quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TRATAR OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO


Adilson Mota

Mais uma vez a necessidade nos chama a abordar um tema com vistas à análise das palavras de Kardec e de Jesus com relação a tópicos que, ao longo do tempo, geraram uma interpretação equivocada nascida muito mais do  ouvir dizer  do que propriamente do estudo das obras espíritas.

Afinal, um centro espírita pode se dedicar ao tratamento de doenças físicas? As opiniões são opostas e esquecemos de perguntar o que fala a Doutrina Espírita sobre isso, a despeito do que pensamos.

Analisemos primeiramente os argumentos daqueles que defendem que centro espírita só deve tratar as doenças morais.

Observam, estes argumentadores, que as nossas doenças são causadas pelo desequilíbrio do Espírito, ou seja, uma consequência dos nossos sentimentos e pensamentos dessintonizados com o bem. Desta forma, segundo eles, devemos realizar a nossa reforma íntima, pois esta, sendo alcançada, reabilitará a nossa saúde física.

Sendo assim, o centro espírita não deve realizar tratamentos de enfermidades orgânicas, devendo se preocupar apenas em dar orientação moral e espiritual às pessoas.

Pois bem! Sabemos que o encarnado é composto de três partes, espírito, perispírito e corpo físico, e que os três agem e reagem continuamente um sobre os outros causando bem estar ou desarmonia. Apesar da assertiva acima ser verdadeira, sabemos também que existem doenças que têm a sua origem no organismo físico. Tais são as doenças causadas pela fome, pela falta de higiene, pelos efeitos colaterais de determinados medicamentos ou pelo seu uso indiscriminado, por acidentes, por maus tratos corporais, por condições insalubres de vida e de trabalho, por drogas lícitas ou ilícitas, etc.

Existem também aquelas que surgem devido ao acúmulo de fluidos deletérios provenientes de Espíritos obsessores e que, em se demorando a causa, acaba se revertendo em doença nos órgãos físicos.

Todas estas doenças acontecem, é claro, seguindo leis universais criadas pela Divindade e que alcançam o indivíduo atendendo a certos padrões de necessidade evolutiva, cármica ou provacional.

No livro  Paulo e Estevão,  o Espírito Emmanuel diz, reproduzindo a fala do apóstolo Paulo a Lucas que era médico: “Sempre acreditei que a medicina do corpo é um conjunto de experiências sagradas, de que o homem não poderá prescindir, até que se resolva a fazer a experiência divina e imutável, da cura espiritual.”
Isto é correto e corrobora com as lições kardequianas, ou seja, a cura definitiva da alma trará como consequência a cura do corpo físico. Além disto, as pesquisas de vanguarda têm mostrado o quanto os sentimentos de egoísmo, orgulho, prepotência, além do descontrole emocional, deprimem o nosso sistema imunológico deixando o nosso organismo propenso ao ataque de microorganismos causadores das mais diversas doenças, como também, tais desequilíbrios da alma acarretam problemas nos centros vitais os quais passarão a carrear fluidos em padrões desarmônicos para o corpo físico, gerando as disfunções.

Contudo, não significa que devemos cruzar os braços diante da doença sem buscarmos os recursos necessários para a sua solução, pois Paulo também afirma que, por enquanto, necessitamos do auxílio da medicina do corpo e entendo esta como sendo todas as terapias que objetivam a cura de moléstias orgânicas, incluindo o Magnetismo. Há aqueles que afirmam não receber passes pois que devese, em primeiro lugar, buscar a reforma íntima, ao mesmo tempo em que não se furtam ao uso das substâncias químicas recomendadas pela prática médica, a fim de reabilitar as suas funções orgânicas.

Na verdade, todas as nossas dificuldades (fome, desgostos, desemprego, etc.), não apenas as enfermidades, têm como causa primária a imperfeição da nossa alma, o que a reforma moral viria solucionar.

Devemos permanecer impassíveis diante destas necessidades também? Os Espíritos nos orientam à resignação, mas não à estagnação. Até por que, muitas vezes, as dificuldades têm também o propósito de exercitar as nossas faculdades espirituais e intelectuais, proporcionando o seu desenvolvimento através da busca e da aplicação de soluções.

