – SERVIDOR DE JESUS

 Por Maria Helena Marcon

Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.

A frase, encontrada em velho papiro egípcio, demonstra que, desde muito, o homem conhecia o poder da imposição das mãos, ou seja, a transmissão de fluidos, a fim de beneficiar a outrem, conferindo-lhe saúde física.

Os seguidores do Cristo, conforme Seu exemplo, impunham suas mãos sobre os doentes para os curar. O Apóstolo Pedro, conforme descrição de Atos 3:1-11 cura o coxo que mendigava à porta do templo, pelo olhar e a vontade: Não tenho ouro, nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Nazareno, levanta-te e anda.

Barnabé e Paulo de Tarso realizavam curas através da imposição de mãos.

A Doutrina Espírita, ao estabelecer o estudo a respeito dos fluidos, neutros em sua origem, e a possibilidade de se transmitir o fluido vital a outrem (O Livro dos Espíritos, comentário à resposta da questão 70), oferta a grande oportunidade de todos nos tornarmos servidores do Bem, no processo de amenizar dores e proporcionar curas.

A atividade do passe, portanto, talvez seja, dentre tantas outras, nas Casas Espíritas, a mais exercida, desde que é ofertada nas reuniões públicas de palestras, nas reuniões da Juventude Espírita, na Evangelização Espírita Infantil, nos grupos de estudo, nas reuniões mediúnicas etc.

Os que a exercem, por vezes, na continuidade dos meses e dos anos, passam a executá-la de forma quase mecânica, olvidando alguns cuidados preciosos para o pleno êxito dos objetivos da tarefa.

Em verdade, a faculdade de curar pela imposição das mãos deriva de uma força excepcional de expansão fluídica, mas diversas causas concorrem para alimentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, a saúde física, consequência da conduta moral equilibrada, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio e disciplinas espartanas em relação a alcoólicos, fumo e outras drogas, automedicação, comportamento sexual, entre outros.

Jesus asseverou: Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque serão chamados filhos de Deus. Naturalmente que todos, por termos emanado da mesma fonte criadora, somos filhos de Deus. Contudo, a advertência crística se refere a uma especial filiação: a dos que, laborando as deficiências de caráter, se alcandoram a degraus superiores, destoando do comum das criaturas.

São os que não utilizam a sua boca para disseminar a calúnia, a malquerença, a maledicência, o desamor. Ao contrário, encontram palavras precisas para lembrar do que é positivo, altruísta e engrandecedor.

Pessoas assim transmitem uma aura de paz, cuja simples presença tem o condão de beneficiar a quem se lhes aproxime.

Todo trabalhador cuida muito bem de suas ferramentas. Dessa forma, o aplicador do passe terá redobrados cuidados com a própria saúde física, atendendo aos preceitos da boa alimentação, sem exageros de qualquer ordem, com atenção ao repouso devido à máquina orgânica, com visitas periódicas a médico e atenção às suas prescrições de exames e medicamentos.

O fluido vital, aprendemos, mantém-se, durante a vida física, graças ao trabalho dos órgãos e encontra seu abastecimento pela respiração, alimentação, exercícios físicos e espirituais.

No passe, associa-se aos fluidos espirituais, a fim de beneficiar o interessado, eis porque a sua qualidade deve ser a melhor.

Ao trabalhador do passe, cabe, pois, preservar-se do uso de alcoólicos, por exemplo. Defendem alguns, a sua utilização, e se servem de textos bíblicos, tentando justificar a sua própria vontade de não abandonar algo que lhe apraz. Com certeza, encontramos referências ao vinho, em textos do Antigo e do Novo Testamento. Entretanto, algumas observações detalhadas se fazem necessárias.

Em hebraico, Tirosch ou Mosto, traduzido, quer dizer vinho, mas não bebida fermentada. Isaías, 65:8 faz referência ao mosto ainda dentro do cacho da vida. Provérbios, 3:10 reporta-se ao mosto, como o suco doce recém colhido – transbordarão de mosto os teus lagares.

