terça-feira, 20 de agosto de 2013

ESTUDOS DA MEDIUNIDADE ANTES DA CODIFICAÇÃO KARDEQUIANA

Djalma Argollo

1. A SITUAÇÃO DA MEDIUNIDADE ANTES DE ALLAN KARDEC

O Anarquismo mediúnico

Antes de 18 de abril de 1857 não podemos falar de Espiritismo. Pelo simples fato de somente nessa data o termo, com a sua atual acepção, ter sido criado. Podemos, sim, falar sobre o fenômeno mediúnico, pois este é independente e anterior ao Espiritismo.

Observando desde a mais remota antiguidade, não encontramos a mediunidade sistematizada e estudada como o fez Kardec. O que existia era a explosão do fenômeno e sua utilização, de forma espontânea e anárquica. Muitas vezes, como acontece ainda em larga escala nos dias correntes, era o desequilíbrio mediúnico se patenteando nos diversos graus da obsessão. Quem sabe, se não foi tal fato que levou ao costume, encontrado entre vários povos e épocas, de se respeitar o louco como um ser santificado?

O sobrenatural e o ritualismo em torno da mediunidade

Sem ser estudada amplamente, portanto sem uma sistematização racional, a mediunidade viu surgir, em torno de sua atividade,toda uma estrutura de concepções sobrenaturais absurdas. Pelo desconhecimento das leis que acionam o fenômeno, os criaram inúmeros rituais para fazê-lo acontecer, utilizando nestes, toda sorte de excitantes sonoros e químicos, como o álcool e os alucinógenos. Hoje ainda persistem estes rituais, tanto entre os povos civilizados como os primitivos.

2. SURGIMENTO DA MEDIUNIDADE E SUA INFLUENCIA NA HISTÓRIA

O enterro dos mortos

Num ponto todos os antropólogos, estão de acordo: o enterro dos mortos marca a existência, entre os seus praticantes, de uma idéia de continuidade da vida após o túmulo. Isto aconteceu durante o último meio milhão de anos, quando o homem do Neanderthal começou a enterrar seus mortos com evidentes sinais de ritualismo, nos quais são usados flores e animais, o que demonstra também o surgimento da Zoolatria.

Segundo alguns antropólogos a idéia da imortalidade teria surgido dos sonhos que o homem primitivo tinha com os seus companheiros já mortos; do sopro do vento por entre os galhos das árvores, que os faziam pensar em lamentos fantasmagóricos; de ver seus rostos refletidos nas águas,etc.

O que não se leva em conta é que o homem do Neanderthal, como os seus contemporâneos, não podia ser dado a grandes abstrações. Ele era tocado pela experiência concreta. A idéia de continuação da vida além da sepultura é por demais abstrata, para ser inferida dos fatos citados. Somente uma experiência fortemente concreta poderia fazer surgir a idéia da imortalidade pessoal.

Ernesto Bozzano, o extraordinário espírita italiano, diz-nos que a crença imortalista nasceu da experiência mediúnica. Durante o período do pleistoceno médio, quando as glaciações se abateram sobre os continentes, o homem do N. foi obrigado a viver em cavernas, para se abrigar do frio. No interior delas, combalido pela falta de alimentos e pelas doenças que deviam grassar na promiscuidade reinante, houve a culminação de uma série de fatos mediúnicos que de algum tempo vinham acontecendo no seio dos inúmeros ramos neandertalenses: a ectoplasmia e demais formas de comunicação mediúnica. Assim, diz Bozzano, os sonhos premonitórios, as visões de Espíritos, a audição da voz dos mortos, inclusive nos fenômenos de voz direta - e a materialização de Espíritos, foram fatos concretos, que levaram o homem primitivo à crença na continuação da vida após a morte.

Diretamente dos médiuns neandertalenses surgiram os feiticeiros, ancestrais dos sacerdotes de todas as religiões.

A invocação dos mortos

Durante toda a antiguidade, numa herança direta dos períodos pré-históricos, encontramos a evocação dos mortos como um fato corriqueiro no seio dos povos. Existia, também, todo um ritualismo voltado para o aplacamento e conquista da simpatia dos Espíritos dos mortos. Entre vários povos, os Espíritos dos ancestrais eram cultuados em altares domésticos como divindades menores.

