quarta-feira, 16 de julho de 2014

HIPÓTESES SOBRE A AÇÃO ORGÂNICA E PSICOLÓGICA DO ECTOPLASMA




JÁDER SAMPAIO
jadersampaio@uai.com.br
Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil)


Uma análise do livro Um ‘Fluido Vital’ Chamado Ectoplasma, de Matthieu Tubino, editado por Publicações Lachâtre
  
Matthieu Tubino é um professor da Unicamp, com sólida formação em Química, que escreveu um pequeno livro contendo suas observações pessoais em uma reunião de tratamento em Centro Espírita, das quais se formulou um conjunto de hipóteses sobre a ação do ectoplasma em organismos humanos.

Seu livro é uma obra de divulgação, escrita para o grande público. Além de uma discussão teórica, o livro repassa ao leitor a técnica de manipulação da substância desenvolvida pelo autor e sua equipe e apresenta alguns casos, após escrever de forma clara as suas conjecturas sobre a natureza, possível    fisiologia    e    alterações    psicológicas 
associadas ao acúmulo de ectoplasma.

A definição de Ectoplasma é uma questão que se estende ao longo do livro. O autor entende tratar-se de um atributo do organismo, com propriedades similares às substâncias gasosas e de composição desconhecida. Ele não apresenta alguns resultados de pesquisadores, como Schrenk-Notzing, que fizeram análises empregando métodos químicos do ectoplasma expelido por médiuns de materialização, como se pode ler abaixo:

“Segundo o resultado desses dois estudos, trata-se de substância albuminóide unida a um corpo gorduroso e com células análogas às que se encontram no corpo humano. Particularmente, notável é o grande número de leucócitos; as expectorações, por exemplo, não contêm jamais tanto. Esta matéria lembra fortemente o líquido linfático e o quilo do corpo humano, sem, contudo, ser-lhes idêntica”. (SCHRENK-NOTZING apud ANDRADE, 1984, p. 169.)

Baseando-se nos relatos de sensações dos pacientes e nas observações do comportamento do ectoplasma visível, o autor defende a existência de algumas propriedades gerais desta substância, que seriam:

a) A semelhança aos gases, como, por exemplo, a possibilidade de ser percebido no organismo das pessoas como algo volumoso, que provocaria inchaço (até ser expelido diretamente ou associado a secreções e gases do organismo, como a coriza, a flatulência, as eructações e as lágrimas, por exemplo);

b) Na sua apresentação invisível, o ectoplasma seria capaz de provocar sensações e percepções fisiopsicológicas, tais como náuseas, calores, dores, desconfortos semelhantes aos provocados por ulcerações, sensação de falta de ar e de excreção de líquidos (sem que as pessoas ao redor possam ver qualquer substância);

c) O ectoplasma estaria associado à ocorrência de fenômenos físicos (movimentos espontâneos de objetos, formação de corpos ou parte de corpos, quando em sua forma visível) descritos na literatura espírita, metapsíquica e parapsicológica;

d) Ele estaria sujeito à ação da força da gravidade, após ser expelido pelo organismo, nas suas duas apresentações (visível e invisível).

Segundo Tubino, o ectoplasma se acumula no organismo e isso pode desenvolver doenças

Esta última propriedade, no estado invisível, é depreendida das sensações e percepções de pacientes e de passistas (o autor evita este termo em seu livro).

Tubino reafirma a idéia de que esta substância seria produzida pelo organismo, proposta pela literatura, e adiciona a possibilidade de estar associada à alimentação e à ingestão de amido, com base no relato de pessoas atendidas em seu trabalho.

Uma proposição original do autor, com diversas implicações, é a de que o ectoplasma se acumularia no organismo e que este acúmulo poderia até promover o desenvolvimento de doenças.

A lista de doenças é muito ampla, e envolve os diversos sistemas orgânicos. O autor apresenta o relato de melhoras em pacientes submetidos ao procedimento de retirada de ectoplasma acumulado, mas, como se trata de pesquisa baseada em observação, não apresenta o resultado de comparações entre o grupo experimental e o de controle, o que dificulta a discussão do chamado efeito placebo e da formação psicológica dos sintomas.