A palavra hebraica para descrever bebida forte, ou seja, o vinho fermentado, é Shekar. E lemos em I, Samuel 1:15, as palavras de Ana, grávida: Nem vinho e nem bebida forte tenho bebido. Segundo o Levítico, 10:9, a bebida forte era incompatível com o serviço a Deus, pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber.

Dessa mesma forma, deve se entender que, no episódio das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em Tirosch, o puro suco da uva, o vinho de melhor qualidade. Nem se poderia esperar do Ser puro algo diverso.

Lucas, 1:15 escreve que o anjo do Senhor disse ao sacerdote Zacarias que João [o Batista] seria  grande diante do Senhor,e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. A total abstinência é a posição a ser assumida por aqueles que estão trabalhando pela implantação do Reino de Deus na Terra.

Se, diariamente, o aplicador de passe se prepara física e espiritualmente para a atividade, não pode esquecer que o passe é um ato de amor e deve ser transmitido no clima que este sentimento propicia a quem o cultiva.

Isto envolve a alegria de servir, o entusiasmo de ser útil,  de sentir-se solidário com o próximo; é todo um exercício de amar.

Ser aplicador de passe é ser trabalhador de Jesus, é ter recebido a alta condecoração de servidor, com a possibilidade de captar das esferas superiores as benesses maiores a fim de as direcionar aos que se colocam sob seus cuidados.

Por isso, distende as mãos com inusitada alegria, ora e espalha bênçãos generosas de saúde, de paz, de tranquilidade ao enfermo, ao desassossegado, ao necessitado de qualquer jaez, sem esperar encômio algum.

O seu é o prazer de servir. E comparece ao serviço, com o coração em festa, honrado com a chance de servir, em nome do Cristo. Ora e se entrega, tornando-se dínamo de luz, dilatando as próprias condições, secundado pelos Espíritos encarregados da atividade.

Aplicadores de passe, sirvamos! 

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/


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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/o-passe.html

terça-feira, 10 de junho de 2014

TRANSE, ANIMISMO E MEDIUNISMO

Pedro da Fonseca Vieira
  
“(...) Um Espírito, que não o do médium, pode ser de ordem inferior à deste e, então, falar menos sensatamente” (O Livro dos Médiuns, Parte II, item 223-5).

O termo animismo não é novo, sempre permeia discussões de estudos mediúnicos nos Centros Espíritas – mas o que é o animismo? É um mal que deve ser combatido – como se ouve vez por outra? Pode ser desenvolvido e ser colocado a serviço do bem? Pode ajudar no exercício mediúnico?

Animismo é a denominação geral de todos os fenômenos psíquicos que têm por origem a alma, ou seja, o Espírito encarnado (vide O Livro dos Espíritos, questão 134), agente desses fenômenos. Mediunismo, por outro lado, é a designação geral de todos os fenômenos psíquicos que têm por origem outros Espíritos (encarnados ou desencarnados) e que se tornam perceptíveis pela ação de um médium, pessoa que atua como “meio ou intermediário entre os Espíritos e os homens” (vide O Livro dos Espíritos, introdução IV). Exemplos de fenômenos tipicamente anímicos são a psicometria (percepção de fatos a partir de objetos), a leitura de pensamentos, a pirogenia (combustão espontânea), a emancipação da alma e a clarividência. Por outro lado, podemos citar outros tipicamente mediúnicos como: a psicografia, a psicofonia, a possessão (ou incorporação), a pneumatografia (escrita direta), a pneumatofonia (fala direta) e a materialização dos Espíritos.

Existe animismo sem mediunismo? “Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”. Esta citação é de O Livro dos Espíritos, questão 459, a partir da qual entendemos que, de ordinário, não há fenômeno anímico que não tenha a participação efetiva dos desencarnados, o que equivale a dizer que o animismo puro é uma situação excepcional.

