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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

POR QUAL MOTIVO O MAGNETISMO SEMPRE FOI PERSEGUIDO, INCLUSIVE NA ATUALIDADE PELO MOVIMENTO ESPÍRITA, ENFRENTANDO TANTOS OBSTÁCULOS PARA SE IMPLANTAR EM DEFINITIVO NA TERRA?

Há questões simples, como existem as complexas. Tem aquelas que pensamos saber e nos confundem, tal como outras que sequer sabíamos que sabíamos… e sabíamos. Em suas “Confissões”, Santo Agostinho se questionou: “Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se quiser explicar a quem indaga, já não sei”.
O Magnetismo, em seu surgimento moderno, deve ter disputado com a ideia de que a Terra era redonda, a primazia da contrariedade dos que se sentiam como os balizadores das essências humanas. Enquanto esta sempre termina deixando por terra as faces dos religiosos, aquele roubaria aos farmacêuticos e às Academias o poder de colar rótulos e, por isso, cobrar e fazer fortunas.

Muito provavelmente terá sido o fato do Magnetismo  ser dom natural, a cujos possuidores só se pedia ação equilibrada e vontade determinante, que o colocou numa redoma condenada ao despautério, pois seria de grande risco essa força desbancar as bancas acadêmicas e os cofres dos produtores de saúde em pílulas, injetáveis, xaropes ou encapsulados. Do Magnetismo curar doenças tidas como incuráveis, sem imputar nenhum outro medicamento além da água magnetizada, brotou violenta campanha para desacreditá-lo. E esta, ao que parece, tem vencido até os dias atuais.

Mas neste ponto entra a parte que pensamos que sabemos, mas que nenhuma lógica é suficientemente rica para explicar ou justificar.

Allan Kardec, já a partir de O Livro dos Espíritos, e estendendo-se até o último número de sua Revista Espírita, foi essencialmente claro e convincente acerca da imperiosidade de que o Espiritismo se desenvolvesse coladinho ao Magnetismo (sugiro ao leitor que ainda não o tenha feito, a leitura de meu livro Reavaliando Verdades Distorcidas, onde apresento os principais pontos em que o vínculo Espiritismo/Magnetismo é ratificado a mancheias). Mas se apenas ele tivesse se referido ao Magnetismo, poderia ser advogado que estava “puxando brasas para sua sardinha”, já que era magnetizador há 35 anos quando compôs O Livro dos Espíritos; na verdade são inúmeras as citações e referências diretas dos Espíritos acerca do Magnetismo e seu uso, o que dá total aval ao bendito consórcio Espiritismo e Magnetismo.

E o que tem isso de intrigante? Simplesmente o fato a que se refere a questão do texto: por que o Movimento Espírita cria tantos obstáculos para a implantação dessa ciência em favor da Humanidade?

Se não me perguntam esses motivos sinto que sei, mas quando me pedem para explicitá-los vejo que me faltam argumentos, posto que não há lógica, ética, sentido ou moral que os justifiquem.

Quando Jesus pronunciou “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21), parece que igualmente dizia, à posteridade: “Nem todo que se diz kardecista segue Allan Kardec”. Pois se Allan Kardec orienta a busca e o uso do Magnetismo, como se estar contra ele? Será que o fato de se ser “administrador de Casa Espírita, ou mesmo de Federação”, muda a essência? Os antigos dirigentes religiosos pensaram que sim; a maioria dos atuais continua pensando igual. E Jesus assevera: “Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco” (Mateus 15:14). Porém o cego verdadeiro não é o que não vê e sim aquele que não quer ver. Só que para quem guia violando o que seria de dever e de direito, também há advertência: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”. (Mateus 5:19).

Certamente o leitor estará me achando muito bíblico nesta resposta, mas se minha experiência e minha vida espírita, se os meus mais de 45 anos estudando e praticando o Magnetismo e todo o resultado que vem sendo constatado em tantas Casas e junto a tantas pessoas que utilizam essa maravilha não tem valido para atestar o valor do Magnetismo em nosso meio, só mesmo buscando a palavra do Novo Testamento para tentar fazer refletir quem deveria estar “defendendo” a Codificação e o Espiritismo em si.