Haveria também uma dimensão psicológica do acúmulo de ectoplasma no organismo, e este é um dos temas mais polêmicos do livro. Ao abordar o tema, Tubino destaca dois grupos de sintomas psicológicos: labilidade do humor (e cita casos de pacientes depressivos) e tendências paranóicas (que ele descreve como vitimização, melindres etc.). (1)

O autor faz uma incursão na psicanálise e revê alguns casos de pacientes de Freud, que, em sua opinião, apresentariam mal-estares semelhantes aos das pessoas diagnosticadas como portadoras de acúmulo de ectoplasma.

Encontrando a palavra streichen no texto freudiano, ele afirma que Freud aplicou passes para aliviar a dor de Emmy Von R. Tubino parece desconhecer que esta paciente pertence à pré-história da Psicanálise, período no qual Freud aceitava a teoria do trauma, tratava através da hipnose e da catarse e estava influenciado pela teoria da sugestão de Bernheim. Com a mesma paciente, Freud utilizou outros recursos de base sugestiva para fazer desaparecer os sintomas, como se lê abaixo:

“Minha terapia consiste em eliminar esses quadros (2), de modo que ela não possa mais vê-los diante de si. Para reforçar minha sugestão, passei suavemente a mão por seus olhos várias vezes”. (FREUD, Obras Completas, Vol. XXII, caso 2.)

Podem os transtornos mentais ser explicados e tratados exclusivamente pela ação do ectoplasma?

O caso em pauta é importante, porque a paciente não melhora substancialmente. A terapia hipnótica sugestiva possibilita a supressão de alguns sintomas, mas Emmy desenvolve posteriormente outros equivalentes, apresentando recaídas ao longo da vida. Freud entende que seus sintomas têm origem psicológica.

A psicogênese dos sintomas não é desenvolvida satisfatoriamente no livro. Como leitor, fico em dúvida quanto ao alcance das afirmações de Tubino. Os transtornos mentais podem ser explicados e tratados exclusivamente pela ação do ectoplasma sobre o organismo? Sintomas típicos de transtornos mentais são apenas acúmulo de ectoplasma no organismo? As histéricas de Freud não seriam neuróticas, mas pessoas que acumulam ectoplasma?

Matthieu Tubino defende que “a solução do problema do acúmulo de ectoplasma está na falta de ‘equilíbrio interno’ de cada um” (p. 45) e entende que o sistema de tratamento focalizado no ectoplasma apenas as auxiliaria a sentirem-se melhor enquanto procuram sua própria mudança.

Subentende-se que a mudança é uma mudança de atitudes da pessoa com base na ética espírita e cristã.

Segue o livro e o autor volta a perguntar-se sobre a constituição do ectoplasma. Após um raciocínio breve, conclui que não se pode concluir que se trata de algum gás conhecido, mas “algo diferente e, de certo modo, ligado ao sistema nervoso”, porque se pode sentir quando alguém o toca. Contudo, o autor não explica como ele distinguiu esta sensação de uma sugestão psicológica.

Outra proposta ousada é a da origem do ectoplasma nos alimentos, ar e água ingeridos. Tubino defende a existência de um metabolismo paralelo, e apresenta como evidência desta associação a presença de cheiros durante a liberação de ectoplasma, como o cheiro “semelhante ao de um cinzeiro com cigarros apagados” no ambiente em que fumantes são atendidos. Se tivéssemos fumantes, com abstenção ou redução de uso de cigarro e não ocorresse a liberação de ectoplasma, apenas a presença em um outro ambiente, será que este cheiro também não estaria presente?

O autor descreve a seguir as técnicas e cuidados empregados por sua equipe no trabalho de liberação de ectoplasma. Preparo dos pacientes, cuidados com o ambiente, técnicas de manuseio do ectoplasma, ação em situações em que ocorre mal-estar, entre outros temas, são tratados com objetividade.

A teoria dos diversos “corpos” auxiliaria a compreensão da
origem mental das doenças

Por fim, o autor afirma que algumas pessoas aprendem a ter controle sobre o seu ectoplasma. Ele cita alguns relatos de pacientes que alegam a melhora de doenças psicossomáticas após o tratamento, mas não se aprofunda na duração do seu bem-estar, dizendo apenas que esta depende da já citada mudança de atitudes, como o abandono do orgulho, da vaidade, da cobiça, da inveja, do rancor e da mágoa, entre outras atitudes condenadas pelo pensamento cristão.