E mediunismo sem animismo, é possível? “Dessas explicações resulta, ao que parece, que o Espírito do médium nunca é completamente passivo? É passivo, quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário (...)”. Essa colocação é vista em O Livro dos Médiuns, Parte II, Capítulo XIX, item 223-10. Por ela podemos compreender que não há fenômeno mediúnico, seja de que natureza for, que não tenha a participação, mais ou menos forte, do médium, o que, analogamente, significa que o mediunismo puro também é uma abstração. Em suma, o que existem são fenômenos predominantemente mediúnicos ou predominantemente anímicos.

Essa dificuldade de isolar os dois conceitos foi a justificativa dada por pesquisadores para o uso do termo medianimismo, ou medianimidade, tal qual foi citado por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, Parte II, Capítulo XXXII como sinônimo de mediunidade, mas “no sentido restrito”, ou seja, poderíamos dizer, no sentido prático do fenômeno mediúnico, mostrando que esta nunca está desvinculada do animismo.

Em todos os acontecimentos medianímicos, indistintamente, o médium/anímico entra num estado especial citado pelos Espíritos em O Livro dos Médiuns, Parte II, Capítulo XIX, item 223: “No momento em que exerce a sua faculdade, está o médium em estado perfeitamente normal?” “Está, às vezes, num estado, mais ou menos acentuado, de crise”. Por conta da acepção negativa do termo “crise”, modernamente, sem perda de significado, adotou-se o termo “transe”, muito embora ainda pouco estudado. É, por definição, um movimento anímico, ou seja, um estado pertinente ao próprio Espírito encarnado, e constitui a base fundamental de todos os fenômenos psíquicos. Seu estudo e conhecimento seriam de importância capital para a melhora das práticas medianímicas no Centro Espírita. Sem buscar esgotar o assunto, vamos tratar de algumas de suas características.

Podemos entender o transe como uma série de alterações físicas (principalmente nervosas) e perispirituais que permitem certo grau de emancipação da alma. Essa fase, eminentemente anímica, antecede e predispõe o sensitivo a toda uma gama de fenômenos psíquicos que dela dependem, sejam estes anímicos ou mediúnicos. Uma descrição desse processo foi dada pelo Espírito Erasto em O Livro dos Médiuns com respeito aos médiuns de efeitos físicos: “Quem deseja obter fenômeno desta ordem precisa ter consigo médiuns a que chamarei sensitivos, isto é, dotados, no mais alto grau, das faculdades mediúnicas de expansão e de penetrabilidade, porque o sistema nervoso facilmente excitável de tais médiuns lhes permite, por meio de certas vibrações, projetar abundantemente, em torno de si, o fluido animalizado que lhes é próprio”.

O transe tem diferentes graus de profundidade, o que pode ser facilmente verificado pelos níveis de consciência física que o médium/anímico mantém durante a comunicação/percepção. Em O Livro dos Médiuns, Parte II, Capítulo XV, vemos três níveis de consciência que, podemos dizer, correspondem a três níveis de transe. O superficial distingue-se pouco do estado normal e corresponde à mediunidade intuitiva. O intermediário ou mediano permite que o Espírito que se comunica traga algumas de suas características com a contrapartida da perda parcial de consciência por parte do médium, correspondendo à mediunidade semi-consciente, ou semi-mecânica no caso específico da psicografia. O nível profundo de transe – mais raro hoje em dia – viabiliza uma percepção quase completa de anulação da personalidade do médium e da presença do comunicante, o que verificamos pela mudança de letra na psicografia, da voz na psicofonia, dos gestos na possessão (ou incorporação), permitindo, por exemplo, a passagem de detalhes e datas, bem como comunicação por meio de línguas estranhas ao médium. Observamos, também, no nível mais profundo, a perda total de consciência física por parte do médium, correspondendo à mediunidade inconsciente, sonambúlica ou mecânica.

A origem do transe pode ser também variada, podendo este ser provocado ou natural. Dizemos que o transe é provocado quando a causa principal de seu acontecimento não reside na própria alma – por exemplo, por efeito de ação magnética, de ação de Espíritos desencarnados ou do uso de algumas drogas (neste último caso, desequilibrado, imperfeito, perigoso e inútil em função do entorpecimento gerado). Natural quando nasce da concentração do Espírito encarnado numa direção bem definida, em atitudes naturais da vida, ou sob seu direto controle. Recomendamos fortemente o estudo detido da obra: “Transe e mediunidade” para maiores esclarecimentos (ver recomendações bibliográficas ao fim).

