quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MAGNETIZAÇÃO DA ÁGUA

MAGNETIZAÇÃO DA ÁGUA
segundo J.P.F Deleuze".

Ana Vargas

Os magnetizadores clássicos empregavam vários meios acessórios de magnetização, como por exemplo: tecidos de algodão ou de lã, ― segundo Du Potet a magnetização persiste por vários dias neles nestes últimos ― vidros, objetos metálicos, árvores, etc.. Porém, a preferência recai sobre a água. O que usamos até o presente nos trabalhos de passes. Mas fazemos, na grande maioria dos grupos de passes, s.m.j, um uso muito limitado e empregado com subaproveitamento desse recurso.
Há sabedoria em ouvirem-se os conselhos de um mestre.
No intuito de oferecer um material a mais para repensarmos o emprego dado a esse meio auxiliar nos trabalhos de magnetismo, transcrevo, em uma tradução livre e própria, o estudo de J.P.F Deleuze, extraído do livro Instrucción Prática sobre El Magnetismo, cap. 4, pág 67-73, os textos abaixo. Aproveitemos o que nos seja útil.

“A água magnetizada é um dos agentes mais poderosos e mais saudáveis que podemos empregar. Fazemos bebê-la os enfermos com os quais se estabelece a relação, recomendamos que a bebam durante ou nos intervalos entre as refeições.
Esta água leva diretamente o fluido magnético ao estômago,e dali a todos os órgãos; facilitaas crises a que está disposta a natureza; e por esta razão, de imediato, excita a transpiração, as evacuações, a circulação do sangue, fortifica o estômago, diminui as dores, e muitas vezes pode substituir a vários medicamentos.
Para magnetizar a água, se toma a vasilha que a contém, passando as duas ao longo do recipiente de cima para baixo. Introduzimos o fluído pela boca do recipiente colocando várias vezes na mesma os dedos em ponta, podemos fazer o sopro na água, e, às vezes, podemos agitá-la com o dedo polegar. Magnetiza-se um copo de água pegando-o com uma das mãos, enquanto com a outra projetamos o fluido sobre ele.

Há outro procedimento que emprego de preferência para magnetizar uma garrafa de água, quando tenho a certeza de não ser desagradável à pessoa que magnetizo: consiste em colocar a garrafa sobre meus joelhos, e pôr minha boca na abertura. Deste modo faço entrar meu sopro na garrafa, e, ao mesmo tempo, faço alguns passes com as duas mãos sobre toda sua superfície. Eu acredito que este procedimento acumula muito fluido, mas não é necessário: bastam as mãos para magnetizar.

Podemos magnetizar uma garrafa de água em dois ou três minutos; um copo de água em um minuto; é inútil repetir aqui que os procedimentos indicados para magnetizar a água, como qualquer outra coisa, seriam absolutamente infrutíferos, se não se empregassem com atenção, e com uma vontade determinada. Tenho visto a água magnetizada produzir efeitos maravilhosos que cheguei a crer fossem ilusões minhas, e não lhes dei crédito senão depois de milhares de experiências. Em geral, os magnetizadores não a usam muito; se concedessem a este meio toda a confiança que merece, poupariam a eles mesmos muita fadiga, a seus enfermos muitos remédios, e acelerariam a cura.

Sobretudo nas enfermidades internas é que a água magnetizada opera de uma maneira assombrosa, pois conduz diretamente o magnetismo sobre os órgãos afetados. Dê-se um copo de água magnetizada a um enfermo que tem, por exemplo, dor em um lado do corpo; poucos momentos depois de ingeri-la, lhe parece que a água afluiu diretamente ao local da dor. Durante oito dias tenho purgado com água magnetizada; o efeito é o mesmo que se houvesse tomado um medicamento laxante, com a única diferença de que não experimentou cólicas.
(...)
A água magnetizada é o melhor remédio nas convalescenças, dá força, restabelece o estômago, facilita a digestão e faz evacuar, seja pela urina ou pela transpiração, tudo o que impedia o inteiro restabelecimento do enfermo.
(...)
Emprega-se, com grande êxito, a água magnetizada em loções para a cura de feridas. Nas enfermidades dos olhos, fortifica o órgão e produz comumente uma sensação parecida a que produziria a água misturada com algumas gotas do espírito do vinho. Os banhos de água fluidificada têm produzido, muitas vezes, excelente resultados.
(...) Quando o magnetizador não pode visitar seu enfermo senão duas ou três vezes por semana, a água magnetizada supre a ação direta. Convém seguir usando-a algum tempo depois de terminado o tratamento.
(...)
Creio que a água que se faz o enfermo beber deve estar magnetizada sempre pelo mesmo magnetizador que tenha realizado o tratamento. Isto é uma consequência do princípio que estabelecido, de que um enfermo não deve ser magnetizado por pessoas que não estejam em relação com o primeiro magnetizador, e de que não possuindo os fluidos dos diversos indivíduos a mesma qualidade, e não trabalhando da mesma forma, não se deve misturar sua ação.

