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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

APLICADOR DE PASSE – SERVIDOR DE JESUS

 Por Maria Helena Marcon

Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.

A frase, encontrada em velho papiro egípcio, demonstra que, desde muito, o homem conhecia o poder da imposição das mãos, ou seja, a transmissão de fluidos, a fim de beneficiar a outrem, conferindo-lhe saúde física.

Os seguidores do Cristo, conforme Seu exemplo, impunham suas mãos sobre os doentes para os curar. O Apóstolo Pedro, conforme descrição de Atos 3:1-11 cura o coxo que mendigava à porta do templo, pelo olhar e a vontade: Não tenho ouro, nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Nazareno, levanta-te e anda.

Barnabé e Paulo de Tarso realizavam curas através da imposição de mãos.

A Doutrina Espírita, ao estabelecer o estudo a respeito dos fluidos, neutros em sua origem, e a possibilidade de se transmitir o fluido vital a outrem (O Livro dos Espíritos, comentário à resposta da questão 70), oferta a grande oportunidade de todos nos tornarmos servidores do Bem, no processo de amenizar dores e proporcionar curas.

A atividade do passe, portanto, talvez seja, dentre tantas outras, nas Casas Espíritas, a mais exercida, desde que é ofertada nas reuniões públicas de palestras, nas reuniões da Juventude Espírita, na Evangelização Espírita Infantil, nos grupos de estudo, nas reuniões mediúnicas etc.

Os que a exercem, por vezes, na continuidade dos meses e dos anos, passam a executá-la de forma quase mecânica, olvidando alguns cuidados preciosos para o pleno êxito dos objetivos da tarefa.

Em verdade, a faculdade de curar pela imposição das mãos deriva de uma força excepcional de expansão fluídica, mas diversas causas concorrem para alimentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, a saúde física, consequência da conduta moral equilibrada, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio e disciplinas espartanas em relação a alcoólicos, fumo e outras drogas, automedicação, comportamento sexual, entre outros.

Jesus asseverou: Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque serão chamados filhos de Deus. Naturalmente que todos, por termos emanado da mesma fonte criadora, somos filhos de Deus. Contudo, a advertência crística se refere a uma especial filiação: a dos que, laborando as deficiências de caráter, se alcandoram a degraus superiores, destoando do comum das criaturas.

São os que não utilizam a sua boca para disseminar a calúnia, a malquerença, a maledicência, o desamor. Ao contrário, encontram palavras precisas para lembrar do que é positivo, altruísta e engrandecedor.

Pessoas assim transmitem uma aura de paz, cuja simples presença tem o condão de beneficiar a quem se lhes aproxime.

Todo trabalhador cuida muito bem de suas ferramentas. Dessa forma, o aplicador do passe terá redobrados cuidados com a própria saúde física, atendendo aos preceitos da boa alimentação, sem exageros de qualquer ordem, com atenção ao repouso devido à máquina orgânica, com visitas periódicas a médico e atenção às suas prescrições de exames e medicamentos.

O fluido vital, aprendemos, mantém-se, durante a vida física, graças ao trabalho dos órgãos e encontra seu abastecimento pela respiração, alimentação, exercícios físicos e espirituais.

No passe, associa-se aos fluidos espirituais, a fim de beneficiar o interessado, eis porque a sua qualidade deve ser a melhor.

Ao trabalhador do passe, cabe, pois, preservar-se do uso de alcoólicos, por exemplo. Defendem alguns, a sua utilização, e se servem de textos bíblicos, tentando justificar a sua própria vontade de não abandonar algo que lhe apraz. Com certeza, encontramos referências ao vinho, em textos do Antigo e do Novo Testamento. Entretanto, algumas observações detalhadas se fazem necessárias.

Em hebraico, Tirosch ou Mosto, traduzido, quer dizer vinho, mas não bebida fermentada. Isaías, 65:8 faz referência ao mosto ainda dentro do cacho da vida. Provérbios, 3:10 reporta-se ao mosto, como o suco doce recém colhido – transbordarão de mosto os teus lagares.

A palavra hebraica para descrever bebida forte, ou seja, o vinho fermentado, é Shekar. E lemos em I, Samuel 1:15, as palavras de Ana, grávida: Nem vinho e nem bebida forte tenho bebido. Segundo o Levítico, 10:9, a bebida forte era incompatível com o serviço a Deus, pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber.

Dessa mesma forma, deve se entender que, no episódio das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em Tirosch, o puro suco da uva, o vinho de melhor qualidade. Nem se poderia esperar do Ser puro algo diverso.

Lucas, 1:15 escreve que o anjo do Senhor disse ao sacerdote Zacarias que João [o Batista] seria  grande diante do Senhor,e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. A total abstinência é a posição a ser assumida por aqueles que estão trabalhando pela implantação do Reino de Deus na Terra.