Será que animismo e mediunismo podem andar de mãos dadas? Dia 01/10/2005, no Centro Espírita Cristófilos, no Rio de Janeiro, o Espírito Ayres de Oliveira nos trouxe essa reflexão, situando o movimento anímico como importante para a qualidade da prática mediúnica: “É de fundamental importância que compreendam, de forma correta, as fases por que passam todos vocês em uma reunião como essa. Podemos dividi-las em três: preparação, busca e vibração. (...) A próxima fase é a da busca, ou a fase predominantemente anímica, é aquela que deve ser melhor desenvolvida ainda se quisermos dar maior ganho à reunião. O foco da maioria dos problemas que se observa nos médiuns está nesta fase. Este momento é o do movimento da alma do médium encarnado. Ele, na hora que um nome é chamado, deve fazer um movimento de ir buscar, no Plano Espiritual, as causas e as circunstâncias que envolvem a pessoa que foi chamada. (...) Com esse movimento anímico de todos vocês, o canal para que possamos trazer os Espíritos até aqui torna-se muito mais simples e os médiuns tornam-se muito mais preparados para o exercício da sua função”.

A Casa Espírita está preparada para lidar com o animismo? Deveria, mas aparentemente não é esse, infelizmente, o caso geral. Muito se tem ouvido, nos Centros Espíritas, que o animismo é um mal que precisa ser extirpado e as percepções anímicas em suas reuniões condenadas, perdendo-se, assim, não apenas a possibilidade do uso racional do animismo como da melhora do próprio mediunismo. Trabalhos interessantíssimos com o uso das potencialidades anímicas podem ser desenvolvidos e colocados a serviço das pessoas, tais como os citados nas obras “Laudos espíritas da loucura” e “Evocando os Espíritos” (vide recomendações bibliográficas). Por que não fazê-lo? A questão é de suma importância e merece a reflexão de todos nós.

Para aqueles que ainda pensam no animismo como um mal, resta-nos recorrer à obra A Gênese, de Allan Kardec, em seu Capítulo XV, item 2, onde o maior anímico de todos os tempos é apresentado: “Agiria [Jesus] como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”

Finalmente, para mais esclarecimentos sobre o assunto, são recomendados, em ordem, os títulos a seguir:

1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, LAKE.
2. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, LAKE.
3. PALHANO, Lamartine (Jr.). Transe e mediunidade, Lachâtre.
4. AKSAKOF, Alexander. Animismo e Espiritismo (2 volumes), FEB.
5. BOZZANO, Ernesto. Animismo ou Espiritismo?, FEB.
6. PALHANO, Lamartine (Jr.). Laudos espíritas da loucura, Lachâtre.
7. PALHANO, Lamartine (Jr.). Evocando os Espíritos, Lachâtre.
8. SCHUBERT, Suely Caldas. Os poderes da Mente, EBM Editora.
9. DELANNE, Gabriel. A evolução anímica, FEB.
10. BOZZANO, Ernesto. Os enigmas da psicometria, FEB.
11. BACELLI, Carlos A.; FERNANDES, Odilon (Espírito). Mediunidade e Animismo, LEEP.

Fonte;
espiritismo.net

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sábado, 5 de janeiro de 2013

SURGIMENTO DO PASSE


WALDIR SILVA

“Muito antiga na humanidade, a observação de que havia corpos com a propriedade de atrair outros. Na velha Ásia, muito antes de Cristo, foi encontrado na região de Magnésia um minério que atraía o ferro. E por isso foi ele denominado “Magneto” donde deriva a palavra “Magnetismo” . Analisado recentemente foi classificado como “tetróxido de triferro (Fe304), ao qual hoje se denomina “Magnetita”, chamando-se ímãs ao magneto. Todos conhecemos essa capacidade do ímã de atrair limalha de ferro, e os ímãs são muito empregados em numerosos campos de atividade.”
Interessante recordar que essa capacidade de “atração” é também observada no corpo humano, e por associação, a ela se chamou “Magnetismo animal”. (Carlos Torres Pastorino - Técnica da Mediunidade).