O leitor irá ler a explicação de alguns casos de crianças que foram submetidas ao tratamento e uma discussão sobre a relação entre o duplo etérico e o ectoplasma. O autor defende a idéia de que a teoria dos diversos “corpos” auxilia a compreensão da origem mental das doenças e do funcionamento dos remédios homeopáticos.

Dois temas ainda compõem o trabalho em resenha. A ectoplasmia visível, utilizada pelos Espíritos, e um detalhamento da técnica de tatear o ectoplasma, para fins de diagnóstico. O autor é honesto em afirmar desconhecer o processo através do qual o ectoplasma visível se tornaria invisível e vice-versa. Faz apenas algumas metáforas com substâncias conhecidas que mudam de estado.

Ao concluir a leitura, e com as reflexões da resenha, ficam mais claras as minhas dúvidas e a contribuição do livro.

Tubino propõe idéias que possibilitam algum avanço na prática de passes realizados nos centros espíritas, se devidamente confirmadas. Admiro-lhe a coragem e a honestidade intelectuais, porque no texto se percebe que ele também tem dúvidas, mas não se furtou de sistematizar e expor suas observações e a evolução de sua prática, o que nos possibilita criticar, mas, mais importante, desenvolver uma agenda de pesquisas que permita testar as idéias propostas. 

Notas:

(1) Labilidade, em Psicologia, significa instabilidade emocional: tendência a demonstrar, alternadamente, estados de alegria e tristeza.  
 (2) Nesta situação, a paciente sofria com a recordação de seus irmãos jogando animais mortos nela, o irmão enrolado em um lençol e a visão do corpo da tia no dia do enterro. Estas cenas surgiram em estado hipnótico.

Fontes bibliográficas:

ANDRADE, Hernani G. Espírito, perispírito e alma: ensaio sobre o modelo organizador biológico. São Paulo: Pensamento, 1984.
 FREUD, Sigmund. Caso 2, Sra. Emmy Von R. da Livônia. In: Edição Eletrônica Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Imago, s.d.

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sábado, 12 de julho de 2014

PROCESSOS DA MEDIUNIDADE

Itair Ferreira

      A Bíblia Sagrada é um repositório de sabedoria. Além de seu valor histórico, ela é cheia de misticismos, magias e alegorias nos processos da mediunidade.

     Desde seu primeiro livro, Gênesis, até o último, Apocalipse – do grego Apokálypis, Revelação – a Bíblia nos relata a trajetória da raça humana e seu cabedal anímico e mediúnico, num processo contínuo de utilização de energias espirituais, ligando a Terra às forças celestes.

     O primeiro médium de que se tem notícia, oriundo de suas páginas, foi Abraão, que interagiu com o Mundo Espiritual, já que a palavra médium, criada por Allan Kardec, significa intermediário.

     Esse relacionamento espiritual está citado no livro Gênesis, no capítulo 12, versículos 1 e 2: “Ora disse o Senhor a Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome.”

     Quanto a Adão e Eva, eles representam a raça adâmica, estudada por Allan Kardec, no capítulo XI, do livro Gênese. Emmanuel sobre eles assim se expressa, no excelente livro A Caminho da Luz:

     “Onde está Adão com a sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá-las no Espaço e no Tempo. Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas”.

     O Espírito Áureo, no livro Universo e Vida, editado pela FEB no ano de 1978, igualmente escreve sobre os exilados da Capela, num estudo sobre o povo de Israel.

     Ele descreve a dinastia desse povo e de seus patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó e José, mostrando que esses seres e tantos outros foram espíritos que já haviam reconquistado o patamar evolutivo e renunciaram à glória e à felicidade de seu regresso a Sírius, para descerem ao nosso obscuro planeta à frente dos espíritos rebeldes exilados na Terra primitiva, na condição de Grandes Guardiães, colocando-se humildemente a serviço do Cristo Planetário.

     Abraão reencarnou, na esteira do tempo, como rei Salomão e, depois, como Simão Pedro, o amoroso apóstolo de Jesus. Sua força anímica e mediúnica extravasa em todas as suas personalidades.

     Na personalidade do rei Salomão, vemos sua conduta sábia e inspirada no episódio da disputa das duas mães, ao entregar o filho vivo à mãe certa, no capítulo 3, do 1º Livro de Reis.

     Escreveu, por inspiração, os livros: Provérbios, Cantares e Eclesiastes. Enfatizou o poder do amor, no versículo 12, do capítulo 10 do livro Provérbios: “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”.