Voltemos à proposta inicial. Como ficam então os nossos irmãos que chegam à casa espírita solicitando ajuda para curar-se das suas enfermidades orgânicas? Devemos dizer-lhes que não podemos ajudá-los pois ali só se fornece a orientação moral para a transformação da sua alma?

Se assim fosse, deveríamos fechar os olhos também para a necessidade daqueles que tremem de frio pedindo um cobertor, dos que sentem fome e pedem um pedaço de pão e de todos os demais que solicitam ajuda material no centro espírita. Deveríamos acabar com as campanhas do agasalho, campanhas de arrecadação de alimentos e todos os movimentos filantrópicos que visem a arrecadação de ajuda material aos necessitados. Das preces realizadas na instituição espírita, devemos excluí-los, pedindo apenas pela sua reforma moral.

Seria absurdo se fizéssemos isto, muitos dirão. Concordo com estes, seria absurdo. Porém, há tanta diferença assim entre matar a fome de alguém e curar a sua doença?
Jesus disse: Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; – porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; – estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver. Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? – Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? – E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? – O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes. (S. MATEUS, 25:34-40)

Jesus, no trecho acima, se refere à caridade material como um dos meios de se alcançar o Reino dos Céus, ou seja, a salvação. Ao longo do Evangelho há diversas narrativas de curas realizadas por Jesus em cegos, mudos, paralíticos, surdos. Não deixou Ele de exemplificar às multidões como deveria ser a sua conduta, passaporte para este Reino de paz e felicidade, entretanto, nunca deixou escapar uma oportunidade de auxiliar a quem quer que fosse, seja ouvindo, esclarecendo ou curando as suas limitações físicas. Ao final complementava com o “vais e não peques mais”, somando a caridade material com a caridade da orientação moral necessária à evolução do Ser.

O fato de que o Espírito é o responsável maior pelo que ocorre no nosso organismo físico não pode servir de justificativa para a acomodação e a falta de caridade, achando-se alguém dispensado de auxiliar o próximo nas suas necessidades imediatas por pensar que se deve apenas orientá-lo.

Alguns argumentam que não se deve tratar doenças físicas pois se a causa vem do Espírito imperfeito, qualquer cura será temporária, pois a doença reincidirá, já que só foi tratada a consequência, ou seja, a expressão física da verdadeira doença. É preciso esclarecer, primeiramente, que o tratamento magnético não dispensa o tratamento moral através do estudo da Doutrina Espírita. Em segundo lugar, não se pode afirmar que a doença física retornará até por que não sabemos o grau de implicação cármica da mesma, nem até quando deve o doente carregar aquela enfermidade. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito Bernardino respondeu da seguinte maneira à questão formulada por Kardec: Dever-se-á por termo às provas do próximo? “(…) Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas.

Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”  (Capítulo V, item 27)

Grifei o trecho acima para ressaltar que Deus age no homem através do próprio homem. Um paciente curado pelo Magnetismo ou pela química médica não significa que irá adoecer no futuro, visto que o médico ou o magnetizador podem ser os instrumentos de que Deus está se servindo para dizer a esta doença: daqui não passarás. E resume o Espírito, dizendo: “todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade”.

Este último trecho diz tudo. Ao procurar alguém a casa espírita não podemos ficar a questionar se ele vai ou não se reformar moralmente, se a doença vai ou não se instalar outra vez. Apenas devemos, por obrigação caritativa, acolhê-lo, orientá-lo, consolá-lo e envidar todos os esforços a fim de que ele possa se curar, seja qual for a sua dificuldade: orgânica, emocional, mental, espiritual ou moral. Cabe a nós plantar a semente e esta também está simbolizada na cura pelos passes, além da orientação.

Quanto à colheita e ao aproveitamento do que foi plantado, só cabe a Deus fazê-lo e ao livre-arbítrio de cada um.