Não existe lógica para as desculpas esfarrapadas que dão. Já cansei de repetir que se o passe espírita fosse só imposição de mãos, oração e boa vontade, a própria razão que orientam aos passistas, recomendando-lhes estudo e aprofundamento, estaria integralmente negada. Se os chamados “passes simples” fossem suficientes, não haveria razão para tão pouco efeito em seus resultados. Se aos Espíritos coubesse mesmo tudo fazerem, eles simplesmente estariam demonstrando pouquíssima eficiência. Porém nada disso parece importar muito…

Afinal, qual a razão dos dirigentes de muitas e muitas Casas serem contra o Magnetismo? Que lógica se esconde nas mentes que dizem ou pensam dirigir o Movimento Espírita quando se posicionam contra Kardec e os Espíritos Superiores da Codificação? Certamente estarão ganhando alguma coisa com isso; só que como esse ganho não é intelectual, espiritual, moral ou educacional, qual será então?

Creio que esta é a primeira vez que escrevo para o Vórtice sem deixar clara uma posição ante o questionamento feito. Simplesmente não sei, não entendo, não concebo e nem sequer formulo hipóteses concretas acerca do assunto, pois não quero crer se tratar de uma grande, poderosa e violenta onda obsessiva que grasa nas mentes e nos corações, os quais deveriam divulgar e incentivar o Magnetismo, fosse por amor à ciência, por amor ao Espiritismo, por amor aos iniciadores, por amor a Jesus, por amor ao próximo ou apenas por fidelidade. Só não cabe mesmo é alguém se designar dirigente espírita e jactar-se de ser contra o Magnetismo. Quem sabe eles saberiam e poderiam nos explicar as razões?
Acho difícil também, pois o que eles mais semeiam é o silêncio inoperante no lugar da luz que iluminaria a todos.
Enquanto isso, continuemos estudando, aplicando, elevando o próprio Espiritismo e aproveitando as benesses do Magnetismo, pois enquanto os cães ladram, a caravana do bem segue firme com a base mais segura: Jesus e Kardec.

JACOB MELO
JORNAL VORTICE ANO VI, Nº 05 - Outubro - 2013

domingo, 27 de outubro de 2013

OS FRUTOS DO ESPIRITISMO


Por Enrique Eliseo Baldovino


Homenagem ao Sesquicentenário de 
O Evangelho Segundo o Espiritismo, de 
Allan Kardec

Relendo o penúltimo artigo (8º) das páginas históricas da Revista Espírita de dezembro de 1864 (RE dez. 1864–VIII: Comunicação espírita – A propósito da Imitação do Evangelho [Bordéus, maio de 1864; Grupo de Saint-Jean – Médium: Sr. Rul.], páginas 395-397),(1) encontramos uma notável instrução ditada pelo Espírito de Verdade, que comentaremos a seguir, com letra cursiva e menor, transcrevendo a mensagem original e intercalando as nossas considerações, junto das lúcidas observações de Allan Kardec.

Comunicação Espírita

A PROPÓSITO DA IMITAÇÃO DO EVANGELHO

(Bordéus, maio de 1864; Grupo de S. João – Médium: Sr. Rul.)

“Um novo livro acaba de aparecer. É uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha. Há dezoito séculos vim, por ordem de meu Pai, trazer a palavra de Deus aos homens de boa vontade. Essa palavra foi esquecida pela maioria, e a incredulidade, o materialismo vieram abafar o bom grão que eu tinha depositado em vossa Terra. Hoje, por ordem do Eterno, os bons Espíritos, seus mensageiros, vêm a todos os pontos da Terra fazer ouvir a trombeta retumbante. Escutai suas vozes; elas são destinadas a mostrar-vos o caminho que conduz aos pés do Pai celeste. Sede dóceis aos seus ensinamentos; os tempos preditos são chegados; todas as profecias serão cumpridas.

O contexto histórico desta profunda comunicação é o mês de maio de 1864, poucos dias depois do notável aparecimento do livro Imitation de L’Évangile selon le Spiritisme, de Allan Kardec, lançado em Paris em abril de 1864 (1ª edição),(2) cujas merecidas comemorações o Movimento Espírita nacional e internacional estão realizando, por ocasião do Sesquicentenário de O Evangelho segundo o Espiritismo (a 3ª edição, revista, corrigida e modificada é de 1866).(3) O Espírito de Verdade usa, de forma clara, uma linguagem eminentemente evangélica, recordando a passagem de Jesus, na Terra, há 18 séculos – contando desde a época da Codificação da Doutrina dos Espíritos –, e o próprio Espírito de Verdade cita, como o faz no Prefácio a L’Évangile selon le Spiritisme, que “os tempos são chegados”.