Se, diariamente, o aplicador de passe se prepara física e espiritualmente para a atividade, não pode esquecer que o passe é um ato de amor e deve ser transmitido no clima que este sentimento propicia a quem o cultiva.

Isto envolve a alegria de servir, o entusiasmo de ser útil,  de sentir-se solidário com o próximo; é todo um exercício de amar.

Ser aplicador de passe é ser trabalhador de Jesus, é ter recebido a alta condecoração de servidor, com a possibilidade de captar das esferas superiores as benesses maiores a fim de as direcionar aos que se colocam sob seus cuidados.

Por isso, distende as mãos com inusitada alegria, ora e espalha bênçãos generosas de saúde, de paz, de tranquilidade ao enfermo, ao desassossegado, ao necessitado de qualquer jaez, sem esperar encômio algum.

O seu é o prazer de servir. E comparece ao serviço, com o coração em festa, honrado com a chance de servir, em nome do Cristo. Ora e se entrega, tornando-se dínamo de luz, dilatando as próprias condições, secundado pelos Espíritos encarregados da atividade.

Aplicadores de passe, sirvamos! 

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/


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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

LITERATURA MEDIÚNICA

Por José Passini

Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade uma só teoria errônea.
Erasto – O Livro dos Médiuns,item 230

Por reviver a Mensagem Cristã na sua pureza, objetividade e pujança originais, tem o Espiritismo sofrido ataques ao longo dos tempos. Anos a fio, aqueles incomodados com os esclarecimentos propiciados pela obra de Kardec promoveram verdadeiros bombardeios, objetivando descaracterizar a Doutrina Espírita como religião cristã.  Entretanto, como o bombardeio não alcançou o alvo desejado, decidiram os promotores desencarnados  mudar a estratégia, trocando o bombardeio pela implosão. O bombardeio sempre é mais notado pela movimentação de recursos externos, a fim de destruir. A implosão, ao contrário, passa despercebida até a hora do desmoronamento total.

Cansaram-se as forças contrárias ao Espiritismo de combatê-lo de fora para dentro. Através dos médiuns usados fora do meio espírita, as Trevas não conseguiram desacreditar a Doutrina, embora se tenham empenhado por larga faixa de tempo. Pelo contrário, ajudaram muito na divulgação dos postulados espíritas, porque as acusações falsas e as tentativas de ridicularização sempre foram rebatidas com a verdade, o que propiciava o conhecimento da Doutrina Espírita a muitos que dela não tinham notícia.

Por isso, atualmente, ninguém sai a público, através de periódicos ou de livros, na tentativa de atacar as teses espíritas, numa confrontação aberta, em que haja oportunidade de debate. Quando muito, uns ataques pela Internet, que não exibem endereço para resposta. Vê-se que o bombardeio vindo de fora quase desapareceu. As Trevas desistiram dessa prática. Agora, o ataque é interno, pela implosão.

Hoje, a Treva se empenha em atuar dentro dos arraiais espíritas, usando, principalmente, médiuns invigilantes, que publicam tudo o que recebem, sem atentarem para as sábias palavras do Espírito Erasto, conforme citado acima. Decidiram,  as forças das Trevas,  não mais atuar confrontando-se, mas fingindo caminhar ao lado, falando em Jesus, falando no Bem, doando parte do produto das edições de livros e discos a instituições de amparo, no intuito de criar simpatia e credibilidade.

Mas, de permeio com ensinamentos nobres, estão atitudes ridículas, conversas banais e verdadeiras caricaturas de respeitáveis personalidades que deixaram na Terra testemunho de trabalho e dignidade, agora mostradas como pessoas vulgares e desprovidas do nível de seriedade que sempre mantiveram enquanto encarnadas.

Existe uma verdadeira avalanche de obras fantasiosas que pretendem trazer novidades, que vão desde o comentário leviano que invade a intimidade de pessoas, a pretensas revelações de novos pontos doutrinários. São obras capazes de causar admiração naqueles que não estudam e, por isso mesmo, se encantam e não observam que o objetivo maior delas é levar o Espiritismo ao descrédito.

Não podendo, os inimigos da Verdade, combater o Espiritismo no campo das ideias, procuram minimizá-lo, banalizá-lo através de diálogos pueris que, apresentando-se como linguagem descontraída, mais se assemelham à conversa descompromissada de uma roda de amigos do que a comentários em torno de temas doutrinários. Nessa tentativa de apequenamento da mensagem espírita, valem-se de tudo, até de humorismo barato, que tem aparecido através de médiuns fascinados, que ainda não atentaram para a milenar advertência: Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (I Jo, 4:1).