Jornal Vortice ANO III, n.º 01, junho/2010  


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sábado, 12 de janeiro de 2013

O FENÔMENO MEDIÚNICO


Para o desiderato, o perispírito do encarnado exterioriza-se em um campo mais amplo, captando as vibrações do ser que se lhe acerca, por sua vez, igualmente ampliado, graças a cuja sutileza interpenetram-se, transmitindo reciprocamente os seus conteúdos de energia, no que resulta o fenômeno equilibrado.
Às vezes, automaticamente, dá-se a comunicação espiritual, produzindo o fato mediúnico, ora por violenta injunção obsessiva e, em outras oportunidades, por afinidades profundas, quando a ocorrência é elevada.
Seja porém, como for, sem o contributo e a ação do Perispírito, a tentativa não se torna efetivo.
Desse modo o conhecimento do Perispírito é de vital importância para quantos desejam exercitar a mediunidade colocando-a a serviço de ideais enobrecedores.
Penetrabilidade, elasticidade, fluidez, materialização, depósito das memórias passadas entre outras oferecem compreensão e recurso para melhor movimentação dessas características, algumas das quais são imprescindíveis para a execução da tarefa, no fenômeno de intercâmbio espiritual.
A fixação da mente, através da concentração, proporciona dilatação do campo perispirítico e mudança das vibrações que variam das mais grosseiras às mais sutis a depender, igualmente, do comportamento moral do indivíduo.
O pensamento é o agente das reações psíquicas e físicas, sem o que, os automatismos desordenados levam aos desequilíbrios e aos fenômenos mediúnicos perturbadores, que respondem pelas obsessões de variada nomenclatura, que aturdem e infelicitam milhões de criaturas invigilantes e desajustadas.
Todo fulcro de energia irradia-se em um campo que corresponde à sua área de exteriorização, diminuindo a intensidade, à medida que se afasta do epicentro. Graças a isto, são conhecidos os campos gravitacional e atômico, no macro e microcosmo, conforme os detectou Albert Einstein.
Na área psicológica não podemos ignorar-lhe a presença nas criaturas, gerando as simpatias - por decorrência de afinidades vibratórias entre as pessoas que se identificam - e a antipatia - que deflui do choque das ondas que se exteriorizam, portadoras de teor diferente produzindo sensações de mal-estar.
Invisível, no entanto preponderante nos mais diversos mecanismos da vida, o campo é encontrado no fenômeno mediúnico, através de cuja irradiação é possível o intercâmbio.
Cada ser humano, encarnado ou não, vibra na faixa mental que lhe é peculiar, irradiando uma vibração especifica.
Quando nas comunicações, os teores são diferentes, a fim de produzir-se a afinidade, o médium educado sintoniza com o psiquismo irradiante daquele que se vai comunicar, e se este é portador de altas cargas deletérias, demorando-se sob vibrações baixas, o hospedeiro permite-se dela impregnar até que, carregado dessas energias pesadas, logra envolver-se no campo propiciador, portanto, de igual qualidade, cedendo as funções intelectuais e orgânicas à influência do ser espiritual que passa a comandá-lo, embora sob a sua vigilância em Espírito, que não se aparta, senão parcialmente, do corpo.
Quando se trata de Entidade portadora de elevadas vibrações, mais sutis que as habituais do médium, este, pelas ações nobres a que se entrega, pela oração e concentração, em que se fixa, libera-se das cargas mais grosseiras e sutiliza a própria irradiação, enquanto o Benfeitor, igualmente concentrado, condensa, pela ação da vontade e do pensamento, as suas energias até o ponto de sintonia, proporcionando o fenômeno de qualidade ideal.
Em casos especiais, nos quais seres muito elevados ou grotescos, nos extremos da escala vibratória compatível com a Vida na Terra, vêm-se comunicar, os Mentores, que mais facilmente manipulam as energias, tornam-se os intermediários que filtram as idéias e canalizam-nas em teor mais consentâneo com o campo do sensitivo, ocorrendo o fenômeno da mediunidade disciplinada.
O fenômeno mediúnico, portanto, a ocorre no campo de irradiação do Espírito através do Perispírito, está sempre a exigir um padrão vibratório equivalente, que decorre da conduta moral, mental e espiritual de todo aquele que se faça candidato.
Certamente, como decorrência do campo perispiritual, diversos núcleos de vibrações, nos quais se fixa o Espírito ao corpo, bem como em face do mecanismo de algumas das glândulas de secreção endócrina, apresentam-se as possibilidades ideais para o intercâmbio espiritual de natureza mediúnica.
Assim havendo constatado, foi que o Codificador do Espiritismo com sabedoria afirmou que a faculdade "é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento, mais ou menos dócil aos Espíritos em geral que "os médiuns emprestam o organismo material que falta a estes para nos transmitirem as suas instruções".

Pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda
Fonte Revista Presença  Espirita setembro  de 1991, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

MENSAGEM DE MESMER A REVISTA ESPÍRITA JANEIRO DE 1864



“Existindo no homem em diferentes graus de desenvolvimento, em todas as épocas, a vontade tem servido tanto para curar quanto para aliviar. É lamentável sermos obrigados a constatar que, também, foi a fonte de muitos males, mas é uma das consequências do abuso que, muitas vezes, o ser faz do livre arbítrio. A vontade desenvolve o fluido, seja animal, seja espiritual, porque, como sabeis agora, há vários gêneros de magnetismo, em cujo número estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que, conforme a ocorrência, pode pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.
A vontade muitas vezes foi mal compreendida. Em geral aquele que magnetiza não pensa senão em manifestar sua força fluídica, derramar o seu próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados, sem se preocupar se há ou não uma Providência que se interesse pelo caso tanto ou mais que ele. Agindo  só  não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode produzir, ao passo que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus e a reconhecer que, por si mesmos, nada podem. Fazem, por isto mesmo, um ato de humildade, de abnegação; então, confessando-se demasiado fracos, Deus, em sua solicitude, lhes envia poderosos socorros, que o primeiro não pode obter, já que se julga suficiente para a obra empreendida. Deus sempre recompensa a humildade sincera, elevando-a, ao passo que rebaixa o orgulho. Esse socorro que envia são os Espíritos bons, que vêm penetrar o médium de seu fluido benfazejo, o qual é transmitido ao doente. Também é por isto que o magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão potente e produz essas curas classificadas de miraculosas, e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium; enquanto o magnetizador ordinário se esgota, muitas vezes inutilmente, em dar passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos bons. Mas esse concurso só é concedido à fé sincera e à pureza de intenção.”

Mesmer (Médium: Sr. Albert)
JORNAL VÓRTICE ANO V, n.º 07     - dezembro – 2012

sábado, 5 de janeiro de 2013

SURGIMENTO DO PASSE


WALDIR SILVA

“Muito antiga na humanidade, a observação de que havia corpos com a propriedade de atrair outros. Na velha Ásia, muito antes de Cristo, foi encontrado na região de Magnésia um minério que atraía o ferro. E por isso foi ele denominado “Magneto” donde deriva a palavra “Magnetismo” . Analisado recentemente foi classificado como “tetróxido de triferro (Fe304), ao qual hoje se denomina “Magnetita”, chamando-se ímãs ao magneto. Todos conhecemos essa capacidade do ímã de atrair limalha de ferro, e os ímãs são muito empregados em numerosos campos de atividade.”
Interessante recordar que essa capacidade de “atração” é também observada no corpo humano, e por associação, a ela se chamou “Magnetismo animal”. (Carlos Torres Pastorino - Técnica da Mediunidade).

Em 1870 FRANS ANTON MESMER, iniciou a ciência do magnetismo (influência exercida por um indivíduo na vontade outro). Mesmerismo é a Doutrina de Mesmer, afirma que: TODO SER VIVO É DOTADO DE UM FLUÍDO MAGNÉTICO, CAPAZ DE TRANSMITIR A OUTROS INDIVÍDUOS, ESTABELECENDO-SE ASSIM, INFLUÊNCIAS PSICOSSOMÁTICAS RECIPROCAS, INCLUSIVE DE EFEITO CURATIVO. TAMBÉM CHAMADO FLLUIDISMO. (Palestra de Divaldo P. Franco - A Serviço do Espiritismo).