Em 1870 FRANS ANTON MESMER, iniciou a ciência do magnetismo (influência exercida por um indivíduo na vontade outro). Mesmerismo é a Doutrina de Mesmer, afirma que: TODO SER VIVO É DOTADO DE UM FLUÍDO MAGNÉTICO, CAPAZ DE TRANSMITIR A OUTROS INDIVÍDUOS, ESTABELECENDO-SE ASSIM, INFLUÊNCIAS PSICOSSOMÁTICAS RECIPROCAS, INCLUSIVE DE EFEITO CURATIVO. TAMBÉM CHAMADO FLLUIDISMO. (Palestra de Divaldo P. Franco - A Serviço do Espiritismo).

“A magnetização remonta à mais remota antigüidade. A força magnética das pessoas é uma forma de mediunidade. Da mesma forma que os Espíritos se utilizam dos recursos do médium para a comunicação escrita ou falada, eles se utilizam das faculdades radiantes do médium para curar.”

“Existe em cada um de nós um foco invisível cujas radiações variam de intensidade e amplitude conforme nossas disposições. A vontade lhes pode comunicar propriedades especiais; nisso reside o segredo do poder curativo dos magnetizadores. A estes efetivamente, é que em primeiro lugar se revelou essa força em suas aplicações terapêuticas”. (Leon Denis).

Desde 1818, o Brasil principiara a ouvir falar da Homeopatia. O Patriarca da Independência correspondia-se com Hahnemann. A história não registra ainda o nome dos adeptos senão a partir de 1840, ano em que chegaram ao Brasil dois homens extraordinários, que não devem ser esquecidos pelos espíritas: BENTO MURE, Francês e JOÃO VICENTE MARTINS, Português, depois Brasileiro. A ação destes dois super-homens não pode ser contada aqui. Basta dizer: tudo quanto é raiz, tudo quanto é tronco, tudo quanto é galho na frondosa árvore homeopática brasileira, tudo se deve aos dois pioneiros. Outros gozaram as flores, os frutos, o perfume. Outros plantaram em campos novos as sementes colhidas.
Bento Mure e Martins, eram profundamente neo-espiritualistas. Ambos possuíam o dom de mediunidade, 

Mure clarividente; Martins, Psicógrafo. Não se conheciam então as leis metapsíquicas. Reinava o empirismo nos trabalhos de inspiração. Mas quem ler Mure verificará que, antes de chegar a nós a doutrina dos Espíritos, ele se dava a transes mediúnicos. Foi devido a uma assistência invisível constante que puderam os dois, numa terra estranha e ingrata, que tanto amaram, amargar um apostolado inesquecível, recebendo em paga do bem que faziam o prêmio reservado aos renovadores: a perseguição, os ataques traiçoeiros, as ofensas morais e o encurtamento da própria vida. Foram os maiores médicos dos pobres que o Brasil conheceu. E ainda a Martins que devemos a introdução em nosso país, das irmãs de caridade e dos princípios Vicentinos (1843). Ambos tinham como divisa DEUS, CRISTO E CARIDADE.

A cura homeopática envolvia, como envolve ainda hoje, certo mistério para o leigo... Bento Mure e Martins, falavam ainda em Deus, Cristo e Caridade quando curavam e quando propagavam. Aplicavam aos doente os passes como um ato religioso. Não o faziam por charlatanismo, Hannemann, (descobridor da Homeopatia), recomendava esse processo como auxiliar à homeopatia. Foram os homeopatas que lançaram os passes, não os espíritas. Estes continuaram a tradição” (Bezerra de Menezes - Canuto de Abreu).
Negado muito tempo pelas corporações doutas, como negados foram, por elas a circulação do sangue, a vacina, o método anti-séptico e tantas outras descobertas, o magnetismo tão antigo quanto o mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de hipnotismo. 

