terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MAGNETISMO PESSOAL, estudos de Henri Durville - parte I

HENRI DURVILLE

Ana Vargas
anavargas.adv@uol.com.br

“O magnetismo pessoal amplia nossos meios de ação, multiplica nossos êxitos na vida. Por meio dele, entramos em contato com as energias que nos rodeiam, com as simpatias que flutuam, indecisas e incertas, em torno de nós. Nós dominamo-las, prendemo-las, incorporamo-las. Elas engrandecem nossa individualidade; e nossas forças pessoais, assim ampliadas e intensificadas, atuam com maior eficácia no âmbito que lhes é assinalado.” W.W. Atkinson, in A Força do Pensamento.

Parece-nos tão recente a importância de estudar anatomia para trabalhar com passes e o fazemos, regra geral, pensando em doenças, e isso, de fato é importante. Mas ela já era citada pelos autores clássicos de magnetismo, e, entre aquelas muitas “coincidências da vida”, outro dia deparei-me em um mercado de pulgas com um exemplar de “A usina humana”, de Henri Durville, edição de 1936. Em que pese a ortografia de então, a leitura é muito boa e as ideias enriquecedoras, por isso compartilharei alguns trechos com os amigos interessados no tema. O enfoque é o da saúde, das forças pessoais, seu uso e bem-estar.

É interessante o pensamento de Henri Durville1 a respeito da necessidade de tomarmos consciência do que ocorre inconscientemente em nosso organismo. Ele defende que o iniciado em magnetismo deve buscar o mais amplo autodomínio, compreendendo o corpo, o consciente e o inconsciente. Diz ele: “Alguns querem disciplinar o inconsciente, suprimindo, quer o instinto sexual,
quer mesmo todos os desejos, para alcançarem o nirvana búdico.
Outros, enfim, só se interessam pelos fenômenos superiores do espírito: atenção, reflexão, juízo, raciocínio, vontade. Nenhum deles considera o ser humano na sua totalidade, quando um equilíbrio perfeito só pode ser obtido pelo desenvolvimento progressivo, regular, de todas as partes que compõe este conjunto, porque cada uma destas partes governa as outras e elas se acham sob dependência mutua. (...) O que eu desejo é desenvolver harmoniosamente todas as partes de vosso ser. Ficai certo que nenhum insucesso deve temer aquele que sabe e quer perseverar, seguro de atingir o fim que se propôs”.

O desenvolvimento pessoal do magnetizador é uma proposta de vida, não é um módulo ou um tema em cursos e seminários. É tomada de consciência lenta e progressiva acompanhada de tantas mudanças quantas sejam necessárias fazer. O trabalho de Henri Durville acrescenta importante material nesse longo tema. Proposta abrangente, ele a inicia, como não poderia deixar de ser, pelo princípio: o corpo humano. “Vosso corpo é como uma usina onde
há operários que fabricam, sem cessar, produtos novos, ideias, sentimentos, enquanto outros reparam e conservam o mecanismo”.

“A primeira engrenagem é constituída pelo aparelho digestivo, com suas diferentes partes: boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. O fim dessa parte da usina humana é transformar os alimentos em quimo, depois em quilo, líquido espesso e branco que passa pelos vasos quilíferos, depois por um vaso linfático (isto é, contendo a linfa, líquido espesso e branco, composto semelhante ao sangue). Este vaso é o canal torácico que,
partindo do abdome, vai deitar seu produto na veia subclávia esquerda, isto é, na corrente circulatória.

A este aparelho digestivo está anexo um grande escritório de  fiscalização, uma grande usina química, o fígado, que vigia os produtos da digestão, emulsiona as gorduras dos alimentos, prepara as gorduras próprias, fornece aos sucos alimentares tudo o que lhes falta e transforma tudo o que lhes seria prejudicial. O fim do aparelho digestivo é, pois, a formação da linfa e do sangue.
Henri Durville
1 Henri Durville (1887-1963), filho de Hector Durville, professava em sua escola, o que ele chamou de "os princípios da física dinâmica", onde mostrou a diferença entre magnetismo animal e hipnotismo. Seus estudos foram extremamente avançados, e de acordo com François R. Dumas, em seu livro "História da vara mágica", os estudos de Henri Durville abriram novos horizontes, especialmente em suas investigações sobre sonambulismo e a ação nos nervos centrais.
Hector Durville (1848 - 1923). Magnetizador, investigador metapsíquico e escritor francês. Continuador da obra do barão du Potet e de Mesmer. 
   