“A magnetização remonta à mais remota antigüidade. A força magnética das pessoas é uma forma de mediunidade. Da mesma forma que os Espíritos se utilizam dos recursos do médium para a comunicação escrita ou falada, eles se utilizam das faculdades radiantes do médium para curar.”

“Existe em cada um de nós um foco invisível cujas radiações variam de intensidade e amplitude conforme nossas disposições. A vontade lhes pode comunicar propriedades especiais; nisso reside o segredo do poder curativo dos magnetizadores. A estes efetivamente, é que em primeiro lugar se revelou essa força em suas aplicações terapêuticas”. (Leon Denis).

Desde 1818, o Brasil principiara a ouvir falar da Homeopatia. O Patriarca da Independência correspondia-se com Hahnemann. A história não registra ainda o nome dos adeptos senão a partir de 1840, ano em que chegaram ao Brasil dois homens extraordinários, que não devem ser esquecidos pelos espíritas: BENTO MURE, Francês e JOÃO VICENTE MARTINS, Português, depois Brasileiro. A ação destes dois super-homens não pode ser contada aqui. Basta dizer: tudo quanto é raiz, tudo quanto é tronco, tudo quanto é galho na frondosa árvore homeopática brasileira, tudo se deve aos dois pioneiros. Outros gozaram as flores, os frutos, o perfume. Outros plantaram em campos novos as sementes colhidas.
Bento Mure e Martins, eram profundamente neo-espiritualistas. Ambos possuíam o dom de mediunidade, 

Mure clarividente; Martins, Psicógrafo. Não se conheciam então as leis metapsíquicas. Reinava o empirismo nos trabalhos de inspiração. Mas quem ler Mure verificará que, antes de chegar a nós a doutrina dos Espíritos, ele se dava a transes mediúnicos. Foi devido a uma assistência invisível constante que puderam os dois, numa terra estranha e ingrata, que tanto amaram, amargar um apostolado inesquecível, recebendo em paga do bem que faziam o prêmio reservado aos renovadores: a perseguição, os ataques traiçoeiros, as ofensas morais e o encurtamento da própria vida. Foram os maiores médicos dos pobres que o Brasil conheceu. E ainda a Martins que devemos a introdução em nosso país, das irmãs de caridade e dos princípios Vicentinos (1843). Ambos tinham como divisa DEUS, CRISTO E CARIDADE.

A cura homeopática envolvia, como envolve ainda hoje, certo mistério para o leigo... Bento Mure e Martins, falavam ainda em Deus, Cristo e Caridade quando curavam e quando propagavam. Aplicavam aos doente os passes como um ato religioso. Não o faziam por charlatanismo, Hannemann, (descobridor da Homeopatia), recomendava esse processo como auxiliar à homeopatia. Foram os homeopatas que lançaram os passes, não os espíritas. Estes continuaram a tradição” (Bezerra de Menezes - Canuto de Abreu).
Negado muito tempo pelas corporações doutas, como negados foram, por elas a circulação do sangue, a vacina, o método anti-séptico e tantas outras descobertas, o magnetismo tão antigo quanto o mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de hipnotismo. 

É verdade que os processos diferem. No hipnotismo, é pela sugestão que se atua sobre o sensitivo, a princípio para o adormecer, e em seguida para provocar fenômenos. A sugestão é a subordinação de uma vontade à outra. Pode-se obter o mesmo resultado com as práticas magnéticas. A única diferença, consiste nos meios empregados. Os dos hipnotizadores são antes de tudo violentos. Se podem curar certas afeções, na maior parte das vezes ocasionam desordem no sistema nervoso e com a continuação desequilibram o sensitivo, ao passo que os eflúvios magnéticos, bem dirigidos quer em estado de vigília, quer no sono,restabelecem com freqüência a harmonia nos organismos perturbados. (Leon Deniz - No Invisível).
A ação do fluído magnético está demonstrada por exemplos tão numerosos e comprobatórios que só a ignorância ou a má fé poderiam negar-lhe a existência.

Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/

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QUAL A IMPORTÂNCIA DO CENTRO DE FORÇA ESPLÊNICO NO CIRCUITO VITAL?