Tenho visto fenômenos notáveis que confirmam esta opinião. Os sonâmbulos conhecem perfeitamente quando um objeto foi magnetizado por diferentes pessoas, e
esta mistura de diversos fluidos lhes é, algumas vezes, insuportável.

Ainda não se sabe quanto tempo a água magnetizada conserva suas propriedades; mas sabe-se que as conserva por muitos dias, depreendendo-se de numerosas observações que duram algumas semanas. Sem dúvida, quando se pode ver com facilidade o enfermo, convém magnetizar diariamente a água para ele.
(...)
Parece que água magnetizada não exerce nenhuma influência sobre as pessoas que não tenham estado na presença do magnetizador; em geral, somente produz efeitos bem marcados depois de duas ou três sessões de magnetismo. Para que o fluido do magnetizador atue sobre o enfermo, é preciso  que se estabeleça a relação, e esta somente se estabelece pela manipulação direta e imediata.

Tornei muito extenso o texto sobre o uso da água magnetizada: os que a empregaram
com confiança reconheceram que falei pouco sobre as vantagens que dela podemos obter.

Devo, sem dúvida, advertir que há enfermos sobre os quais a água magnetizada não parece ter ação alguma, mas são muito poucos.”

JORNAL VÓRTICE  - ANO II, N.º 08 - JANEIRO/2010


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ÁGUA MAGNETIZADA E FLUIDOTERAPIA

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A CARIDADE SEGUNDO O APÓSTOLO PAULO


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine".
"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria."
" E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria". "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; não trata com leviandade; não se ensoberbece".
"Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade".
"Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior destas é a caridade" ( Paulo, I Coríntios, cap. XIII, vers. 1 ao 13).

"Todos os deveres do homem se encontram resumidos na máxima: Fora da caridade não há salvação" (Allan Kardec, Evang. S. Esp., cap.XV, item 5).
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações". (Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4).


Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.

A Caridade Segundo o Apóstolo Paulo

O que é a caridade? Comece a palestra questionando isso. Seria darmos esmolas, levarmos comida aos necessitados, comprarmos uma rifa beneficente? Fazer isso nos daria a consciência tranquila do dever cumprido como cristãos? Este tipo de comentário fará o ouvinte refletir sobre seu posicionamento frente à vida. Ele estará mais apto a absorver os ensinos que lhe serão ministrados.
Paulo, nesta passagem, mostra aos cristãos de Corinto que a caridade é algo muito mais profundo e importante do que apenas darmos o que nos sobra aos carentes. Embora isto também seja um ato caritativo, não resume a grandiosidade desta virtude.
Procure, após a introdução, ler por completa a mensagem do apóstolo. Depois, comente seus trechos, de forma a relacionar cada frase com o que faria parte da verdadeira caridade.

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine".

Este trecho é um alerta a todos os que são oradores, sejam espíritas, católicos, evangélicos, umbandistas, ou qualquer pregador que fale dos ensinos divinos. De nada adianta ser belo na palavra e pobre de ações. O exemplo de mudança íntima, de luta constante contra as imperfeições, deve fazer parte da vida dos que se dedicam a divulgar a mensagem cristã. Conheceremos se a árvore é boa pelos frutos, alertou Jesus. Caso contrário, a palavra será como o sino que tine, ou seja, fará muito barulho e chamará a atenção, mas não modificará os corações e inteligências a que é direcionada.

"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria."