A linfa contém os leucócitos ou fagócitos (...). Estes fagócitos são os agentes de polícia de nosso corpo. Em toda parte onde o organismo está ameaçado de uma invasão de micróbios, os fagócitos, embora não tenham pernas, com uma extrema rapidez, atiram-se sobre os assassinos do organismo, e fazem-nos desaparecer, quer absorvendo-os, que sacrificando-se, morrendo para formar uma trincheira em torno do mal que nos ameaça e criar um abcesso.

Por outra parte, o intestino rejeita as matérias que não puderam ser assimiladas, e essas excreções têm uma importância capital, elas devem ser regulares (...).

Uma vez formado o sangue, é necessário que vá alimentar todo o organismo. Para enviá-lo até as extremidades do corpo e para retirá-lo em seguida, estamos munidos de uma bomba, ao mesmo tempo aspirante e premente: o coração. Os vasos que transportam o sangue fresco e nutritivo para todos os órgãos são, em geral, as artérias; aqueles que o reconduzem, são as veias. Compreendei que uma higiene do coração e dos vasos sanguíneos é indispensável.
(...)

Assim como o fígado é o escritório de fiscalização das funções digestivas, os rins servem para filtrar as impurezas do sangue, para desembaraçá-lo dos venenos ou toxinas que ele contém. Por outra parte, nós temos, na superfície da pele, as glândulas sudoríparas, ou produtoras de suor, que desempenham uma função análoga a dos rins. Compreende-
se que deve ser evitado a estes todo excesso de trabalho. Evitai-lhes o terem que vos desembaraçar de álcool, isto é, não bebei álcool; é preciso, por outro lado, permitir-lhes que funcionembem, dar-lhes líquidos em quantidade suficiente e de qualidade excelente.

 O sangue que alimentou vossos órgãos, que reparou vossa máquina, está carregado de todas as suas impurezas; sobre vossos glóbulos fixou-se o ácido carbônico. É preciso que ele seja substituído pelo oxigênio do ar. Vossa vida é uma combustão; deveis alimentar vossa flama.
Respirar bem é preparar-se, pois, para bem viver. Deveis aumentar, na medida necessária, a capacidade de vossos pulmões; deveis estar vigilante com relação ao cubo de ar que lhe forneceis, bem como com a sua qualidade. Procure o sol, que mata os micróbios, e, em particular o bacilo de Koch, que origina a tuberculose. (...) Deixe sempre que possível vossas janelas abertas. Assim, o sangue azul escuro de vossas veias, carregado de todos os vossos miasmas, se transformará em um belo sangue vermelho, capaz de alimentar copiosamente vosso plasma nervoso.

Chegamos à função essencial de vossa máquina. Vosso corpo é percorrido até a pele por uma multidão de filetes nervosos, a princípio infinitamente pequenos, terminados na pele por corpúsculos de formas diversas, encarregados de funções especiais. Estes filetes delgados se reúnem.
São fios telegráficos, dos quais uns transmitem ao cérebro as informações fornecidas por vossos sentidos e vossa pele, outros levam aos músculos as ordens do cérebro.
Todos esses filetes vão se confinar e convergir à medula espinhal a qual se alonga até o cerebelo e o encéfalo.
Este sistema constitui vossa rede telefônica. É ele que vos permite perceber as sensações, realizar os movimentos, pensar e agir.

Há outro sistema também importante em seu gênero e formado de maneira toda diferente: é o que permite a todos os vossos órgãos – digestivos, circulatórios, respiratórios – funcionarem; é o grande simpático. Ele forma uma
espécie de circuito fechado, ligados ao grande sistema nervoso central somente por dois nervos. Assim, se explica o fato de que vivemos mal informados sobre o que se passa em nossas vísceras. Veremos porque assim é necessário. Ao longo desse circuito encontram-se em grande quantidade os gânglios nervosos. São centros inferiores de onde partem diretamente ordens regulares que governam os órgãos do tronco. Estes órgãos formam, em vários lugares, uns ajuntamentos entrelaçados, de onde o seu nome de plexos (de plecto: enlaço).