Baseado no trato com os mortos ou tendo este fato como revelação maior, surgiram os " famosos " mistérios da antiguidade.

A própria religião hebraica, da qual nossas crenças derivam, se baseou amplamente na mediunidade dos profetas, chegando a existir, conforme nos informa o Livro de Samuel, uma escola de profetas, onde os médiuns aprendiam os segredos da sua atividade. Os profetas eram usados pelo povo para consultas semelhantes às que se fazem hoje a cartomantes, videntes, etc. , pelas quais recebiam pagamento, daí a perseguição sistemática aos que não fossem da classe.

Os gregos usaram muito a mediunidade profética exacerbada por fatores químicos, em Delfos.

Com o surgimento do Cristianismo, a mediunidade foi amplamente usada pelos seus profitentes. O que caracterizava o trato mediúnico na comunidade cristã das origens era a absoluta ignorância do fenômeno e suas leis.

As reuniões eram, muitas vezes, um verdadeiro pandemônio, semelhantes as dos pentecostais e da corrente carismática do Catolicismo atual, inclusive, inúmeras " heresias" surgiram em tornos dos médiuns e das revelações dos seus guias, então denominados " Espírito Santo", sendo um dos fatores para as proibições conciliares a respeito do uso da mediunidade.

Durante o obscurantismo da Idade Média, vários médiuns foram queimados nas fogueiras, ou morreram sob torturas brutais, nas prisões oficiais, por injunções do Santo Ofício, enquanto a mediunidade resplandecia no seio da comunidade de padres e freiras, produzindo notáveis demonstrações da assistência constante do mundo espiritual.

Na idade moderna o trato com os Espíritos produziu médiuns como Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Campbell e MacDonald e os fenômenos na congregação de Edward Irving. Também podemos falar nos célebres possessos, que produziam fenômenos diversos e impressionantes.

3. REVIVESCÊNCIA MEDIÚNICA

Hydesville e os fenômenos mediúnicos

As irmãs Fox foram o ponto de partida de uma ofensiva dos Espíritos para chamar a atenção geral para a problemática da imortalidade. O Espírito Charles Rosma foi o pioneiro deste trabalho, e Isaac Post pode ser considerado uma antecipação de Kardec, já que teve o honroso privilégio de ter recebido, na nova idade do mediunismo, a primeira comunicação longa e coerente, de um Espírito, por via tiptológica. Da mesma forma, a família Koons, contemporânea dos Fox, foi a precursora do mediunismo cientificamente conduzido, graças às indicações dos Espíritos, e o seu " Condensador Ectoplásmico, que nunca mais foi reproduzido.

Durante o período imediatamente antes de Kardec, a mediunidade floresceu de maneira extraordinária. Médiuns de ectoplasmia surgiram e sofreram, mas foram as humildes mesas girantes que, impulsionadas pelos Espíritos, fizeram um trabalho extraordinário de divulgação da mediunidade. Foi graças a elas que Madame de Girardin conseguiu atrair a atenção de pessoas notáveis como o escritor e poeta Victor Hugo. Também foram as mesas que iniciaram Allan Kardec, dando o primeiro impulso para a sua vocação missionária.

Finalmente, não podemos deixar de lembrar que aqui no Brasil, mais especificamente em Mata de S. João, no interior da Bahia, antes das irmãs Fox, a policia foi acionada para fechar uma casa onde pessoas se reuniam para falar com os mortos.

Conclusão

Em rápidas pinceladas, procuramos mostrar que a comunicação com os mortos tem sido constante na história da Humanidade. Tal atividade, entretanto, sempre se desenvolveu de maneira anárquica, já que havia uma completa ignorância das leis que regem a mediunidade. Nem os famosos iniciados sabiam muito a respeito do assunto. Somente após o surgimento de " O Livro dos Médiuns", de A. Kardec, a mediunidade passou a ser usada de forma coerente e lógica, para permitir um contato profundo e proveitoso com o Mundo Espiritual.

