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sexta-feira, 15 de março de 2013

O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO MAGNÉTICO SEJA MAIS OU MENOS LONGO?


JACOB MELO

São vários os fatores que podem levar um tratamento magnético a ser longo, inclusive o fator parecer ser muito demorado.

No momento atual um dos mais relevantes fatores é o desconhecimento, por parte de uma enorme maioria de magnetizadores e passistas, da base científica que norteia essa prática. Junto com isso vem o quase ponto zero em que se encontram as pesquisas dessa ciência, apesar de ser muito bem percebida, na recente década, a retomada do interesse por esse estudo. Hoje, graças ao empenho de alguns em resgatar essa preciosa bênção que Deus entregou à Humanidade desde a sua criação, percebe-se que o Brasil ensaia passos firmes no sentido de se aproveitar não apenas o que existe de arquivos e pesquisas antigas, mas de também encetar novas investigações, inclusive abordando doenças e problemáticas complexas, como as doenças atribuídas ao sistema nervoso e outras tantas que vêm surgindo e poucas respostas têm obtido da chamada ciência oficial.

No contexto da base Espírita, Allan Kardec e os Espíritos já disseram que sendo os fluidos espirituais mais sutis que os humanos, aqueles costumam produzir reações mais imediatas do que as decorrentes do magnetismo humano.

Mas, falando diretamente do que se percebe na terapia em geral, há um certo excesso tanto na expectativa do surgimento de novas “fontes milagrosas”, como também no sentido de ser apresentado o Magnetismo como uma última oportunidade de vitórias e isso gera ânsias descabidas e comparações apressadas.

Vejamos o caso das depressões.

Costumeiramente, quando uma depressão severa consegue ser debelada pelos esforços da medicina psiquiátrica e psicológica, fazendo-se uso de medicamentos muitas vezes de forte poder químico, em um período de 3 a 5 anos, comemora-se a vitória com muito ênfase, já que essa doença, em tais casos, pode jamais ser vencida. Em situações semelhantes, a adição nesses tratamentos de uma terapia magnética apropriada, reduz em mais de 70% o tempo total de tratamento, com a verificação de um índice de vitória plena em mais de 80% dos casos. Sendo assim, de onde surge a sensação de que essa terapia seja mais demorada do que a convencional? Simplesmente porque é costume se querer a instantaneidade das curas quando se faz uso do magnetismo.

Com outras doenças, como tumores em geral, descompensações endócrinas e dores, é comum se perceber avanços muito significativos em tempos relativamente curtos.

O gargalo das observações que apontam para o prolongamento das terapias surge quando a referência se dirige a doenças que ainda estão sem pesquisas iniciadas ou concluídas, ou pelo uso indevido de técnicas impróprias para cada caso. Do fasto do Magnetismo ser uma realidade da própria Natureza, muita gente acha que basta passar ou impor as mãos e tudo será magicamente resolvido. Ou acordamos para entender que não é assim que funciona ou seguiremos sem obter os sucessos que todos sabemos que virão, mas que continuam pedindo avanços e consciência.

Por fim, um outro fator que não pode ser desconsiderado nessa análise é a participação do paciente. Quando alguém precisa fazer uma preparação para uma cirurgia, se interna, passa pelos procedimentos pertinentes e depois guarda o repouso e as dietas recomendadas, ele se diz feliz quando, ao final de tudo, o resultado é positivo. Mas quando um tratamento semelhante é ensejado apenas com o uso do magnetismo, costumamos nos descuidar e até abusar do desrespeito às recomendações, comprometendo gravemente todos os esforços empregados. E com essas terapias interrompidas, desarticuladas, bloqueadas ou simplesmente descontinuadas, os pacientes, quando as concluem, se é que conseguem isso, contabilizam o tempo total, sem anotar os descasos pessoais que geraram todo retardo. Ao final de todo esse quadro, a contabilidade da terapia fica grandemente alterada, onde o magnetismo em si pouco tem de culpa.

Jornal Vórtice ANO III, n.º 04, setembro/2010   


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quinta-feira, 14 de março de 2013

FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?


Yonara Rocha / EUA

Muito se fala no movimento espírita sobre o merecimento do paciente ou atendido nas Casas Espíritas, e eu gostaria de fazer uma reflexão a respeito deste assunto.

Será que Deus realmente escolhe quem tem merecimento ou não? Até que ponto, fisiologicamente falando, isso é possível?