     Reencarnando como o apóstolo Pedro, valorizou a mediunidade nos seus vários processos, colaborando com Jesus na implantação da segunda revelação da Lei de Deus – a Lei do Amor, e, numa frase parecida com a do rei Salomão, declarou em sua primeira epístola, capítulo 4, versículo 8: “Tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”.

     Por sua mediunidade ostensiva, foi convidado por Jesus no momento da transfiguração e na despedida do Mestre no Horto do Getsêmani.

     No livro Atos dos Apóstolos, sua sombra curava doentes, espíritos se materializavam para tirá-lo da prisão e tantos outros fenômenos, posteriormente estudados e classificados por Allan Kardec no inigualável tratado mediúnico e psiquiátrico existente na Terra: O Livro dos Médiuns.

     Isaac , filho legítimo de Abraão com Sara, reencarnou como o profeta Daniel, médium de grande potencial. Na época em que estava exilado na Babilônia, participou do banquete de Belsazar, filho do rei Nabucodonosor, promovendo, com a liberação de seu ectoplasma, a materialização de uma mão, que escreveu na parede: mene, mene, tekel e parsin.

     Daniel interpretou essa inscrição para o rei, dizendo-lhe que Deus tolerou a existência do seu reino, contando-o até aqui, julgando-o e dividindo-o: parte ficaria com os medos, e, a outra parte com os persas.

     E isso aconteceu. Naquela mesma noite, a Babilônia foi invadida pelos exércitos de Dario, o rei dos medos e, posteriormente, dividido entre Dario e Ciro, o rei dos persas.

     Num outro episódio, por inveja dos seus pares, porque Daniel foi escolhido pelo rei Dario como um dos três príncipes para comandar os sátrapas – governadores das províncias–, ele foi lançado na cova dos leões famintos e saiu ileso.

     Daniel desencarnou com idade avançada, após servir a Nabucodonosor, a seu filho Belsazar e aos conquistadores Dario e Ciro.

     A seguir, reencarnou como João Evangelista, assim denominado por ter escrito o evangelho, – o quarto evangelho. A sua participação como discípulo de Jesus foi de grande destaque. Jesus o chamava discípulo amado porque era muito amoroso.

     Foi o único discípulo presente em todos os instantes da estada de Jesus entre nós, até no momento derradeiro de Seu sacrifício, na cruz do Calvário.

     Tal como Pedro, João foi sempre convidado por Jesus nos momentos mais importantes do evangelho, em que Sua mensagem deveria ser entendida, sem rebuços.

     E, assim como Daniel, sua personalidade anterior, João desencarnou em idade provecta, com 94 anos, no reinado de Trajano (53 d.C. – 117 d.C.), e, posteriormente, reencarnou como Francisco de Assis.

     Contam seus biógrafos que seu pai, Pietro Bernardone, estava viajando quando ele nasceu e já estava sendo batizado com o nome de João, mas o pai chegou a tempo e deu-lhe o nome de Francisco, em homenagem à França, porque lá ele realizava grandes negócios e também porque sua mulher, Picalini, era francesa.

     É interessante a questão do nome, porque no livro Francisco de Assis, do Espírito Miramez, psicografado pelo médium João Nunes Maia, há um episódio de fuga desse Espírito, na personalidade de João Evangelista, à perseguição cristã, em que ele usa o nome Francisco.

     Jacó foi o maior dos patriarcas e o maior médium de todos os tempos. O neto de Abraão reencarnou como Moisés, Elias e, por fim, João Batista, que Jesus afirmou ser o maior nascido do ventre de mulher.

     Jacó inicia sua missão com a visão em sonho de uma escada colocada entre o céu e a terra, na qual os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor, que lhe prometeu abençoar sua descendência na Terra.

     Posteriormente, já com sua numerosa família, teve seu nome mudado para Israel, por ter lutado com um anjo do Senhor materializado, ao atravessar o vau de Jaboque. Dessa forma, surgiu o nome Israel e as doze tribos, que eram os seus doze filhos.

     Reencarnando como Moisés, recebeu a incumbência de nos trazer a primeira revelação da Lei de Deus: a lei de justiça. Com a produção de vários fenômenos mediúnicos, sua chegada ao monte Horebe, na península do Sinai, para receber as dez tábuas da lei é relatada no livro Êxodo. Emmanuel diz que “Os dez mandamentos representam a primeira psicografia feita na pedra”.