Ter conhecimento espiritual não faz do ser um indivíduo caridoso. É Jesus mesmo que se diz agradecido a Deus, por haver escondido os mistérios divinos dos sábios e os revelado aos simples (Mateus, cap. XI), referindo-se ao sentimento e à fé nos ensinamentos espirituais. A mediunidade e o entendimento das Leis do universo dão sim ao ser maior responsabilidade frente à vida, e de posse disso devem seus detentores modificar suas condutas e buscar a humildade.
A fé também não é sinônimo de caridade, pois sem obras é morta, segundo o apóstolo Tiago, em sua Epístola, cap. II, vers. 17. Com a afirmativa de que por mais fé que tivermos em Deus e em nossas próprias forças nada seremos se não tivermos a caridade, Paulo chama a atenção dos religiosos em geral. Muitos de nós acreditamos que a crença inabalável é porta aberta para ajuda do Alto. Porém, se não nos ajudarmos, praticando aquilo em que cremos através do bom exemplo, qual a vantagem de possuir fé?

" E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria".

Dar esmolas e acabar com a necessidade material do próximo é muito importante. Mas preciso é alertar às pessoas que tudo depende da intenção. Se fizermos a doação material com o objetivo de aparecermos aos outros, ou então para aliviarmos nossa consciência, estaremos nos enganando. Além disso, corremos o risco de ajudar ao necessitado, mas humilhá-lo ao mesmo tempo, com um ar de superioridade que o ferirá. A doação desinteressada deve brotar da compreensão da Lei de Deus, tornando-nos irmãos de quem ajudamos e tendo como único fim o amparo e alívio do sofredor.
Ainda neste trecho, Paulo instrui de que nada adianta nos auto-flagelarmos, com o intuito de mostrarmos para quem nos vê que somos crentes em Deus. Mais importante que castigar o corpo, com privações e sofrimentos, é sufocar as más tendências, verdadeiras mães de nossas desgraças.

"A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; não trata com leviandade; não se ensoberbece".

O apóstolo mostra que a verdadeira caridade traz a resignação, que é o entendimento das dificuldades da vida como obstáculos a serem vencidos, objetivando o progresso espiritual. Alia a bondade para com todos, independente do momento, pois a vingança e o ódio corroem o sentimento e turbam os sentidos racionais, enquanto o perdão enobrece o ser. Diz ainda que a prudência deve fazer parte de quem busca a caridade, pois ser leviano traz conseqüências inesperadas, e o orgulho do homem pode contribuir para o afastamento de Deus.

"Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade".

Em um mundo onde o que mais vale é a satisfação pessoal, mesmo em detrimento da paz alheia, a caridade busca decência e fraternidade. O público precisa ser levado a refletir sobre de que adianta levarmos vantagem em tudo se alguém estiver sofrendo com isso? Com certeza, esta dor do próximo será revertida em desespero, rancor, violência, que mais cedo ou mais tarde, acabará voltando-se contra nós mesmos, nossos filhos ou amigos.
Irritar-se é a melhor forma de perdermos a razão, por isso a paciência e a sensatez fazem parte da caridade, levando o homem a pensar antes de agir. Assim, devemos lembrar ao assistente que a justiça irá se fazer mais presente em nossa sociedade, libertando os seres das mentiras e intrigas que envolvem interesses pessoais. É a verdade prevalecendo, e só ela pode nos libertar da ignorância, disse Jesus.

"Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

Tudo tem sua hora. Saber esperar é próprio da caridade. Quando o ser amplia sua visão além da vida material, vê no horizonte a luz necessária para manter-se animado e vivo. Busca na sabedoria cristã o esclarecimento para suas dúvidas, deixando de lado o desespero. É o caminho do equilíbrio proporcionado pela caridade.

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior destas é a caridade" ( Paulo, I Coríntios, cap. XIII, vers. 1 ao 13).

Mudança íntima, humildade, obras, exemplo, doação desinteressada, resignação, bondade, perdão, prudência, decência, razão, tranqüilidade, sabedoria, justiça, amor ao próximo como a si mesmo. Agora é o momento de mostrar ao assistente o que verdadeiramente Paulo diz sobre o que é a caridade: um conjunto de atributos morais e intelectuais, que fará do Espírito ser dono de seu próprio destino.
A fé e a esperança, indispensáveis para uma existência sensata e confiante, são assessoras da caridade, que será o sentimento principal a ser buscado pelo homem de bem, libertando de seu egoísmo e encaminhando-o para o Reino de Deus.