Revista "Presença Espírita", jan. /fev. de 1986.

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domingo, 4 de agosto de 2013

MEDIUNIDADE NA BÍBLIA


MEDIUNIDADE NA BÍBLIA


Mesmo proibida, pois geralmente era praticada com fins inferiores, a comunicação mediúnica é um fato bíblico.

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Dentre vários outros, a comunicação com os chamados “mortos” é um dos princípios básicos do espiritismo, inclusive, podemos dizer que é um dos fundamentais, pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço doutrinário.

Na conclusão de O Livro dos Espíritos, Kardec argumenta que: “Esses fenômenos ... não são mais sobrenaturais que todos os fenômenos aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos numa outra época. Todos os fenômenos espíritas, sem exceção, são a conseqüência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza, poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas”.

Essa abordagem de Kardec é necessária, pois apesar de muitos considerarem tais fenômenos como sobrenaturais, enquanto que inúmeros outros os quererem como fenômenos de ordem religiosa, as duas teses são incorretas. A origem deles é espontânea e natural e ocorre conforme as leis que regem não só o contato entre o mundo material e o espiritual, mas toda a complexa interação que mantém o equilíbrio universal. Por isso não precisaríamos relacioná-los, nem mesmo buscar comprovação de sua realidade entre as narrativas bíblicas.

MEDIUNIDADE NA BÍBLIA

Primeiramente, selecionei alguns trechos com relação à sobrevivência do espírito, pois ela é a peça fundamental nas comunicações. Leiamos:

- Quanto a você [Abraão], irá reunir-se em paz com seus antepassados e será sepultado após uma velhice feliz. (Gn.15,15).

- Quando Jacó acabou de dar instruções aos filhos, recolheu os pés na cama, expirou e se reuniu com seus antepassados. (Gn 49,33).

- Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. (Mt 8,11).

- E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. (Mt 22,31-32).

Podemos concluir dessas passagens que há no homem algo que sobrevive à morte física. Não haveria sentido algum dizer que uma pessoa, após a morte, irá se reunir com seus antepassados, se não se acreditasse na sobrevivência do espírito. Além disso, para que ocorra a possibilidade de alguém poder “sentar à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó” teria que ser porque esses patriarcas estão tão vivos quanto nós.

Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos era um fato corriqueiro na vida dos hebreus. Por outro lado, quase todos os povos com quem mantiveram contato tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia. O Dicionário Bíblico Universal a define com sendo ,.o meio de adivinhação interrogando um morto.

Babilônios, egípcios e gregos a praticavam. Hetiodoro, autor grego do III ou IV século d.C. relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm (Etíope 6,14). O Deuteronômio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos” (18,11). Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul (lSm 28,38). Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel (28, 7-25): o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia. Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida (Is 8,19): parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra” (29,4). Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma (2Rs 23,24). Então o Deuteronômio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efetuada pelo Senhor em favor de Israel (18,12). O Levítico considera a
necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento (19,31; 20,27).

Vejamos mais algumas passagens:

- Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa. (Dt 18,9-14).

Esta passagem diz respeito à adivinhação e à necromancia. Elas se encontram entre as proibições. A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, ... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.

AS COMUNICAÇÕES E SUA PROIBIÇÃO

Por outro lado, a grande questão a ser levantada é: os mortos atendiam às evocações ou não? Se não, por que da proibição? Seria ilógico proibir algo que não acontece. Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição. Duas podemos destacar. A primeira é que os espíritos dos mortos eram considerados, por muitos, como deuses. Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a idéia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina. As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras. A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar os mortos. Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul, que iremos ver logo à frente, ou para situações do cotidiano, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.

A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tem poderes para fazer consultas a Deus ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo. Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus é que Moisés disse “Javé, seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês o ouvirão”. (Dt 18,15). Elucidamos essa questão com o seguinte passo: “Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer: ‘Vamos ao vidente’. Porque, em lugar de ‘profeta’, como se diz hoje, dizia-se ‘vidente’”(1Sm 9,9). O que é vidente (clarividente) senão quem tem a faculdade de ver os espíritos? Em alguns casos poderá ver inclusive o futuro; daí a idéia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta. Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, peta explicação dada à passagem Dt 18,9-22:

Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade. Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:

- Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciães dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciães. Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; porém, nunca mais o fizeram.