Essa advertência do Apóstolo João nunca encontrou tanta aplicabilidade como agora! É tempo de as livrarias espíritas analisarem com cuidado as obras que divulgam. Não se trata do estabelecimento de um Index, mas de um critério para constatar o que é Espiritismo e o que não é, visto que, ao divulgar uma obra – seja um folheto, um disco ou um livro – um estabelecimento espírita está, automaticamente, pelo menos para o leigo – e é  justamente esse que deve ser orientado – legitimando o valor e a fidelidade daquela obra quanto às bases doutrinárias. É chegada a hora de se alertar o irmão que se deixou envolver, apontando-lhe os equívocos, e não se calando, a pretexto de um falso sentimento de fraternidade. O compromisso com a Verdade foi claramente declarado por  Jesus:  Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna. (Mt, 5:37).

Aos que acham que esse procedimento não é consentâneo com a liberdade que o Espiritismo confere aos seus profitentes, deve ser lembrado que sempre há um critério na seleção do que se entrega ao público numa casa que ostente o nome  espírita, pois o critério deve caminhar ao lado da liberdade, uma vez que, em nome desta, ninguém concordaria que um estabelecimento espírita divulgasse todos os tipos de livros e revistas que são expostos em bancas e livrarias. Oportuna nessa hora, a recomendação do Apóstolo Paulo: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm. (I Co, 6:12)

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/


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quinta-feira, 17 de julho de 2014

MAGNETISMO E HOMEOPATIA, PRECURSORES DO ESPIRITISMO

Allan Kardec

Todo grande pensamento ou idéia religiosa não surge de repente, mas há que se haver uma preparação do solo para que a semente seja lançada e frutifique.  Assim ocorreu com o Espiritismo cujo Codificador, Allan Kardec estudou por 35 anos o Magnetismo Animal ou Mesmerismo antes de se dedicar à Doutrina Espírita.
A Homeopatia, criação inspirada de Samuel Hanehmann, e o Magnetismo, proporcionaram o  enraizamento de idéias que preparavam as almas européias sensíveis a pensarem o Ser Humano como um ser bio-psico-social dotado de uma alma, componente de uma centelha  que sustenta a vida. Não mais a influência de uma medicina medieval, materialista, mecanicista, mas uma ciência médica voltada para enxergar homem e o princípio vital contido em seu espírito.
Magnetismo e Homeopatia, portanto, se tornaram forças equilibrantes e opostas, na Europa e no Brasil, às idéias materialistas que permeavam o mundo pós-Inquisição. As doutrinas de Auguste Comte e Spencer seduziam milhares de criaturas se opondo intransigentemente ao sobrenatural, reforçando o “espírito positivo” e rejeitando qualquer cogitação das primeiras causas.

Samuel Hahnemann
•  Ao tempo de Hahnemann, a medicina oficial era um conjunto anacrônico de princípios, teorias e práticas empíricas, eminentemente drenadoras. Sua base eram as “sangrias”, os purgantes, os vomitórios e outros recursos criados sem um estudo metódico e científico.
•  A Homeopatia trouxe uma farmacodinâmica própria, considerando não só os limites materiais do indivíduo, mas penetrando no conhecimento da intimidade discreta e sutil de seu corpo bioplasmático.
Franz Anton Mesmer
Escreveu Mesmer em 1799: As primeiras curas obtidas de algumas doenças consideradas incuráveis pela medicina, suscitaram inveja e produziram mesmo ingratidão, que se somaram para ampliar as prevenções contra meu método de cura.
 Muitos sábios uniram-se  para fazer cair senão no esquecimento, pelo menos no desprezo, as aberturas que realizei neste campo: divulgou-se por toda parte como impostura.