"Todos os deveres do homem se encontram resumidos na máxima: Fora da caridade não há salvação (Allan Kardec, Evang. S. Esp., cap.XV, item 5).

Após a passagem de Paulo, o palestrante leva o ouvinte à citação de Kardec. Diferente de outras religiões que colocam como essencial para a salvação (entenda-se liberdade com conhecimento) a freqüência exclusiva em suas fileiras, a Doutrina Espírita mostra que o que interessa é a prática da caridade, seja ela feita em que religião for. Jesus nunca disse que esta ou aquela doutrina deveria ser seguida. Mas sim, resumiu a Lei e os profetas em: Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Este é o lema do Espiritismo:

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações". (Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4).

Para encerrar, mostre ao público que nem Paulo, nem Jesus e muito menos a Doutrina Espírita quer que sejamos santos. Os Espíritos superiores sabem de nossas limitações e os ensinamentos cristãos são exatamente para ajudar-nos a superá-los. O que se espera do verdadeiro espírita, ou cristão, que têm o mesmo sentido, é o esforço constante em analisar-se moralmente. E sempre que se perceber fora dos atributos que constituem a caridade, que erga a cabeça, recomece novamente o caminho, sem desesperos ou pressa, mas a passos firmes e corajosos.

Copyright by Grupo Espírita Apóstolo Paulo


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A VONTADE E O PODER DO MAGNETIZADOR

 Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. (...) A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante – Allan Kardec

Quando Jesus caminhou sobre as águas seguindo em direção ao barco onde se encontravam alguns dos seus discípulos, ele exercitava naquele momento o poder da sua fé. Essa fé se baseou em dois aspectos: querer e confiar. Um querer com firmeza não representando um desejo superficial, mas sim um movimento dinâmico que vem de dentro com força e convicção. Já a confiança seria a certeza da realização de algo, sem brechas para dúvidas. Isso pode ser resumido em uma palavra: vontade.

A vontade é um dos principais mecanismos utilizados pelo magnetizador. Sendo atributo da alma, a vontade se desenvolve através da reflexão e do exercício diário. Percebe-se facilmente uma pessoa sem vontade. Nos atos do dia-a-dia geralmente é alguém que não consegue levar adiante aquilo a que se propõe. Se planeja realizar algo, os menores empecilhos que surjem no seu caminho são suficientes para detê-lo, devido à falta de confiança na capacidade de atingi-lo. Muda constantemente de foco, por não conseguir fixar sua atenção em uma só coisa por muito tempo, graças à falta de perseverança e coragem, acabando por se cansar facilmente e deixando sempre os projetos inacabados. Não sustenta os seus planos por não ter um querer treinado para identificar os seus reais objetivos.

O magnetizador poderá desenvolver a sua vontade através do esforço, na realização das diversas atividades cotidianas, mesmo daquelas de pequeno porte, sendo de especial valor as de caráter repetitivo e massante, as quais exigem uma maior cota de
perseverança e de concentração.

Este exercício será de enorme valia no trabalho de magnetização ou de passes onde é exigido do aplicador uma certa dose de concentração, além do desenvolvimento da vontade no sentido de querer atingir a cura e acreditar na possibilidade da mesma.

O poder do magnetizador está na razão direta da sua força de vontade, disse Allan Kardec (O Livro dos Médiuns). A vontade deve ser a impulsionadora das energias curativas. Muitos passistas ainda acham que para emitir os fluidos, basta estender as mãos e que assim se determina a fluidificação, quando na verdade é a nossa mente que dá o comando.

Às vezes as energias fluem de forma automática, entretanto, é preciso cuidado com esse automatismo, pois uma energia não controlada conscientemente pode gerar certas dificuldades tanto para o paciente quanto para o passista. O magnetizador deve assumir uma postura ativa fazendo uso da sua vontade para que a transmissão energética se dê de forma harmoniosa com relação ao momento adequado, ao direcionamento e à quantidade de fluidos.

Além disso, a vontade sincera de auxiliar o paciente, o querer profundo e a confiança na cura, apesar de não poder garanti-la, fazem parte da mente do bom magnetizador.

“Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural.” – Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo. 

SONAMBULISMO E MAGNETISMO

Quando se fala em sonambulismo logo se vem à mente a idéia de pessoas que caminham pela casa, usam o banheiro, conversam, comem ou mesmo saem de casa, tudo isto enquanto dormem. Este fenômeno é tido pela Medicina como “parassonia”, ou seja, fenômeno que acompanha o sono e envolve atividade muscular esquelética ou mudanças do sistema nervoso autônomo, ou ambas (segundo o Dr. José Roberto Pereira Santos, em matéria publicada na Folha Espírita de março de 2005).

Estes são sinais de uma faculdade que pode ir muito mais além. Se o sonambulismo rudimentar, como descrito acima, pode servir de estudo a respeito das possibilidades psicofisiológicas humanas, há outras características do sonâmbulo necessitando de pesquisa como a capacidade de ver à distância ou através de corpos opacos, ler pensamentos, descrever enfermidades suas ou de outras pessoas, receitar medicamentos ou formas de cura, ter premonições, etc

Bem estudada por Allan Kardec na Doutrina Espírita, a faculdade sonambúlica seria ainda uma forma de se comprovar a existência da alma e a sua independência com relação ao corpo. Em matéria veiculada na Revista Espírita de julho de 1863 sob o título “Dualidade do Homem Provada pelo Sonambulismo”, o codificador assim se expressou: “A visão à distância, as impressões que o sonâmbulo sente segundo o meio que vai visitar, provam que uma parte de seu ser é transportada; ora, uma vez que não é seu corpo material, visível, que não muda de lugar, esse não pode ser senão o corpo fluídico, invisível e sensitivo. Não é o fato mais patente da dupla existência corpórea e espiritual?”.

Vamos encontrar também as idéias dos Amigos Invisíveis, em O Livro dos Espíritos, os quais nas respostas às questões formuladas por Kardec, nos colocam, de forma lógica, no caminho do entendimento a respeito do assunto. Não nos deteremos em maiores detalhes para não tornar muito longa a nossa dissertação, mas deixamos ao leitor o incentivo para buscar a obra e verificar o tema na íntegra.

O Codificador inseriu o sonambulismo entre os fenômenos de emancipação da alma,
capacidade que todos os encarnados têm de, em certos momentos especiais, libertar-se temporária e parcialmente dos laços que prendem o Espírito à matéria. Isso pode ocorrer durante o sono, um simples cochilo, um estado de transe ou ainda em um coma. Todas as oportunidades que surjam, o Espírito aproveita para aurir de uma certa liberdade fora do corpo que para ele representa uma prisão limitandolhe as faculdades (O Livro dos Espíritos, questão 407).

No sonambulismo natural ou provocado por efeito de emissão magnética, o Espírito consegue deslocar-se a outros lugares, penetrar os pensamentos alheios de encarnados e desencarnados por um contacto dos fluidos que compõem os perispíritos (O Livro dos Espíritos, questão 455) e ainda expressar conhecimentos que podem estar muito além da sua capacidade intelectual na presente encarnação. É que os sonâmbulos, em existências passadas, podem ter adquirido conhecimentos que na atual existência não têm a possibilidade de despertar devido às circunstâncias que se apresentam (influência do meio em que vivem, falta de acesso à educação escolar, etc.).

Entretanto, liberando-se parcialmente do corpo físico, reduzindo as limitações impostas pelo organismo material, encontra o meio para expressar os conhecimentos que se encontram gravados na sua memória perispiritual. De outra sorte, ocorrendo o desprendimento do Espírito do sonâmbulo, este pode sentir a presença, ver e ouvir outros Espíritos transmitindo-lhe mensagens, sendo o sonâmbulo, neste caso, o veículo das comunicações, o que o torna um médium sonâmbulo.

Pouco estudado na atualidade, o sonambulismo serviu muitas vezes aos magnetizadores como forma de diagnóstico e indicação de tratamento de pessoas enfermas. Numerosos exemplos foram descritos por Kardec nas suas obras e, antes dele, esta característica da faculdade já era bastante conhecida e estudada pelos seguidores de Mésmer.

Diversos magnetizadores descrevem em suas obras as experiências realizadas, bem como os procedimentos sonambúlicos levados a efeito durante as magnetizações.