- Dois homens haviam permanecido no acampamento: um deles se chamava Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou sobre eles; ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos. Puseram-se a profetizar no acampamento. Um jovem correu e foi anunciar a Moisés: “Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”. Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe Moisés: “Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciães de Israel. Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.

Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia. Mas afinal o que é espírito? Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico pelo fenômeno da morte. Assim, podemos perfeitamente aceitar que, exceto quando atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.

Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje. Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles para sabermos suas verdadeiras intenções. Citamos: “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...” (1 Jo 4, 1).

JESUS E AS COMUNICAÇÕES

Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contato com os espíritos. Podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14). Neta ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.

Uma coisa nós podemos considerar. Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje? Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece com o próprio Cristo. Leiamos:

- Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.” Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.” Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproxi.mou, tocou neles e disse: “Levantem-se, e não tenham medo.” Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mt 17,1-9).

Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias, que conversam pessoalmente com Jesus. E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina. Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época. Os partidários do demônio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o “demônio” quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus fora enganado.

Podemos ainda ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação com os mortos. Apenas disse aos discípulos para não que contassem a ninguém sobre aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua “ressurreição”. E se ele mesmo disse: “tudo que eu fiz vós podeis fazer e até mais” (Jo 14,12) os que se comunicam com os mortos estão seguindo o exemplo de Jesus. Os cegos até poderão ficar contra, mas os de mente aberta não verão nenhum mal nisso.

Quem já teve a oportunidade de ler a Bíblia, pelo menos uma vez, percebe que ela está recheada de narrativas com aparições de anjos. Na ocasião da ressurreição de Jesus, algumas delas nos dão conta do aparecimento, junto ao sepulcro, de “anjos vestidos de branco” (Jo 20,12; Mt 28,2), enquanto que outras nos dizem ser “homens vestidos de branco” (Lc 24,4; Mc 16,5). Isso demonstra que os anjos são espíritos, e que muitos podem até ter vivido na Terra. Até mesmo os nomes dos anjos são nomes dados a seres humanos: Gabriel, Rafael, Miguel etc.

Podemos concluir que realmente a comunicação com os mortos está presente na Bíblia, por mais que se esforcem em querer tirar dela esse fato.

Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 29, páginas 12-17


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sábado, 3 de agosto de 2013

O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO

                                                                                             CONFIRMAÇÃO MEDIÚNICA

Por Enrique Eliseo Baldovino
Comunicação na Revista Espírita confirma a existência real do misterioso personagem considerado como lendário, conhecido na História por esse apelido



Estudando as páginas notáveis da Revista Espírita, do mês de dezembro de 1859 (RE dez. 1859–V d: Palestras Familiares de Além-Túmulo – Michel François [Sociedade, 11 de novembro de 1859], pp. 382-384), especialmente o 5º artigo (V), conversação nº 4 (d), encontramos uma informação histórica de altíssima relevância, principalmente na questão nº 10, onde é confirmada a existência dum misterioso personagem francês que se acreditava ser lendário e que as páginas da Revue Spirite revelam agora como sendo real.


Allan Kardec, o insigne Codificador do Espiritismo, conversou na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas com o Espírito Michel François que, quando encarnado (fins do século XVII), tinha a profissão de ferrador, que à época era considerado um trabalho de plebeu. O Sr. Michel François era médium e foi protagonista da seguinte manifestação notável:(1) um espectro lhe apareceu, ordenando-lhe que fosse revelar ao rei Luís XIV certas coisas secretas de grande importância. Esse espectro era o Espírito do irmão do citado rei francês. O Espírito revela que, quando encarnado, foi encarcerado pelo próprio irmão Luís XIV, por motivos ainda desconhecidos, que ordenou lhe colocassem no rosto uma máscara de ferro, pessoa que ficou conhecida na História como O Homem da Máscara de Ferro.


Citaremos a histórica e reveladora Conversação da Revista na íntegra, intercalando os nossos comentários e pesquisas com letra cursiva.