No passe estamos atuando tanto no campo do perispírito como no físico, portanto, fica a questão: o que predominaria numa pessoa para ela receber uma cura dentro do que seria o seu merecimento: a estrutura do perispírito? Se sim, de que maneira isso se verificaria? O perispírito teria um escudo contra o magnetismo? Do outro lado temos visto casos em que ainda não conseguimos resultados positivos, mas será mesmo por causa da tão falada falta de merecimento do paciente? Eu questiono isso, porque quando algo não dá certo temos a mania de culpar os outros – e isso ainda é muito forte dentro de todos nós. Um exemplo disso temos quando várias pessoas sofrem de depressão no mundo, mas aqueles que se submetem ao tratamento de depressão pela técnica de Jacob Melo ficam curados. Por quê? Esses – e só esses – merecem a cura?

Alguém se dedicou, estudou, pesquisou a depressão pelo Magnetismo e conseguiu descobrir uma maneira de curá-la por seus mecanismos, de tal maneira que se isso não tivesse acontecido vários casos de depressão não solucionados decerto seriam creditados ao não merecimento do paciente.

O que mais me preocupa nessa questão do merecimento – ou da falta dele – é o acomodamento dos passistas que podem perder seus potenciais magnéticos, os quais são movidos pela vontade; quando eles suspeitam que talvez o paciente não mereça a cura, simplesmente se satisfazem. Seria diferente, em termos de doação e qualidade de fluidos, se eles acreditassem que todos são merecedores da cura. A postura do EU POSSO é essencial para um bom magnetizador, ele tem que acreditar em si mesmo, em sua força para fazer um bom atendimento magnético, pois se achar que está apenas submetido ao merecimento do paciente, logo desanimarão, perdendo o entusiasmo, o desejo da pesquisa, a vontade de se desenvolver mais e melhor. A consequência dessa postura leva à perda da oportunidade de conseguir descobrir a cura ou os meios de obtê-la.

Esse conceito é antigo no Movimento Espírita e em minha opinião precisa ser reavaliado. Estamos ainda começando a trabalhar com a ciência do Magnetismo e toda ciência deve evoluir. Os magnetizadores do passado nos deixaram a base e cabe a nós, os magnetizadores de hoje, levar essa ciência adiante, fazendo novas descobertas e pesquisas, aprofundando estudos e colhendo melhores resultados. Mas para conseguir isso devemos nos colocar na posição de aprendizes interessados e pesquisadores perseverantes. Não sabemos de tudo, ainda não conhecemos 100% do que o Magnetismo nos oferece e nem mesmo o que os magnetizadores de épocas remotas sabiam. Por isso, ainda não conseguimos a cura em determinadas situações e sobre certas patologias, não porque o paciente não merece e sim porque NÓS, os magnetizadores do hoje, AINDA não sabemos nos conduzir, magneticamente falando, como já seria de se esperar. Falta-nos, em muitas situações, eficácia no tato magnético, concentração no momento do passe, conhecimento fisiológico e fluídico mais aprimorados, tempo para atender aos pacientes de forma mais adequada e eficiente, conhecimento da qualidade no fluido doado, perseverança em todas as fases do que essa busca nos pede, etc..

O melhor que podemos fazer hoje não é O MELHOR QUE EXISTE PARA O PACIENTE, simplesmente é a nossa limitação; o paciente é merecedor de tudo de bom, inclusive da cura, e cabe a nós nos esforçarmos, através da prática e do estudo do Magnetismo, dar ao paciente o que ele realmente MERECE: a cura.

A Organização Mundial de Saúde diz que existem doentes e não doenças, e não poderia ser diferente no Magnetismo. Cada paciente é um universo fluídico a ser desvendado pelo passista. Existem regras básicas, mas também existem diferenciais que precisam ser analisados e descobertos. A Ciência médica até hoje busca compreender melhor essa máquina que é o corpo humano; quantas doenças a ciência não consegue curar!

Seria apenas por falta de merecimento do paciente ou ignorância da própria Medicina?  Quantos morreram no passado de doenças que são hoje completamente curáveis? No Magnetismo, o passista, além de conhecedor das funções do corpo humano precisa também conhecer o fator energético e descobrir onde está a falha energética no campo fluídico que gerou a doença no corpo físico; isso requer pesquisas, estudos, buscas incessantes. O Magnetismo já descobriu a cura de várias doenças, mas, assim como a ciência, ainda não descobriu a cura de tudo e isso não quer dizer que a cura seja impossível.