     Diz Emmanuel, no livro supracitado:

     “Moisés, na sua qualidade de mensageiro do Divino Mestre, procura então concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da terra da Promissão. Médium extraordinário, realiza grandes feitos ante os seus irmãos e companheiros maravilhados. É quando então recebe dos emissários do Cristo, no Sinai, os dez sagrados mandamentos, que, até hoje, representam a base de toda a justiça do mundo”.

     “Antes de abandonar as lutas na Terra, na extática visão da Terra Prometida, Moisés lega a posteridade às suas tradições no Pentateuco, iniciando a construção da mais elevada ciência religiosa de todos os tempos, para as coletividades porvindouras.”

     “Seguiu-lhe Jesus todos os passos, assistindo-o nos mais delicados momentos de sua vida e foi ainda, sob o pálio da sua proteção, que se organizaram os reinos de Israel e de Judá, na Palestina.”

     Retorna na personalidade de Elias, sempre com a missão da fortificação do monoteísmo, a revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas.

     Quando o rei Acabe, se casou com Jezabel, mulher que rendia culto ao deus Baal, enfraqueceu a fé dos israelitas, quase suplantando Deus. O profeta Elias desafiou e venceu os quatrocentos e cinquenta sacerdotes de Baal, no alto do monte Carmelo, passando todos eles a fio de espada. (I Reis 18.19-45; 19.1.).

     E, por fim, reencarnando como João Batista, o precursor de Jesus, tal qual fora profetizado por Malaquias, nos capítulos 3 e 4.

     José , o último dos patriarcas, era o undécimo filho de Jacó com Raquel, sua preferida. Dotado de alta mediunidade, foi o chanceler do Egito. Era clarividente e salvou o Egito da fome, tornando-se o administrador mais bem-sucedido do mundo. Reencarnou, posteriormente, na personalidade do rei Davi e depois como Saulo de Tarso, denominado o apóstolo dos gentios pela sua missão de levar o evangelho de Jesus para todos os povos idólatras, transformando-os e implantando em seus corações desolados e vazios, sequiosos de carinho, amor, luz e paz, a doutrina de amor, envolvendo-os nos laços de alegria e liberdade.

     Vemos, nos processos da mediunidade, a estratégia utilizada pelo Cristo de Deus, o governador espiritual da Terra, a fim de nos trazer o conhecimento das leis de justiça, amor e caridade, implantando-as em nossos espíritos, através do tempo, para o nosso progresso em direção a nós mesmos, à nossa consciência, onde estão insculpidas as Leis de Deus.


Muita paz!