“Pelos frutos se conhece a árvore. Vede quais são os frutos do Espiritismo: casais onde a discórdia tinha substituído a harmonia voltaram à paz e à felicidade; homens que sucumbiam ao peso de suas aflições, despertados pelos acordes melodiosos das vozes de além-túmulo, compreenderam que seguiam por um caminho errado e, envergonhados de suas fraquezas, arrependeram-se e pediram ao Senhor a força para suportar suas provações.

O Espírito de Verdade volta a citar outro formoso ensino do Cristo: “Pelos frutos se conhece a árvore” (Mateus, 7:15-20). Os frutos opimos e saborosos da portentosa árvore do Espiritismo são as benesses que Ele espalha pelo mundo, Doutrina que continua salvando vidas através dos anos, explicando o porquê do sofrimento, identificando as causas das aflições, ensinando a perdoar, a amar sem esperar retribuição e norteando mentes e corações para o bem, cujas conquistas vivenciais devem-se sobremaneira ao elevado esclarecimento e consolo que a Doutrina Espírita proporciona à Humanidade, no seu aspecto filosófico, científico e religioso, e com as consequências ético-morais, educacionais, sociais etc., que decorrem do seu cerne doutrinário.

“Provas e expiações, eis a condição do homem na Terra. Expiação do passado, provas para fortalecê-lo contra a tentação; para desenvolver o Espírito pela atividade da luta; para habituá-lo a dominar a matéria e prepará-lo para os prazeres puros que o esperam no mundo dos Espíritos.

“Há muitas moradas na casa de meu Pai, disse-lhes Eu há dezoito séculos. Estas palavras, o Espiritismo veio torná-las compreensíveis. E vós, meus bem-amados, trabalhadores que suportais o calor do dia, que credes ter que vos lamentar da injustiça da sorte, bendizei vossos sofrimentos; agradecei a Deus, que vos dá meios de resgatar as dívidas do passado; orai, não com os lábios, mas com o coração melhorado, para vir ocupar melhor lugar na casa de meu Pai, porque os grandes serão humilhados, mas, como sabeis, os pequenos e os humildes serão exaltados.” Espírito de Verdade

Claramente, o próprio Espírito de Verdade se identifica de novo como sendo Jesus, ao citar mais um ensinamento evangélico (“Há muitas moradas na casa de meu Pai” [João, 14:2]), e asseverando sem rodeios: «disse-lhes Eu há dezoito séculos” (grifos nossos). No livro Missionários da Luz, ditado pelo Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, o elevado Instrutor Alexandre, falando no Mundo Espiritual ante uma assembleia, acerca dos temas Mediunidade e fenômeno, expressou com profunda inspiração:

“(…) – Mediunidade – prosseguiu ele, arrebatando-nos os corações – constitui “meio de comunicação”, e o próprio Jesus nos afirma: “Eu sou a porta… se alguém entrar por mim será salvo e entrará, sairá e achará pastagens”! Por que audácia incompreensível imaginais a realização sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?(4) Ouvi-me, irmãos meus!… Se vos dispondes ao serviço divino, não há outro caminho senão Ele, que detém a infinita luz da verdade e a fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para a mediunidade celeste, para o acesso ao equilíbrio divino que anelais no recôndito santuário do coração! Somente através d’Ele, vivendo-lhe as sublimes lições, alcançareis a sagrada liberdade de entrar nos domínios da Espiritualidade e deles sair, conquistando o pão eterno que vos saciará a fome para sempre. Sem o Cristo, a mediunidade é simples “meio de comunicação” e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações, multiplicando presas infelizes. Lembrai-vos, contudo, de que a lei divina jamais endossou o cativeiro e nunca sancionou a escravidão! Esquecestes a palavra divina que pronunciou: “vós sois deuses”? (…) (Grifos nossos)

Observação de Allan Kardec

Agora é o próprio Codificador do Espiritismo quem comenta a comunicação do Espírito de Verdade na referida Revue Spirite, tecendo sensatas considerações em forma de Nota final, que também transcrevemos a seguir. Seus comentários magistrais fazem jus à notável frase-síntese que descreve o seu bom senso, frase muito conhecida em nosso meio: Jesus, a porta. Kardec, a chave.(5)