Ninguém evolui pela dor, ainda quando esta seja vista ou percebida como um chamado ao caminho do amor. Se a dor, por si só, gerasse evolução nos seres, não se apontariam tantos doentes revoltados exatamente por conta dela. Por conta da dor blasfemam contra Deus, mas Ele não castiga ninguém. Na realidade, a doença é uma consequência dos nossos atos e não um castigo; não sendo castigo ela pode ser curada sim. Por outro lado, a cura pode trazer ao paciente a oportunidade de renovação interior, pelo sentimento da gratidão – por sinal, o que importa na lei do progresso é a reforma íntima, pois o ser só progride de fato pela mudança positiva de comportamento.

Kardec (A Gênese, cap. 14, item 31) anotou:

"A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito".

O que se depreende dessa afirmação é que existem vários fatores a determinar uma cura e não dá para se entender que o “merecimento” seja dos mais poderosos.

Temos visto muitos casos onde um passista não consegue resultados positivos e outro sim. O fluido de determinado magnetizador tem mais poder de ação em certas doenças do que outros e isso também é um fator importante no processo da cura. Devemos também levar em consideração essas e outras muitas variáveis antes de assumir que o Magnetismo não cura ou o paciente não tem merecimento.

Um bom magnetizador deve ter sempre em mente a máxima do Evangelho “o amor cobre uma imensidão de pecados”, portanto o amor pode ser considerado como o maior destruidor de não merecimentos.

Jornal Vortice ANO III, n.º 02, julho/2010   


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terça-feira, 25 de setembro de 2012

BIOGRAFIA - YVONNE DO AMARAL PEREIRA


Yvonne Pereira foi uma das mais respeitadas médiuns brasileiras, autora de romances psicografados bastante conhecidos entre os espíritas. Dedicou-se por muitos anos à desobsessão e ao receituário mediúnico homeopático.

Filha de Manuel José Pereira Filho, um pequeno comerciante, e de Elizabeth do Amaral, foi a primeira de seis filhos do casal., tendo nascido em 24 de dezembro de 1900. A mãe já havia tido um filho de seu primeiro casamento.

Recém-nascida, com apenas 29 dias, teve um acesso de tosse que a sufocou, deixando-a em estado de catalepsia, em que se manteve por seis horas. O médico e o farmacêutico da localidade chegaram a atestar o óbito por sufocação. A família preparou o corpo da bebê para o velório, colocando-lhe um vestido branco e azul, adornando-a com uma grinalda, enquanto aguardava o pequeno caixão branco da praxe. Momentos depois, a bebê acordou, chorando.

Yvonne cresceu numa família espírita. O pai enfrentou a falência comercial por três vezes. Posteriormente viria a tornar-se funcionário público, cargo que ocupou até o fim da vida, em 1935. Era comum a família abrigar pessoas necessitadas, vivências que, segundo Yvone, marcariam sua vida para sempre.

Aos oito anos de idade, a menina viveu novo episódio de catalepsia. Certa noite, durante o sono, percebeu-se diante de uma imagem do Senhor dos Passos pedindo socorro, pois sofria muito. A imagem, então, animando-se, dirigiu-lhe as palavras: Vem comigo minha filha: será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam. A menina, aceitando a mão que lhe era estendida pela imagem, subiu os degraus do altar e não se lembrou de mais nada.

Nessa idade teve o primeiro contato com um livro espírita. Posteriormente, aos doze anos, ganhou de presente do pai O Evangelho segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos. Aos treze anos de idade começou a freqüentar sessões práticas de Espiritismo.
Yvonne teve como estudos apenas o antigo curso primário (atual primeiro segmento do ensino fundamental). Devido às dificuldades financeiras da família não conseguiu prosseguir nos estudos. Para auxiliar a família, e o próprio sustento, dedicou-se à costura e ao bordado, e ao artesanato de rendas e flores. Tendo cultivado desde a infância o estudo e a leitura, completou a sua formação como autodidata, pela leitura de livros e periódicos. Aos dezesseis anos já tinha lido obras clássicas de GoetheBernardo GuimarãesJosé de AlencarAlexandre HerculanoArthur Conan Doyle e outros.

A partir dessa idade, fase da adolescência, a mediunidade tornou-se um fenômeno comum para Yvonne, que dizia receber a maior parte dos informes de além-túmulo, crônicas e contos em desdobramento, no momento do sono. A sua faculdade apresentava-se diversificada, tendo se dedicado à psicografia e ao receituário homeopático, à incorporação, à psicofonia e ao passe, e até mesmo, em algumas ocasiões, aos chamados efeitos físicos de materialização. Dedicou-se à atividade de desobsessão. Atuou em casas espíritas nas cidades de Lavras (MG), Barra do Piraí (RJ), Juiz de Fora (MG), Pedro Leopoldo (MG) e Rio de Janeiro (RJ), onde residiu sucessivamente.