Michel François
(Sociedade, 11 de novembro de 1859)


O ferrador Michel François, que vivia no fim do século XVII, dirigiu-se ao intendente de 

Provence e lhe anunciou que um espectro lhe aparecera e ordenara que fosse revelar ao rei Luís XIV certas coisas muito importantes e muito secretas. Mandaram-no para a corte no mês de abril de 1697. Dizem uns que ele falou ao rei; outros, que o rei se recusou a vê-lo. O que é certo, acrescenta-se, é que em lugar de o mandarem para a prisão, deram-lhe dinheiro para a viagem, isenção de talha e de outros impostos reais.

Talha: imposto direto, na França, pago pelos plebeus desde a Idade Média (século XII) até 1789 (ano da Revolução Francesa). “A palavra talha provinha do costume que os arrecadadores tinham de marcar numa talha de madeira o que os contribuintes haviam pago” (Voltaire). À época, existiam a talha do senhorio – contribuição obrigatória paga ao senhor feudal pelos servos e os plebeus – e a talha real – imposto direto em proveito do tesouro real, pago principalmente pelos plebeus.(2) No conceito obsoleto da divisão de classes da sociedade medieval, o ferrador Michel François era um plebeu (próprio da plebe, a classe social mais baixa, que não possuía os privilégios que tinham a nobreza, os eclesiásticos e os militares), o qual – segundo este precioso documento histórico da Revista Espírita – ficou totalmente isento de pagar essas talhas e impostos reais, o que à época era praticamente impossível. O fato de haver ele obtido isenção dum imposto real é um claro indício de que a conversa entre o rei Luís XIV e Michel François realmente existiu, como o confirma a próxima questão nº 7.


1. (Evocação). Resp. – Aqui estou.


2. Como soube que lhe desejamos falar? Resp. – Como fazeis esta pergunta? Não sabeis que estais rodeados de Espíritos, que avisam àqueles com quem desejais falar?


3. Onde estava quando nós o chamamos? Resp. – No espaço, pois ainda estou errante.


4. Está surpreendido de encontrar-se entre pessoas vivas?  Resp. – Absolutamente: encontro-me muitas vezes.


5. Lembra-se da sua existência em 1697, ao tempo de Luís XIV, quando era ferrador? Resp. – Muito confusamente…


6. Lembra-se da revelação que foi fazer ao rei? Resp. – Lembro-me que lhe devia fazer uma revelação.


7. E a fez? Resp. – Sim.


Confirmação mediúnica do importantíssimo fato em si, isto é, da conversa reveladora que o ferrador Michel François teve com o próprio rei Luís XIV, a fim de levar-lhe as informações secretas do Espírito comunicante.


8. Disse-lhe que um espectro lhe havia aparecido e ordenado que fosse revelar certas coisas ao rei? Quem era o espectro? Resp. – Era o seu irmão.


Outra notável revelação mediúnica: a identificação do Espírito comunicante, como sendo o irmão desencarnado do próprio Luís XIV (Saint-Germain-en-Laye, França, 05/09/1638 – Versalhes, 01/09/1715).


9. Quer dizer o nome? Resp. – Não; vós me compreendeis.


10. Era um homem designado pelo apelido de Máscara de Ferro? Resp. – Sim.


Agora é confirmada a verdadeira existência de O Homem da Máscara de Ferro – informação histórica de altíssima relevância –, que a partir de então deixa de ser simplesmente lendária para tornar-se real. Muito tem-se escrito acerca da vida desse misterioso personagem francês e sobre a sua morte no final do século XVII (outros datam sua desencarnação no início do século XVIII), o qual foi encarcerado durante anos em diversas prisões por razões desconhecidas e que permaneceu aprisionado até seu falecimento, que, segundo alguns, aconteceu provavelmente na prisão parisiense da Bastilha. Enquanto esteve no cárcere seu rosto foi coberto com uma máscara, por ordem direta do rei Luís XIV, seu próprio irmão, como perfeitamente o confirma esta comunicação.


11. Agora, que já estamos muito distanciados daqueles tempos, poderia dizer-nos qual era o objetivo daquela revelação? Resp. – Era exatamente informá-lo da sua morte.