Os dois mais importantes são o plexo cardíaco, na altura do coração, e o plexo
solar, ao nível do estômago. Os gânglios do duplo cordão que limitam o grande
simpático se correspondem regularmente e estão situados de cada lado da raque ou coluna vertebral.
Há, pois, em nós dois quadros ou, como se diz hoje, dois centros telefônicos:
Um, o centro cerebral, liga todos os pontos do nosso corpo aos nossos emisférios cerebrais, por uma dupla linha, uma de ida, outra de volta. Nelas as comunicações são muito rápidas. Trata-se, com efeito, de uma parte, de guiar nossos movimentos musculares para evitar todos os perigos; de outra parte, de preparar, por combinações novas, uma adaptação sempre mais perfeita do organismo no meio do qual nós evoluímos. As forças que permitem esta adaptação têm sido chamadas: razão, ciências, artes, indústrias.

De outra parte, o segundo quadro ou centro do grande simpático dirige todas as nossas funções vitais internas: digestão, circulação, respiração. Ora, aqui, não há necessidade de interrupção brusca; tudo deve ser regular, sem cessar idêntico a si mesmo. Não se deve permitir a força nervosa que perturbe esta parte do sistema nervoso. Um bom contramestre não é aquele que transforma as ordens de seu diretor, mas o que as executa com pontualidade.

Ao primeiro centro (cérebro e órgãos anexos) se liga tudo o que é consciente,tudo o que sabemos e vemos claramente, quer a propósito de nós mesmos, quer a propósito do mundo exterior. Ao segundo centro (grande simpático) corresponde tudo o que se relaciona com os nossos aparelhos internos em nosso tórax ou abdome, tudo o que assegura a regularidade de nossa vida fisiológica, tudo o que pouco sabemos e mal conhecemos de nós mesmos, tudo o que deveríamos conhecer melhor para assegurar a regularidade de nossa vida, de nossa saúde, de nossa felicidade.”(grifos do original)

Para não tornar excessivamente longo esse compartilhamento de informações,
seguirei o texto de Durville na próxima edição, abordando seu estudo a respeito
do inconsciente.

Fonte; JORNAL VORTICE - ANO VII, Nº 07 - dezembro - 2014
Feliz 2015 aos amigos que nos acompanham no Vórtice!


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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

COMO MOISÉS ATRAVESSOU O MAR VERMELHO

O filme “Êxodo”, do diretor Ridley Scott, estreia no dia 25 de dezembro no Brasil. 20th Century Fox

“Êxodo: Deuses e Reis”, o filme do diretor Ridley Scott que chega aos cinemas brasileiros em 25 de dezembro, vai mostrar, é claro, o mais famoso de todos os milagres bíblicos: a travessia do Mar Vermelho. Mas sua representação será bem diferente daquela feita no clássico “Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. DeMille. No filme de 1956, Charlton Heston, que fez o papel de Moisés, divide o mar em duas grandes muralhas de água, entre as quais os filhos de Israel cruzam o leito seco do mar até a praia oposta. O exército do faraó persegue os fugitivos e acaba sendo engolido pelo mar, quando Moisés faz um sinal para as águas se fecharem novamente.

Scott disse que sua nova versão da história terá uma explicação mais realista e natural sobre o que aconteceu e não dependerá de Moisés para pedir a intervenção miraculosa de Deus. O diretor decidiu que as águas se “abrirão” em consequência de um tsunami provocado por um terremoto. Antes de um tsunami ser deflagrado, as águas costeiras geralmente recuam, deixando o leito do mar praticamente seco até a onda gigante chegar.

Mas há problemas com essa versão da história também. O tempo em que as águas recuam antes da chegada de um tsunami geralmente dura apenas 10 ou 20 minutos, muito pouco para que todos os filhos de Israel cruzassem o leito temporariamente seco. E também não haveria jeito de Moisés saber que um terremoto e um tsunami iriam acontecer, ao menos que Deus contasse a ele. Nesse caso, porém, a história manteria algum elemento milagroso.