“Sabe-se que assumimos menos responsabilidade pelos nomes quando pertencem a seres mais elevados. Não garantimos mais essas assinaturas do que muitas outras, limitando-nos a entregar tal comunicação à apreciação de cada espírita esclarecido. Contudo, diremos que não é possível desconhecer nela a elevação do pensamento, a nobreza e a simplicidade das expressões, a sobriedade da linguagem, a ausência de superfluidade. Se ela for comparada com as que foram inseridas na Imitação do Evangelho (Prefácio e cap. III: O Cristo Consolador), e que levam a mesma assinatura, posto obtidas por médiuns diferentes e em épocas diversas, nota-se entre elas uma analogia marcante de tom, de estilo e de pensamentos, que acusa uma origem única. De nossa parte, dizemos que pode ser do Espírito de Verdade, porque é digna dEle, ao passo que temos visto muitas assinadas por este nome venerado ou o de Jesus, cuja prolixidade, verbiagem, vulgaridade, por vezes mesmo a trivialidade das ideias, traem a origem apócrifa aos olhos dos menos clarividentes. Só uma fascinação completa pode explicar a cegueira dos que se deixam apanhar, se não também o orgulho de julgar-se infalível e intérprete privilegiado dos puros Espíritos, orgulho sempre punido, mais cedo ou mais tarde, pelas decepções, pelas mistificações ridículas e por desgraças reais nesta vida. À vista desses nomes venerados, o primeiro sentimento do médium modesto é o de dúvida, porque ele não se julga digno de tal favor.”

A prudência, a humildade e a sabedoria de Allan Kardec são realmente proverbiais. O Codificador compara esta comunicação da Revista Espírita às elevadíssimas mensagens do Espírito de Verdade que constam no citado Prefácio de Imitation de L’Évangile e no capítulo: Le Christ Consolateur, sendo que estas instruções são dignas da autoria do nome venerado de Jesus. Mas Kardec, na sua grande humildade, prefere “entregar tal comunicação à apreciação de cada espírita esclarecido”.

Jesus e o Espírito de Verdade

A mesma e clara identificação do Espírito de Verdade com o Cristo encontra-se também no cap. XXXI de O Livro dos Médiuns,(6) na dissertação IX, que possui uma oportuna e explicativa Nota de Kardec, após a profunda mensagem assinada por Jesus de Nazaré:

“(…) Venho, como outrora, aos filhos transviados de Israel; venho trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, tem que lembrar aos materialistas que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar a planta e que levanta as ondas. Revelei a Doutrina Divina; como o ceifeiro, atei em feixes o bem esparso na Humanidade e disse: Vinde a mim, vós todos que sofreis! (…) Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensino: instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgais o nada, vos clamam vozes: Irmãos! nada perece; Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade”.

A mesma mensagem, com poucas variações, encontra-se em O Evangelho segundo o Espiritismo,(7) agora assinada pelo Espírito de Verdade (Paris, 1860).

O Consolador prometido

Por tudo isso, o lúcido Codificador cita no cap. VI: O Cristo Consolador, a promessa do Consolador prometido, feita outrora por Jesus e registrada no Evangelho de João, 14:15 a 17 e 26:

“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e Eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito”.(8)

A Doutrina Espírita é Jesus de volta

O Espiritismo é, de forma incontestável, o Cristianismo redivivo, porque nos ensina a colocar em prática o Evangelho de Jesus, isto é, a imitá-lO (Imitation de L’Évangile), a emular o Cristo, ora revivido pelos elevados ensinos da Doutrina Espírita, que restaura a Sua palavra e os Seus exemplos, sendo que O Evangelho segundo o Espiritismo contém a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas circunstâncias da vida. A epígrafe do Codificador Allan Kardec é muito profunda, racional e belíssima, em todos os sentidos: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente à razão, em todas as épocas da Humanidade”.

Em boa hora saiu a lume a edição histórica de O Evangelho segundo o Espiritismo,(9) em comemoração aos 150 anos do lançamento dessa extraordinária Obra, com o selo da Editora FEB – Federação Espírita Brasileira, em parceria com as 27 Federativas Espíritas Estaduais, em cujo número encontra-se a nossa centenária FEP – Federação Espírita do Paraná.

É tanta a importância desse Livro, pela sua considerável influência sobre a vida prática das nações (que extraíram, extraem e extrairão dele instruções excelentes), que, durante a codificação de Imitation de L’Évangile selon le Spiritisme, Allan Kardec teve que se recolher à sua residência da Ville Ségur, conforme narra Obras Póstumas, sob o título: Imitação do Evangelho (Ségur, 9 de agosto de 1863; médium: Sr. d’A…).(10)Durante a confecção desta Obra, os Espíritos Superiores disseram a Kardec: “(…) Conta conosco e conta sobretudo com a grande alma do Mestre de todos nós, que te protege de modo muito particular. (…) Nossa ação, principalmente a do Espírito de Verdade, é constante ao teu derredor e tal que não a podes negar. (…)”

O Evangelho segundo o Espiritismo: o Livro da Esperança

No primeiro centenário (1964) do lançamento de L’Évangile selon le Spiritisme, o Espírito Emmanuel, pela psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, escreveu, à época, um Prólogo comemorativo aos 100 anos da publicação de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, e intitulou esse proêmio duma forma comovedora: Livro da Esperança, o que deu também o nome ao mesmo livro.