12. Morte de quem? Do seu irmão? Resp. – É claro.


13. Que impressão causou ao rei a sua revelação? Resp. – Um misto de tristeza e de satisfação. Aliás, isto ficou provado pela maneira por que ele me tratou.


14. Como o tratou ele? Resp. – Com bondade e afabilidade.


15. Dizem que uma coisa semelhante aconteceu a Luís XVIII. Sabe se isto é verdade? Resp. – Creio que houve qualquer coisa parecida, mas não estou bem informado.


Com referência a este novo e interessantíssimo fato histórico, acontecido agora com outro rei francês, Luís XVIII (Versalhes, França, 17/11/1755 – Paris, 16/09/1824) e com um simples lavrador, veja-se a RE dez. 1866–I: O trabalhador Thomas Martin e Luís XVIII, pp. 369-384. Com referência a esse extenso artigo, leia-se também nossa Nota do tradutor nº 38 na Revista Espírita de 1858.(3)


16. Por que aquele Espírito o escolheu para tal missão, sendo você um homem obscuro, em vez de escolher um personagem da corte, que mais facilmente se acercasse do rei? Resp. – Eu fui encontrado em seu caminho, dotado da faculdade que ele queria encontrar e que era necessária; e ainda porque um personagem da corte não seria capaz de fazer que aceitassem a revelação. Teriam pensado que tivesse sido informado por outros meios.


17. Qual era o fim dessa revelação desde que o rei estaria necessariamente informado da morte do seu irmão, antes de sabê-la por seu intermédio? Resp. – Era para fazê-lo refletir sobre a vida futura e sobre a sorte a que se expunha e realmente se expôs. Seu fim foi manchado por ações com as quais supunha garantir um futuro que aquela revelação poderia tornar melhor.


E o Espírito Máscara de Ferro tinha sérias razões para essa advertência: a História registra (4) que Luís XIV, apesar de governar pessoalmente o seu reino (regime absolutista e centralizado: O Estado sou eu) durante 55 anos com grande fausto, e de proteger as Letras e as Artes, caiu em determinado momento numa ambição desmedida, pois que o seu despotismo religioso e o custo de suas guerras vitoriosas lhe atraíram as simpatias da Europa e lhe granjearam o ódio do povo, precipitando a ruína da monarquia. Seus propósitos hegemônicos foram funestos no final, os quais geraram guerras, que, ao seu turno, trouxeram graves fracassos militares. Todas essas guerras deixaram economicamente exausta a França, junto às imensas despesas que demandaram as obras do monarca. Durante todo o seu reinado teve que fazer frente a uma multidão de intrigas e conspirações políticas contra sua vida, castigando duramente aos seus inimigos sem nenhuma piedade; ele mesmo dizia que um gesto de debilidade da sua parte poderia colocá-lo em perigo.


Em 1685, Luís XIV revogou o Edito de Nantes, firmado em 13/04/1598 pelo rei francês Henrique IV, que autorizava a liberdade de culto – com certos limites – aos protestantes calvinistas, pondo fim às Guerras de Religião, cujo ponto culminante foi o cruel massacre da Noite de São Bartolomeu em 1572. Essa revogação trouxe gravíssimas consequências, pelas emigrações e discórdias que suscitou. Por outra parte, a História também registra que o rei Luís XIV teve várias amantes, que lhe deram numerosos filhos. Luís XIV, chamado o Grande e também o Rei Sol, morreu deixando como herdeiro seu bisneto Luís XV (futuro rei de França e autor da frase tristemente célebre: “Depois de mim, o dilúvio”).