Em “Magnetismo Curativo”, Alphonse Bué relata um caso de cura onde a paciente, de nome Blanche H.,24 anos, era sonâmbula e como tal participou ativamente de todo o tratamento magnético. “...
Não somente a minha sonâmbula tinha seguido passo a passo a marcha da sua moléstia, determinar-lhe a origem e natureza, ver o estado dos órgãos e predizer a época das suas crises, como ainda, embora não tivesse conhecimento algum da medicina homeopática, havia indicado os remédios que convinham ao seu estado e deviam favorecer a cura”.

Na mesma obra, o autor apresenta o tratamento de Luíza C., que há doze anos sofria de atrofia muscular progressiva. Diz Bué: “Luíza, em sono magnético, seguia diariamente este trabalho de reorganização da Natureza, com interesse crescente; como via perfeitamente o interior do corpo, tinha prazer em pôr-me ao corrente das flutuações que o tratamento imprimia ao seu estado; o que lhe chamava principalmente a atenção era o aspecto dos seus músculos. Não possuindo nenhuma noção de anatomia, limitava-se simplesmente a explicar-me a seu modo aquilo que via”.

Pôde também descrever a vida voltando gradativamente aos seus músculos, bem como a crise próxima da qual sairia melhor. Sendo o Magnetismo e o Espiritismo ciências irmãs, como escreveu Allan Kardec, vale a pena estudar mais a respeito do sonambulismo e, quem sabe, utilizando-o junto aos trabalhos de magnetização, aproveitando os diversos recursos que ele oferece, contribuir mais decisivamente para a saúde e o bem estar do próximo.

JORNAL VÓRTICE ANO I, N.º 02 - JULHO – 2008


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ÁGUA MAGNETIZADA E FLUIDOTERAPIA

 Anelma Carneiro
anelcarnei@hotmail.com


Muitas vezes nos perguntam sobre o uso da água fluidificada nos tratamentos/acompanhamentos levados a efeito nos Centros Espíritas.

O assunto, de extrema relevância, nos remete aos ensinamentos provindos da espiritualidade com relação a essa terapêutica, como os do Espírito André Luiz, na psicografia do saudoso Chico Xavier onde diz que a água potável se destina a ser fluidificada onde receberá os recursos magnéticos necessários ao equilíbrio psicofísico
dos presentes. Acrescenta que “por intermédio da água fluidificada... precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar “...
(Nos Domínios da Mediunidade, 12).

Na mesma linha de raciocínio o Espírito Emmanuel, mentor de Chico Xavier, quando indagado na questão 103 – Ciências Aplicadas- se no tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo, responde que “a água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.” (O Consolador). Sobre esse aspecto particular do uso da água fluidificada e da conveniência de ser magnetizada especificamente para determinado doente, utilizamo-nos dos ensinamentos de Jacob Melo (Livro: O Passe- Seu Estudo suas Técnicas, sua Prática) quando esclarece que se os Espíritos sabem que o uso dessa água fluidificada é para uso geral, serão ali colocados vários tipos de combinações fluídicas, uma vez que não será destinada a tipo específico de necessidade. Diz, ainda, que a fluidificação específica é possível e destinada a atendimentos específicos. Outro fator destacado foi o de que o mesmo Espírito que magnetizou a água foi o que aplicou os passes...

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns (Laboratório do Mundo Invisível, item 131), nos diz que “o Espírito atuante é o do magnetizador, muito frequentemente auxiliado por outro Espírito; ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético, (...) que é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica ou elemento universal. Se ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode igualmente fazer a mesma coisa com os fluidos do organismo, o que resulta num efeito curativo da ação magnética convenientemente dirigida”. Daí podermos inferir a importância da utilização da água fluidificada aliada aos passes magnéticos nos tratamentos pela fluidoterapia que encontramos nas Casas Espíritas.

Michaelus (Magnetismo Espiritual, cap. 15) afirma que a água magnetizada deve ser utilizada como acessório de qualquer tratamento magnético e que ingerida desde o início do tratamento sempre produz bons resultados. Prossegue, ainda, que tomada em jejum e nas refeições, de forma rotineira, restabelece o equilíbrio das funções. E acrescenta que: “Os espíritas têm em grande apreço a água fluidificada, que mais não é senão a água que recebe os eflúvios magnéticos dos planos espirituais através das nossas rogativas fervorosas e sinceras.”