Esse preâmbulo foi ditado por Emmanuel em Uberaba-MG, em 18 de abril de 1964, o qual registrou o seguinte no seu parágrafo final:

“É por isso, leitor amigo, que em nos associando aos teus anseios de sublimação, que se nos irmanam na mesma trilha de necessidade e confiança, diante do Primeiro Centenário de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, nós te rogamos permissão para nomear este livro despretensioso de servidor reconhecido, como sendo Livro da Esperança”.(11)

Obrigado, Senhor!

Finalmente, repitamos com Emmanuel,(12) parafraseando o exórdio do citado Livro da Esperança, mas agora referindo-nos às merecidas comemorações do Sesquicentenário de Luz de L’Évangile selon le Spiritisme, com profunda gratidão ao Cristo:

“Oh! Jesus! No luminoso centenário de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em vão tentamos articular, diante de Ti, a nossa gratidão jubilosa!… Permite, pois, agradeçamos em prece a Tua abnegação tutelar e, enlevados ante o Livro Sublime, que Te revive a presença entre nós, deixa que Te possamos repetir, humildes e reverentes: Obrigado, Senhor!…”

Referências bibliográficas:

(1) KARDEC, Allan. Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos. Tradução de Júlio Abreu Filho. Dezembro de 1864, pp. 395-397. EDICEL.
(2) ________. Imitation de L’Évangile selon le Spiritisme. 1re édition, com XXXVI-443 páginas. Paris, les éditeurs du Livre des Esprits (35, Quai des Augustins); Ledoyen, Dentu, Fréd. Henri, libraires, au Palais-Royal, et au bureau de la Revue Spirite. Imprimerie de P.-A. Bourdier et Cie (Paris, 30, rue Mazarine). Abril de 1864.
(3) ________. L’Évangile selon le Spiritisme. 3e édition, com XXXV-444 páginas. Paris, les éditeurs du Livre des Esprits; Dentu, Fréd. Henri, libraires, au Palais-Royal, et au bureau de la Revue Spirite, 59, rue et passage Sainte-Anne. Imprimerie de P.-A. Bourdier et Cie (Paris, 6, rue des Poitevins). 1866.
(4) XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Ditado pelo Espírito André Luiz. 13ª edição. Capítulo 9 (Mediunidade e fenômeno), p. 99. FEB, 1980.
(5) XAVIER, Francisco C. VIEIRA, Waldo. Opinião Espírita. Ditado pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 4ª edição. Cap. 2: O Mestre e o Apóstolo, p. 25. Uberaba-MG. Comunhão Espírita Cristã: CEC, 1973.
(6) KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. Cap. XXXI: Dissertações espíritas, número IX, com Nota de Kardec. 62ª edição, pp. 458-460. FEB, 1996.
(7) ________. O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo VI: O Cristo Consolador, item 5 (Instruções dos Espíritos – Advento do Espírito de Verdade). Mensagem ditada pelo Espírito de Verdade em Paris, 1860, pp. 107-108. Edição histórica. FEB, 2013.
(8) ________. _____. Cap. VI: O Cristo Consolador, item 3 (Consolador prometido), pp. 105-106. Edição histórica. FEB, 2013.
(9) ________. _____. Edição histórica (200 mil exemplares), em comemoração aos 150 anos do lançamento de L’Évangile selon le Spiritisme. Tradução de Guillon Ribeiro. Com 410 páginas. Editora FEB, em parceria com as 27 Federações Espíritas Estaduais, 2013.
(10) ________. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. Ségur, 9 de agosto de 1863 (Médium: Sr. d’A…) Imitação do Evangelho. 22ª edição, pp. 307-310. FEB, 1987.
(11) XAVIER, Francisco Cândido. Livro da Esperança. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 1ª edição. Prólogo: Livro da Esperança, p. 12. CEC, 1964.
(12) ________. _____. Pelo Espírito Emmanuel. 1ª edição. Obrigado, Senhor! Página 14. CEC, 1964.



Fonte; MUNDO ESPÍRITA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PARANÁ


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