Fonte; Correio Espírita

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INTELIGÊNCIA E MEDIUNIDADE

Jorge Andréa

   A primeira zona, a espiritual, comandaria toda a organização através do perispírito que lhe serve de filtro adaptador de energias e que, por sua vez, serão mergulhadas na zona física, a fim de conduzir e orientar o complexo metabolismo orgânico. Dessa forma, os processos intelectivos e afetivos emocionais que se projetam na tela física, são o resultado de elaborações espirituais a definirem e influenciarem os mecanismos psicológicos da nossa denominada zona consciente.
    De todos esses processos, os coligados à inteligência têm sido pesquisados e avaliados com nossas percepções, possibilitando uma escala ou quociente de inteligência.
    Desse modo, existem três variedades de inteligência que, apesar de se apresentarem em seus degraus, correspondem a um só bloco com uma única origem espiritual. Assim, uma linha horizontal representaria o coeficiente de inteligência (QI), a posição mais simples de pequeno desenvolvimento. Esta posição foi bastante festejada, a partir de meados do século XIX visando medir o grau de inteligência das pessoas. Em virtude de não representar, realmente, destacada posição avaliativa, aos poucos ficou sendo relegada a plano de pouco valor, embora utilizada em limitados testes.
    A partir da década de 90 do século XX, nasce a chamada inteligência emocional com as observações de Daniel Goleman, o denominado QE, podendo ser representado por linha oblíqua, de modo a traduzir um grau mais avançado de inteligência. Uma linha vertical representaria o mais expressivo grau de inteligência, a inteligência espiritual, o QS, resultado de observações e pesquisas que estão alastrando pela física quântica e a fenomenologia paranormal.
No coeficiente de inteligência, o QI, os processos instintivos primários estão bem salientes, onde as manifestações de entendimento revelam-se, preferentemente, nos processos fastidiosos das análises. É como se existissem apenas ligações neuroniais pobres em série, por isso com limitados recursos, embora havendo perspicácia perceptiva nos seres.
    Na inteligência emocional, a englobar o QI, já existe o pensamento associativo, em que os instintos se encontram mais aprimorados, no sentido de aptidões. Nesta posição, as emoções e sentimentos envolvem-se em suas atividades, denotando ligações neuroniais não mais em série, mas sim em rede, de modo a explicar uma fenomenologia psicológica mais rica.
    Na Inteligência espiritual, as ligações neuroniais alcançariam posições bastante complexas, com ativa participação da base cerebral, zona do conhecido lobo límbico. Este modelo mais aparelhado engloba todos os graus de inteligência, com pensamentos ordenados, participando das criações psicológicas em que a intuição representa a mola mestra do processo.
    Em face da fenomenologia paranormal, em que a mediunidade é de grande expressão, as três variedades – QI, QE e QS – mostrar-se-ão de acordo com os seus diversos graus e alcances. Assim, o fenômeno mediúnico, por fazer parte dos componentes orgânicos, quando ativado alcançará e será envolvido por qualquer tipo de inteligência. Diante de tal fato, compreendemos o teor das mensagens espirituais reveladas no processo mediúnico, com as características de maior ou menor significado, pela condição de filtragem que a organização mediúnica oferece.
    Joanna de Ângelis (Espírito) demarca as quatro forças dentro da visão psicológica:
    A primeira força marca praticamente o início mais ordenado dos fenômenos psicológicos, com Watson, o criador do modelo behaviorista, a denominada psicologia do comportamento, em que o processo seria de exclusiva função neuronial. Este modelo teve uma ampliação, no início do século XX. Skiner lhe deu um pequeno passo para as funções do inconsciente.
    A segunda força, com Sigmund Freud, ainda envolvida nas funções neuroniais, já apresenta abertura para o envolvimento da alma, com a tão expressiva psicanálise. A nosso ver, devemos a ele o lançamento dos valores existenciais da alma na Universidade com o nome de inconsciente.
    A terceira força, denominada de psicologia humanista, teve em Rogers seu grande impulsionador com as questões existenciais. Este modelo foi avançando, ampliando condições que foram propiciando o despertar da quarta força psicológica, a psicologia transpessoal ou do porvir.
    Esta quarta força teve início com Jung, o pioneiro, que se foi desenvolvendo com psicólogos ilustres como Assagioli e sua psicossíntese; Maslow com a hierarquia das necessidades, e com S. Grof, ratificando os conteúdos do inconsciente como autênticos depósitos de experiências pregressas.
    Esse modelo psicológico está se desenvolvendo, cada vez mais, em busca de uma totalidade conhecida como movimento holístico, onde muitas vertentes são analisadas e computadas, a fim de fornecer elementos que propiciem melhores definições do psiquismo humano.

Fonte; Correio Espírita


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EVOLUÇÃO E MEDIUNIDADE

 Jorge Andréa

Em relação à formação do nosso Universo, a teoria  que mais aceitamos é a do conhecido Big-Bang de Gamov, originário há 15 bilhões de anos. Representa o ponto de partida de todas as formações, onde poderemos incluir os conteúdos representativos do mundo espiritual e material, das dimensões mais quintessenciadas às mais densas do mundo físico, todos obedecendo ao inevitável impulso da evolução.

Em nosso conhecido sistema, a fagulha espiritual, o Grande Eu, o Self, zona específica colhedora da ressonância divina, com necessários atributos  possibilitarão  aquisições de experiências. Estas trafegarão nos reinos da natureza, dos mais simples elementos às mais complexas organizações de vida.

A riqueza da fenomenologia anímico mediúnica convida-nos a algumas apreciações devido às amplas observações realizadas pela ciência. Os efeitos de tais fenômenos vêm modificando e acentuando novos para paradigmas, de modo a exigir esclarecimentos com adequadas posições.

O fenômeno mediúnico, comumente conhecido como fenômeno de incorporação, compõem-se de  duas partes: a emissora e a receptora. Esta última, por envolver-se e absorver campo vibratório diverso do seu, mostra alterações perceptivas da consciência, isto é, o receptor, o médium, desenvolve um estado de transe.