Assim, a água magnetizada preenche as necessidades energéticas mediante processos naturais, completando fluidicamente o passe e dando a manutenção necessária no interregno entre um passe e outro. 

Com a esperança de termos esclarecido algumas dúvidas e suscitado o desejo de levar o leitor a pesquisar o assunto nos livros citados e em outras fontes (Jornal Vórtice Ano I, nº 4/Set 2008), onde encontrarão informações mais aprofundadas a respeito de tão apaixonante tema – ÁGUA MAGNETIZADA E FLUIDOTERAPIA – continuemos nesta seara, pois, com o auxílio dos Espíritos amigos, a empreitada será exitosa. Que Deus nos ilumine! 

JORNAL VORTICE - ANO IV, n.º 04 - setembro/2011


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MAGNETIZAÇÃO DA ÁGUA

PASSES ESPECIAIS

Tiago Martins
tiagoms-rs@hotmail.com

“Toda prática magnética era antecedida por um momento de relação magnética, isto é, um momento em que o magnetizador se aproximava do doente com o fim de viabilizar a combinação dos fluidos do magnetizado e do magnetizador. “

Na casa espírita é comum que mais de um magnetizador (passista) realize, ao mesmo tempo, uma ação magnética (o chamado passe) sobre uma mesma pessoa enferma.
Dois ou mais magnetizadores concentram-se ao redor do atendido, impondo sobre ele as mãos. Geralmente o critério para essa prática conjunta dos passistas é a gravidade da doença, mas também pode ser o estado geral apresentado pelo atendido, ou ainda casos de obsessão. Essas magnetizações são vulgarmente chamadas “Passes Especiais” no Sul do país.

Um dos motivos que levam os espíritas a essa prática é a ideia de que a pessoa, para ficar melhor, precisa receber energias. E, dependendo do estado do atendido, a necessidade de energia pede que mais de uma pessoa doe ao mesmo tempo. Essa ideia tem cá um pé na realidade material, no dia a dia de todos. Se desejo aumentar o calor da lareira, ponho mais lenha. Se quero ferver a água rapidamente, aumento a chama do fogão. Se desejo construir uma casa em menor tempo, aumento o número de pedreiros e serventes. Nesses casos, o incremento de energia e pessoas é um fator relevante para que algo possa se tornar realidade.

Contudo, será que no imenso universo dos fluidos é necessário que mais de um magnetizador se ocupe de uma mesma pessoa? E será que todas as pessoas necessitam indistintamente de doações de fluidos vitais?

A segunda pergunta seja respondida em primeiro lugar. Não, nem todas as pessoas que buscam o passe necessitam de doações fluídicas. Em muitos casos, o atendido tem necessidade de se desvencilhar de fluidos que o congestionam total ou parcialmente.
Em outros casos, nenhuma doação é necessária, pois a ação magnética realiza uma transmutação dos fluidos vitais do atendido, tornando salutar a energia que anteriormente era insalubre. Assim, uma prática magnética bem estudada e bem refletida mostra que a noção do passe como exclusiva doação fluídica não condiz muito bem com a realidade.

Já a primeira pergunta carece de maiores análises. Do ponto de vista histórico, os primeiros magnetizadores, entre eles Allan Kardec, não realizavam magnetizações em duplas ou em trios. Até onde conheço, não há registros de passes realizados por mais de um magnetizador ao mesmo tempo sobre uma mesma pessoa. As chamadas magnetizações coletivas eram realizadas por um único magnetizador sobre um grupo de dez, vinte ou trinta pessoas, variando tal número a depender do poder magnético do magnetizador.

O motivo para que eles não acolhessem tal prática talvez resida em um princípio muito respeitado por todos os magnetizadores clássicos: a relação magnética. Toda prática
magnética era antecedida por um momento de relação magnética, isto é, um momento em que o magnetizador se aproximava do doente com o fim de viabilizar a combinação dos fluidos do magnetizado e do magnetizador.
Somente após sentir que essa relação fluídica havia sido estabelecida com perfeição, é que o magnetizador iniciava o seu trabalho.