É verdade que os processos diferem. No hipnotismo, é pela sugestão que se atua sobre o sensitivo, a princípio para o adormecer, e em seguida para provocar fenômenos. A sugestão é a subordinação de uma vontade à outra. Pode-se obter o mesmo resultado com as práticas magnéticas. A única diferença, consiste nos meios empregados. Os dos hipnotizadores são antes de tudo violentos. Se podem curar certas afeções, na maior parte das vezes ocasionam desordem no sistema nervoso e com a continuação desequilibram o sensitivo, ao passo que os eflúvios magnéticos, bem dirigidos quer em estado de vigília, quer no sono,restabelecem com freqüência a harmonia nos organismos perturbados. (Leon Deniz - No Invisível).
A ação do fluído magnético está demonstrada por exemplos tão numerosos e comprobatórios que só a ignorância ou a má fé poderiam negar-lhe a existência.

Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

MAGNETISMO NO NOVO TESTAMENTO


Lizarbe Gomes/RS

Ao longo da leitura da parte primeira, livro terceiro, a “Fisiologia do Magnetizador”, do “Tratado Prático do Magnetismo e do Sonambulismo” (1845) encontramos a seguinte dissertação do autor, Aubin Gauthier: “O Magnetismo é um agente disseminado na natureza e dele todos os corpos são impregnados.

Ele escapa aos nossos sentidos, não o vimos.
Se não o vimos, podemos observar seus efeitos, o que já seria suficiente para estabelecer sua existência. Porém, o homem, em estado de sonambulismo vê o fluido magnético sob a forma de um fogo brilhante que sai particularmente das mãos do magnetizador, o que explica porque a Antiguidade representava os deuses com flamas nas pontas dos dedos e como Mesmer afirmou: “O magnetismo animal, considerado como agente, é um fogo invisível”.
Quando um magnetizador impõe a mão sobre um doente, de seu corpo saem imediatamente correntes de matéria fluídica que se dirigem sobre o magnetizado. Diz Mesmer “observa-se o escoamento de uma matéria cuja sutileza penetra todos os corpos.”
Concebe-se então que o magnetizador não doa apenas seus esforços e fruto de seus estudos, mas doa ainda uma parte de sua própria existência.

Sem entender de outra maneira os atos magnéticos relacionados às incomparáveis curas operadas por Jesus Cristo, eu lembrarei que tendo ele sido tocado, na ponta de seu manto por uma mulher enferma, a qual foi curada. Jesus logo disse: ‘Quem me tocou? “. Como todos se defendessem, Pedro e aqueles que estavam com Ele lhe disseram: “Mestre, a multidão vos pressiona e vos oprime e vós quereis saber quem vos tocou!”.
Jesus respondeu: “Alguém me tocou, pois senti uma virtude que saiu de mim!”.
Essas palavras de Jesus Cristo tem, na boca de São Lucas, um caráter particular que hoje interessa bastante ao magnetismo, pois São Mateus, que era um coletor de impostos não fala da “virtude saída” do corpo de Jesus Cristo, cita apenas a cura; São Marcos, discípulo de São Pedro, que era um pescador, diz simplesmente que Jesus conhecendo em si mesmo a virtude que saía dele, se voltou para a multidão e disse “Quem tocou minhas vestes?”
São João nada diz sobre este assunto.

São Lucas relata com palavras completamente racionais: “Alguém me tocou, pois senti uma virtude que saiu de mim!”.
Por que esta superioridade de São Lucas sobre os outros evangelistas? É que São Lucas era médico.

Seu Evangelho oferece mesmo esta particularidade médica e magnética. Ele é também o único dos evangelistas que diz a respeito da mulher doente:
“Que ela havia dispensado todos seus bens com os médicos e que nenhum pode curá-la.” Para São Lucas, a cura se deveu a virtude saída do corpo de seu Divino Mestre.
Ora, a virtude magnética que residia em um grau incomparável em Jesus Cristo existe em um grau inferior entre todos os homens e cada vez que um magnetizador impõe suas mãos, dele sai uma virtude”.
Posteriormente, ou seja, mais de vinte anos depois, o mesmo tema voltaria a ser estudado com cuidado por Allan Kardec, no capítulo XV de “A Gênese – os Milagres e as predições segundo o Espiritismo”, no qual encontramos o seguinte comentário do Codificador: “É notável que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; ele não fez nem magnetização e nem imposição das mãos. A irradiação fluídica normal bastou para operar a cura.