Devemos ser cuidadosos com os mecanismos da estrutura mediúnica, porquanto existem muitas variedades de transes provocados pelas modificações metabólicas da organização física, como no caso das taxas de glicose sanguínea (hipoglicemia), das variações hormonais e de muitas outras origens, inclusive os causados pelos quadros patológicos mentais (epilepsia e outras distonias). Devemos registrar os transes causados pelos fármacos e até mesmo as drogas proibidas (cocaína, heroína, ópio e muitas outras).

Além dessa diversidade de transes, consideremos o transe mediúnico desencadeado a expensas de sensibilidade específica do médium. Este  desenvolve-se de modo espontâneo, com as naturais variações pessoais, sendo um autêntico fenômeno fisiológico,  jamais patológico. Em seu aspecto de apresentação, o transe mediúnico pode mostrar-se superficial ou profundo, parcial ou total, até mesmo fugaz ou demorado.

Nos dias atuais, a ciência está dando importância a um órgão – a glândula pineal – situada na base cerebral como o mais específico transdutor das energias perispirituais emissoras, condicionando-as às percepções pela zona material, porquanto, em sua íntima estrutura, foram encontrados cristais de hidróxido de apatita, responsáveis pelas respectivas conversões energéticas (S.F. Oliveira)

O Espírito André Luiz nos oferece um significativo modelo desse mecanismo  ao informar que a Vontade-resposta (médium). Dessa união haveria o que poderemos denominar de ideação do conteúdo informativo. A seguir, acontecerá uma natural elaboração em que o perispírito do médium, pelas suas condições evolutivas, de educação, compreensão, enfim, biotipológicas, mesmo em estado inconsciente, fará a seleção do conteúdo  informativo, com a respectiva autocrítica, a fim de expressar a mensagem através da zona intelectiva cerebral.

O processo mediúnico, em seu natural avanço evolutivo e bem equacionado pela doutrina espírita, não se tem limitado, tão somente, ao fator humano – o médium. A correspondência com o mundo espiritual e sua respectiva ligação, tem-se mostrado, também, através de aparelhagem, desde as ligações telefônicas até mesmo com as imagens em vídeo, com a sigla TCI – Transcomunicação Instrumental, ficando denominada TCM de Transcomunicação Mediúnica. É necessário que se diga que a TCI não veio para substituir a TCM, porém ratificá-la,  porquanto o processo mediúnico faz parte da natureza humana, com suas imensas variações, graus e tonalidades; é processo inerente ao psiquismo.

De forma resumida, a transcomunicação instrumental por telefone, foi registrada no Brasil, em 1925, por Dargonel, com preciosas e interessantes informações pessoais. Na década de 60 do século passado, Raudive e, por sua vez, Yurgson, mostraram mediante gravadores, imensos e variados registros das chamadas vozes do além.

Posteriormente, na década de 70, G. Meeck e O´Neal construíram um aparelho que denominaram de Spiricon, cujas vozes possuíam a característica de ser sintetizadas. A CTI foi crescendo e já na década de 80, deste mesmo século, Schereber, como também o casal Magee e Jules Fishback, em Luxemburgo,  recebiam comunicações espirituais por computadores, ao lado do aparecimento de imagens, no vídeo, embora ainda sem movimento.


Todas  as pesquisas vem mostrando os valores das informações pelo descortinar da vida em dimensões outras, confirmando assim a  imortalidade.

Fonte; Correio Espírita


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INTELIGÊNCIA E MEDIUNIDADE
PROCESSOS DA MEDIUNIDADE
MÉDIUNS CURADORES
A MEDIUNIDADE DE SANTA BRÍGIDA
DIVULGAÇÃO DE MENSAGENS MEDIÚNICAS
ESTUDOS DA MEDIUNIDADE ANTES DA CODIFICAÇÃO KARDEQUIANA
MEDIUNIDADE NA BÍBLIA
TRANSE E MEDIUNIDADE
O FENÔMENO MEDIÚNICO
MEDIUNIDADE, ESTUDO CLÍNICO
A EDUCAÇÃO DO MÉDIUM
A MEDIUNIDADE, POR LÉON DENIS
MEDIUNIDADE E ANIMISMO
MESMER FALA SOBRE MEDIUNIDADE E MAGNETISMO
O FENÔMENO MEDIÚNICO
MEDIUNIDADE CURADORA
PALAVRAS DO CODIFICADOR - MEDIUNIDADE CURADORA
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