A obra mediúnica de Yvonne Pereira monta a uma vintena de livros. Embora desde 1926 tenha escrito numerosas obras psicografadas, somente decidiu publicá-las na década de 1950, segundo ela mesma, após muita insistência dos “mentores espirituais”. Dentre as mais conhecidas destacam-se:
§  Memórias de um Suicida (Rio de Janeiro: FEB, 1955. 568p.) – atribuída aos espírito de Camilo Castelo Branco e de Léon Denis. Constitui-se num libelo contra o suicídio, descrevendo em sua primeira parte, os sofrimentos experimentados pelos que atentaram contra a própria vida. Na segunda e na terceira partes focaliza os trabalhos de assistência e de preparação para uma nova encarnação. Esta obra é considerada um marco na bibliografia mediúnica brasileira e o melhor exame sobre o suicídio sob o ponto de vista doutrinário espírita.
§  Nas Telas do Infinito – apresenta duas novelas: uma atribuída ao espírito Bezerra de Menezes e outra a Camilo Castelo Branco.
§  Amor e Ódio (Rio de Janeiro: FEB, 1956. 553p.) – atribuída ao espírito Charles, enfoca o drama de um ex-aluno francês do Prof. Rivail (Allan Kardec), o artista Gaston de Saint-Pierre, acusado de um crime que não cometera. Após grandes padecimentos, recebe os esclarecimentos elucidativos por meio de um exemplar de O Livro dos Espíritos, à época em que este foi lançado pelo codificador.
§  A Tragédia de Santa Maria (Rio de Janeiro: FEB, 1957. 267p.) – atribuído ao espírito Bezerra de Menezes, ambientado em uma fazenda de café em Vassouras (RJ).
§  Ressurreição e Vida (Rio de Janeiro: FEB, 1963. 314p.) – atribuído ao espírito Leon Tolstoi, compreende seis contos e dois mini-romances ambientados na Rússia dos czares.
§  Nas Voragens do Pecado (Rio de Janeiro: FEB, 1960. 317p.) – primeiro volume de uma trilogia atribuído ao espírito Charles, relata a trágica história do massacre dos huguenotes na Noite de São Bartolomeu (23 de Agosto de 1572), durante o que seria uma encarnação anterior da médium, na personalidade de Ruth-Carolina de la Chapelle.
§  O Cavaleiro de Numiers (Rio de Janeiro: FEB, 1976. 216p.) – segundo volume da trilogia, mostra outra suposta encarnação da médium, ainda na França, na personalidade de Berth de Sourmeville.
§  O Drama da Bretanha (Rio de Janeiro: FEB, 1974. 206p.) – terceiro e último volume da trilogia, ilustra como a médium, agora na personalidade Andrea de Guzman, não consegue suportar os embates de sua expiação e se suicida por afogamento.
§  Dramas da Obsessão (Rio de Janeiro: FEB, 1964. 209p.) – atribuído ao espírito Bezerra de Menezes, compreende duas novelas abordando o tema obsessão.
§  Sublimação (Rio de Janeiro: FEB, 1974. 221p.) – apresenta dois contos atribuídos ao espírito Charles (um ambientado na Pérsia e outro na Espanha) e três contos atribuídos ao espírito Leon Tolstoi (ambientados na Rússia).
Como escritora, publicou muitos artigos em jornais populares, produção atualmente desconhecida, que carece de um trabalho amplo de recuperação. São ainda da autora:
§  A Família Espírita
§  À Luz do Consolador (Rio de Janeiro: FEB, 1997. ) – coletânea de artigos da médium na revista Reformador, originalmente entre a década de 1960 e a de 1980.
§  Cânticos do Coração (Rio de Janeiro: Ed. CELD. 1994. 2 v. 246 p.) – coletânea de artigos publicados no jornal Obreiros do Bem.
§  Contos Amigos
§  Devassando o Invisível (Rio de Janeiro: FEB, 1963. 232p.) – a autora desenvolve uma dezena de estudos sobre temas doutrinários, com base em suas experiências mediúnicas.
§  Evangelho aos Simples
§  O Livro de Eneida
§  Pontos Doutrinários – reúne crônicas publicadas na revista Reformador.
§  Recordações da Mediunidade (Rio de Janeiro: FEB, 1968. 212p.) – a autora discorre sobre reminiscências de vidas passadas, arquivos da alma, materializações, premonição e obsessão.
§  A Lei de Deus
Yvonne do Amaral desencarnou em 09 de março de 1984, no Rio de Janeiro (RJ).


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