A relação magnética é estabelecida pela vontade do magnetizador.
Ele quer realizar esse vínculo com o magnetizado, e o magnetizado aceitou e se entrega passi-vamente a essa ação. Na verdade, estabelecer a relação magnética nem sempre é fácil, pois embora passivo, o atendido pode gerar e viver de fluidos que de maneira alguma se coadunam com os fluidos do magnetizador. Isso nada tem que ver com evolução, maldade ou imoralidade do atendido ou do magnetizador, mas apenas com uma indisposição vibratória de dois seres que são diferentes.

De qualquer modo, em regra, a relação magnética é necessária.
Porém, estabelecida a relação magnética por um magnetizador, o ingresso de um terceiro necessariamente tende a romper o equilíbrio vibratório estabelecido entre opaciente e o primeiro magnetizador. Nesse caso, haverá dois magnetizadores "lutando" para realizar a harmonização vibratória, o que dificilmente se realizará face a duas vontades distintas atuantes.

Por outro lado, o paciente acaba por ter de suportar sucessivas desarmonizações em seu campo energético, face à diferença de intensidade e qualidade das emanações fluídicas dos diferentes magnetizadores. Colocar uma organização física e perispiritual sobre essa carga de estresse fluídico pode ser danoso em casos melindrosos, predispondo o campo vital a receber influências contraditórias que se anulam ou mesmo digladiam uma com a outra. Se, por exemplo, o fluido de um magnetizador tem características calmantes e o do outro características ativantes, claro está que o organismo físico estará sujeito a estimulações que acabarão por aumentar o trabalho do corpo, que lutará para estabelecer o equilíbrio energético. Num organismo doente, o acréscimo de trabalho tende a ser prejudicial para o restabelecimento.

Neste sentido, e tendo em vista a bandeira da caridade que deve permanecer bem alta nos trabalhos de Magnetismo na Casa Espírita, não parece conveniente que dois ou mais passistas apliquem passes sobre uma mesma pessoa, pois ela poderá estar sendo submetida à verdadeira tortura fluídica.

A magnetização não deve acrescentar dano ou mal-estar ao atendido, mas antes aliviar e restabelecer o equilíbrio.

Há casos em que a pessoa atendida necessita de grandes concentrações fluídicas. Os magnetizadores clássicos perceberam que a relação magnética era indispensável para uma eficiente doação. Assim, ainda que necessitando de muitos fluidos, o magnetizador torna-se capaz de doar tudo quanto a pessoa precisa, pois o trânsito de energias entre um e outro está desimpedido, como uma imensa e larga rodovia que permite a passagem de inúmeros carros em altíssima velocidade.

Além disso, os magnetizadores levavam muito a sério a ação magnética, doando todo tempo necessário para que a pessoa atendida recebesse aquilo que necessitava. Deste modo, é possível que em cinco minutos o magnetizador não fosse capaz de doar tudo quanto a pessoa precisasse, e nem ela talvez fosse capaz de receber tanto em tão curto espaço de tempo. Contudo, as magnetizações prolongadas em trinta, cinquenta minutos, uma hora, tendem a oferecer rico material fluídico ao magnetizado, face ao fenômeno de usinagem ou produção fluídica que se desenvolve nos centros de força. Em largos períodos de tempo, a vontade do magnetizador faz com que os centros de força renovem a produção fluídica, daí advindo material suficiente para aqueles que necessitam de grandes cargas energéticas.

Por fim, nada impede que os trabalhos de passes se realizem com a assistência de outras pessoas, as quais permanecem vibrando pelo doente e pelo magnetizador, sem realizar qualquer imposição de mãos. No ambiente dessa assistência, o magnetizador capta recursos novos e, em razão da relação magnética, os aplica no paciente com segurança e proveito.

Em face de todas essas ponderações, pede o bom senso e a prudência que se evitem os chamados passes especiais. Se o espírita deseja amar e servir efetivamente, que o faça de maneira que evite prejuízos a quem lhe busca a assistência. Como não basta dizer “Senhor, Senhor!”, também não basta querer fazer a caridade. Antes, é preciso ter a certeza de que é um bem e não um mal que se está fazendo ao próximo.□

 JORNAL VÓRTICE ANO VI, N.º 07 - DEZEMBRO - 2013


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