Por muitas vezes já me perguntei por que será que se demorou tanto a se fazer uma melhor análise sobre o Centro Vital Esplênico!
Mesmo considerando a literatura oriental que chega até nós, percebo que invariavelmente tem sido muito acanhada a indicação da influência ou da ação desse Centro Vital em nossos campos físico, energético e mesmo espiritual. Como lido com o magnetismo há mais de 40 anos, não tinha como não me deparar com a força da presença e da ação desse verdadeiro elemento chave nos sistemas que envolvem e mantêm os espíritos encarnados.

E as maiores evidências da ação do Centro Vital Esplênico se fizeram perceber por mim quando me deparei com o problema da depressão. Havia algo que passava despercebido e que não me dava conta do que e de onde era. Tentando, testando e refletindo acerca do que sob “minhas mãos” percebia, enfim aquilo se tornara sensível, palpável, quase visível; o sistema energético do depressivo estava como que totalmente bloqueado e sem circular com um mínimo de eficiência e onde tudo se complicava era exatamente nos limites desse sistema, que hoje chamo de sistema esplênico.

Os “filtros” dos organismos estavam e sempre estiveram ali associados e nem por isso essa observação foi considerada. O sistema linfático, o sistema imunológico e aquilo que poderíamos chamar de “sistema básico da energética orgânica” estava, sempre esteve e está direta e dependentemente ligado ao funcionamento do Centro Vital Esplênico.
Por outro lado, associam-se ao sistema esplênico órgãos de capital importância para a vida humana. São eles: o baço, o pâncreas, o fígado, os rins e as glândulas suprarrenais. Além disso, dois dos nadis (canal de ligação entre centros vitais) principais do esplênico conectam-se diretamente com dois outros Centros Vitais fundamentais: o gástrico e o cardíaco; sendo que este último muitas vezes tem seu ritmo de tal forma vinculado ao esplênico que poder-se-ia dizer que o funcionamento do esplênico determina muito mais o ritmo cardíaco do que o ritmo daquele influenciaria nas funções do outro.

Chegando ao campo prático do Magnetismo, é de se ficar surpreso quando Mesmer, tratando da senhorita Paradis, atacada por problema nos olhos e uma melancolia profunda (depressão), cuidou fluidicamente do fígado dela, daí resultando em melhoras profundas naquele estado depressivo. E nem assim ficou chamada a atenção para as funções esplênicas.

Depois das avaliações e das confirmações envolvendo o Centro Esplênico e as terapias antidepressivas, passou-se a se ponderar sobre outras repercussões, especialmente quando se realizavam terapias diversas, em diversos pacientes e para atender a diferentes problemáticas, e muitos desses casos ficavam sem uma solução razoável.
Mas o pior era que não se sabia a razão. Quando se passou à associação de tratamentos considerando o Centro Esplênico no bojo das ações magnéticas, percebeu-se que havia uma mudança muito grande  – e favorável  – a favor dos resultados agora alcançados.
E isso faz todo sentido, pois se esse Centro é responsável por tantas repercussões fisiológicas e energéticas no ser humano, óbvio seria que se ele fosse bem estabilizado, normalizado e até energizado ou simplesmente rearmonizado, tudo o que dependesse dele tomaria um novo rumo.

Resultado: hoje temos reconhecido que o Centro Vital Esplênico é, de fato e de direito, um centro vital por excelência. Só para concluir, antigamente se usava, por exemplo, as técnicas perpendiculares passando as mãos apenas pela frente e pelas costas do paciente; mas quando se sabe que o Centro Vital Esplênico está “abrindo” para um ângulo inclinado (cerca de 45º) em relação ao eixo principal dos centros de posicionamento frontal e se inclui, nos perpendiculares, passar as mãos igualmente na abertura desse posicionamento do esplênico, os resultados obtidos são consideravelmente mais eficientes e imediatos.

Posso hoje assegurar, sem qualquer nesga de dúvidas, que o Centro Vital Esplênico ainda será melhor estudado, melhor conhecido e melhor considerado por muitos, inclusive por aqueles que ainda nem sequer cogitam de sua existência ou de suas ações.

JORNAL VÓRTICE ANO V, n.º 07  Dezembro – 2012