Mas que, longe de me desencorajar, redobraram meus esforços para o triunfo das verdades que acho essenciais à felicidade dos homens.
Enquanto os Médicos de sua  época exerciam a medicina heróica, tradicional, desde Galeno no século II, por sua vez, Mesmer foi formado pela Universidade de Viena, então reformada por Van Swieden, na escola clínica de Boerhaave (conhecido como professor da Europa ou Hipócrates holandês).
Mesmer cursou as faculdades de teologia, filosofia, medicina, e em parte, de direito. Seu terceiro doutorado, foi em Medicina, pela Universidade de Viena, reformulada por Van-Swieten, discípulo de Boerhaave,  o criador da clínica moderna, que propôs uma retomada dos princípios da medicina científica e vitalista, fruto da observação junto aos pacientes e do uso da razão, recuperando os princípios do pai da medicina, o grego Hipócrates (vis medicatrix naturae). Incluía o estudo de ciências naturais, física, química e as então recentes descobertas fisiológicas.
 Para Boerhaave, uma  vis vitae, ou força vital, era responsável pela manutenção da saúde orgânica, como para todos os vitalistas científicos, que estavam  se contrapondo ao materialismo mecanicista da medicina oficial, a prática médica heróica milenar.
Muitas mentiras e difamações sofreu Mesmer e até mesmo uma das obras tidas como principais de sua bibliografia, AFORISMOS DE MESMER  foi desautorizada por ele, tendo sido compilada por seus alunos de um Curso dado por ele.
Sua obra principal foi Mémoires de F. A. Mesmer, docteur en médicine, sur ses découvertes. Paris, 1799.  “Memória de F. A. Mesmer, Doutor em Medicina, Sobre Suas Descobertas”. Esta obra, contém o modelo teórico da terapia do Magnetismo Animal, sonambulismo provocado e lucidez sonambúlica.
Diferentes tons de movimentos (vibrações) do Fluido Universal: Luz, eletricidade, magnetismo mineral, gravidade, magnetismo animal e todas as coisas.
A terapia do Magnetismo animal acelera o ciclo das doenças, antecipando a crise (crisis hipocrática) e restabelecendo o estado de equilíbrio, ou saúde.
Esclarece Mesmer em sua obra principal, ainda hoje desconhecida da geração atual: É o empirismo ou a aplicação às cegas dos meus procedimentos, que deram lugar às prevenções e às críticas indiscretas que se fizeram contra esse novo método. Estes procedimentos se não forem razoáveis, se assemelharão a afetações tão absurdas quanto ridículas, às quais será impossível atribuir fé.
Sexto sentido, instinto, sonambulismo provocado.
1. Como o homem adormecido pode julgar e prevenir suas moléstias, e mesmo as dos outros?
2. Como, sem qualquer instrução, pode indicar os meios mais adequados à cura?
3.  Como  pode  ver  objetos  afastados,  e  pressentir  os acontecimentos?
4. Como o homem pode receber impressões de uma outra vontade que não a sua ?
5. Por que o homem não é sempre dotado dessas faculdades?
6. Como são passíveis de aperfeiçoamento?
7. Por que este estado é mais freqüente, e parece ser mais perfeito após o emprego  do processo do Magnetismo Animal?
8. Quais têm sido os efeitos da ignorância destes fenômenos e quais são eles ainda hoje?
9. Quais são os inconvenientes resultantes do abuso que deles se faz?

DECLAROU KARDEC NA REVISTA ESPÍRITA DE 1868:

O Magnetismo, a Homeopatia, e o Espiritismo A cura só é completa após a destruição das causas.  Eis porque os tratamentos terapêuticos muitas vezes necessitam ser completados por tratamento fluídico e reciprocamente. Eis, também, porque as curas instantâneas, que ocorrem nos casos em que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva, jamais poderão tornar-se um meio curativo universal. Não são, consequentemente, chamadas  a suplantar nem a medicina, nem a homeopatia, nem o magnetismo comum.
Hahnemann, por sua vez,  escreveu no ORGANON, a “bíblia” da Homeopatia: Organon Parágrafo 288:

“Neste ponto acho ainda necessário fazer menção ao chamado Magnetismo Animal, ou melhor, ao mesmerismo (como deveria ser chamado, graças a Mesmer, seu fundador), que difere da natureza de todos  os outros medicamentos. Essa força curativa, muitas vezes tolamente negada e difamada ao longo de um século inteiro,  esse maravilhoso e inestimável presente com que Deus agraciou o Homem, mediante o qual, através da poderosa vontade de uma pessoa bem intencionada sobre um doente, por contato, ou mesmo sem ele, e mesmo a uma certa distância, a força vital do mesmerizador sadio, dotado com essa força, aflui  dinamicamente para um outro indivíduo (...) (Parágrafo 288)

Já no Plano Espiritual, viria declarar mais tarde
Hahnemann:


O Espiritismo será um poderoso auxiliar da medicina. Graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, há muito tempo, retardou o seu vôo.


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terça-feira, 1 de julho de 2014

MEDIUNIDADE NO TEMPO DE JESUS



Paulo da Silva Neto Sobrinho

“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).

Introdução

A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.

É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.

Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.

A mediunidade e Jesus

Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.

O evangelista Mateus narra o seguinte:

Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).

A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.

Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.

O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:

“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).

Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.

A mediunidade no apostolado

Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam“como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).

Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.

Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:

“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.

A mediunidade como era “transmitida”

A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.

Em Atos 8, 17-18:

“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.

Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.

Em Atos 19, 1-7:

“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. 

Eram, ao todo, doze homens”.

Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.

A mediunidade como os dons do Espírito

Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.

Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”“Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.
E esclarece o apóstolo dos gentios:
“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).

Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.

Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25). Disse ele:

“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.

Conclusão

Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.

Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.

Nov/2004.

Referência bibliográfica.

  • PASTORINO, Carlos Torres, Sabedoria do Evangelho, volume 1, Revista Mensal Sabedoria, Rio, 1964.
  • Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, 43ª ed. 2001.
Fonte; http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/mediunidade-no-tempo.html

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