Voltaire e Alexandre Dumas, pai


A primeira referência oficial à existência de “O Homem da Máscara de Ferro” a fez o filósofo do Iluminismo, François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (Paris, França, 21/11/1694 – Idem, 30/05/1778), no capítulo XXV da sua obra: O século de Luís XIV (1751), como também alguns anos antes (1745, em Amsterdã) em suas Memórias secretas para a história da Pérsia,(5) sendo Voltaire o primeiro a dar-lhe o nome de Máscara de Ferro. Esse escritor francês afirma que o citado personagem foi aprisionado em 1661, ano da morte do cardeal Mazarino. Os registros e documentos preservados da Bastilha, estudados por Voltaire quando esteve nessa prisão como réu, informam sobre um homem mascarado que ficou preso por mais ou menos 30 anos, que teria sido alimentado por um surdo-mudo, prisioneiro ao qual era proibido manter contato com o pessoal da prisão, devendo levar a máscara todo o tempo. Voltaire também recebeu narrações de presos mais antigos que falavam da existência do misterioso personagem, cujo verdadeiro nome era considerado segredo de Estado, assim como as razões pelas quais havia sido encarcerado a mando do próprio rei Luís XIV.


Outros escritores e diversos historiadores têm relatado como foi a dolorosa e trágica vida desse personagem. Entre eles destaca-se Alexandre Dumas, pai (Villers-Cotterêts, França, 24/07/1802 – Puy, 05/12/1870), que no século XIX (1848), em seu livro O visconde de Bragelonne (conhecido também com o título: L’homme au Masque de Fer), ocupar-se-ia também do assunto, mas de outro ponto de vista.


Prudência e sabedoria de Kardec


Notemos a extrema prudência e a grande sabedoria de Kardec sobre o assunto, revelando somente essas novas informações em outro contexto histórico, político e social, sem insistir no nome completo do célebre personagem pesquisado (perguntas 9 e 10) e aceitando o nome Máscara de Ferro ante a natural reserva do Espírito Michel François que, apesar disto, confirma a identidade do personagem e a veracidade da existência do mesmo, fato constatado através das páginas históricas da Revista Espírita de 1859, cuja notável informação mediúnica – revelação que esclarece à posteridade e que colabora com a História – comprova positivamente 3 dados até então inéditos:


a) que de fato existiu a conversa entre o ferrador Michel François e Luís XIV sobre a aparição do espectro e acerca da mensagem que esse dirigiu ao rei, fato também confirmado pela isenção de talhas e impostos reais, o que era praticamente impossível acontecer com um plebeu;


b) que essa mensagem mediúnica provinha do Espírito Máscara de Ferro, que quando encarnado era realmente o irmão encarcerado do rei francês Luís XIV;


c) que esse Espírito voltou do Além-Túmulo (através do médium Michel François, ferrador de profissão) para avisar e alertar ao seu próprio irmão sobre a realidade da vida após a morte e acerca das profundas reflexões que deveria fazer, a fim de adverti-lo com sua mensagem espiritual para uma mudança interior de atitude moral como realeza terrestre, chamando-lhe sabiamente a atenção de que cada um é responsável pelos atos realizados, devendo assim responder por eles conforme sua própria conduta e consciência, ante as justas e invioláveis leis de Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

(1) KARDEC, Allan. Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos. Tradução de Júlio Abreu Filho. Dezembro de 1859, pp. 382-384. EDICEL.
(2) CEI (Conselho Espírita Internacional). Notas do tradutor 369 a 372 no fim da Obra. In: ______.  Revista Espírita: Periódico de Estudios Psicológicos, de Allan Kardec. Tradução do original francês ao espanhol de Enrique Eliseo Baldovino. Ano 1859 (volume II). EDICEI, 2009.
(3) KARDEC, Allan. Revista Espírita. Tradução de Enrique E. Baldovino. 1ª. edição, LXXXIX-356 pp. Ano 1858 (volume I), Nota do tradutor nº 38 (www.edicei.com). Brasília: EDICEI, 2005.
(4) DICIONÁRIO Enciclopédico Ilustrado Sopena. Barcelona: RAMÓN SOPENA S.A., 1980. 5 tomos, 4583 pp. Vocábulo procurado: Luís XIV (rei da França). Tomo III, p. 2530.
(5) DICIONÁRIO Enciclopédico Quillet. Buenos Aires: QUILLET S.A., 1971. 8 tomos, 5089 pp. Editor: Arístides Quillet. Vocábulo buscado: Máscara de Ferro. Tomo VI, p. 59.

http://www.mundoespirita.com.br/?materia=o-homem-da-mascara-de-ferro

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