Mas por que essa irradiação se dirigiu para essa mulher, antes que para os outros, uma vez que Jesus não pensava nela e que estava cercado pela multidão?
A razão disso é bem simples. “O fluido, sendo dado como matéria terapêutica, deve atingir a desordem orgânica para repará-la; pode ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído, pelo desejo ardente, a confiança, em uma palavra, a fé do enfermo.” Diz ainda Allan 

Kardec: “Jesus, pois tinha razão em dizer: a vossa fé vos salvou. Compreende-se aqui que a fé não é virtude mística, tal como certas pessoas a entendem, mas uma verdadeira força atrativa, ao passo que aquele que não a tem opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou pelo menos uma força de inércia que paralisa a ação. Segundo isto, compreende-se que dois enfermos atingidos pelo mesmo mal, estando em presença de um curador, um pode ser curado e o outro não.”

Constatamos assim o quanto a preocupação dos estudiosos do Magnetismo em compreender de maneira racional a ação do fluido magnético nas curas operadas por Jesus até então consideradas “miraculosas”. Tal assunto também mereceu a atenção de Kardec que destacou ainda a atitude de quem recebe: se souber exercer a fé como força atrativa poderá, sem dúvida, obter resultados positivos. Aliás, no diversos aplicação épocas Jornal do 
Magnetismo há artigos que abordam a do Magnetismo desde as mais remotas e por diferentes povos. O Barão Du Potet inúmeras vezes referia-se a ele, denominando-o “Ciência dos Templos”, já que inicialmente sua prática se dava no recesso dos templos da 

Antiguidade, seja na Mesopotâmia, na Pérsia, no Egito, Grécia ou em Roma.
Finalizando, recordemos ainda as palavras de Léon Denis, em sua obra “No Invisível”: “Desembaraçado de qualquer móvel interesseiro, praticado com um objetivo de caridade, o magnetismo se torna a medicina dos humildes e dos crentes, do pai de família, da mãe para seus filhos, de todos aqueles que sabem amar. Sua aplicação está ao alcance dos mais simples. Ela exige apenas a confiança em si, a fé no infinito poder que faz irradiar por toda a parte a força e a vida. Como o Cristo e os apóstolos, como os santos, os profetas e os magos, cada um de nós pode impor as mãos e curar se tivermos amor aos semelhantes e a ardente vontade de aliviar”.

JORNAL VÓRTICE -ANO II, n.º 05 , outubro/2009


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SEU PRONTO RESTABELECIMENTO
PERÍODO MAGNÉTICO
MAGNETISMO CLÁSSICO (Jornal do Magnetismo critica o Espiritismo)
PRECURSORES DO MAGNETISMO ANIMAL (Parte I)
PRECURSORES DO MAGNETISMO ANIMAL (Parte Final)
EMPREGO OFICIAL DO MAGNETISMO ANIMAL - A DOENÇA DO REI DA SUÉCIA
PASSES E MAGNETISMO
MAGNETISMO,UM SABER A SER RESGATADO
CURA DE UMA FRATURA PELA MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL
QUAIS OS LIMITES QUE SE PODE ALCANÇAR ATRAVÉS DO MAGNETISMO?
O TATO MAGNÉTICO E A FICHA DE ATENDIMENTO
DA DURAÇÃO DO TRATAMENTO MAGNÉTICO CAPÍTULO X
ENSAIO TEÓRICO DAS CURAS INSTANTÂNEAS
TEORIAS E PROCEDIMENTO DO MAGNETISMO
O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO MAGNÉTICO SEJA MAIS OU MENOS LONGO?