Há uma explicação natural muito melhor de como uma passagem através do Mar Vermelho pode ter ocorrido. Essa teoria envolve a maré, fenômeno natural que poderia ter se encaixado perfeitamente no plano de Moisés, porque ele seria capaz de prever a sua ocorrência.

Em certos lugares do mundo, a maré pode deixar o leito do mar seco durante horas e depois voltar com ímpeto. De fato, em 1798, Napoleão Bonaparte e um pequeno grupo de soldados a cavalo cruzaram o Golfo de Suez, na ponta norte do Mar Vermelho, quase no mesmo local onde Moisés e os hebreus teriam atravessado.

Numa extensão de mais de um quilômetro de águas baixas, a maré voltou repentinamente, quase afogando Napoleão e seus soldados.

Na versão bíblica, os filhos de Israel estavam acampados na costa ocidental do Golfo de Suez quando avistaram as nuvens de poeira geradas pelas bigas do Faraó. Os hebreus estavam encurralados entre o exército do Faraó e o Mar Vermelho. Por outro lado, as nuvens de poeira foram provavelmente um sinal importante para Moisés, que pôde calcular quanto tempo o exército levaria para chegar à praia.

Na infância, Moisés havia vivido no deserto próximo e sabia onde as caravanas atravessavam o Mar Vermelho na maré baixa. Ele conhecia o céu noturno e os métodos antigos de prever a maré, baseado na localização da lua e sua fase. O faraó, ao contrário, vivia ao longo do Rio Nilo, que é conectado ao Mar Mediterrâneo, onde praticamente não há marés. Assim, o exército faraônico provavelmente tinha pouco conhecimento das marés do Mar Vermelho e de seus perigos.

Com o conhecimento das marés, Moisés pôde planejar a fuga dos hebreus. Ao escolher a lua cheia para a fuga, ele sabia que a maré baixa seria maior e o leito do mar ficaria seco por mais tempo, dando tempo para os hebreus atravessarem. A maré alta também seria maior, podendo mais facilmente submergir o exército do faraó.

O cálculo do tempo foi crucial. O último hebreu tinha que cruzar o leito seco antes da maré voltar, atraindo o exército do faraó para a leito exposto do mar, onde eles se afogariam quando as águas da maré voltassem. Se as bigas chegassem antes de a maré voltar, Moisés teria planejado alguma maneira de retardá-las. Se o exército chegasse depois de a maré ter voltado, ele teria atravessado os hebreus e depois, na próxima maré baixa, enviado alguns de seus melhores homens através do leito seco para atrair as bigas do faraó.

A Bíblia cita um forte vento leste que soprou a noite toda e afastou as águas. A física oceânica nos conta que o vento soprando sobre um trecho raso de água afasta mais as águas que um vento soprando sobre águas profundas. Se o vento, por acaso, soprou antes dos hebreus cruzarem o Mar Vermelho, ele teria ajudado ainda mais a expor o leito do mar.

Em 1798, quando Napoleão quase se afogou ao norte do Golfo de Suez, a água aumentava normalmente entre 1,5 a 2 metros na maré alta (atingindo até 3 metros com a ajuda do vento). Mas há evidências que o nível do mar era mais elevado na época de Moisés. Então, se esse foi mesmo o caso, a história real da travessia dos hebreus não precisa de muito exagero para incluir muralhas de água caindo sobre os egípcios.

Vale a pena citar outra evidência. Minha sugestão de que Moisés planejou a travessia do Mar Vermelho na maré baixa não é inteiramente nova. O escritor Eusébio de Cesareia (236 – 339 D.C.) cita duas versões da história da travessia do Mar Vermelho relatadas pelo historiador egípcio Artapanus (80 – 40 A.C.). Uma delas, contada pelo povo de Heliópolis, é semelhante ao relato da Bíblia. Mas a segunda versão, contada pelos habitantes de Memphis, diz que “Moisés, conhecendo o país, esperou a maré baixar e conduziu o povo através do mar seco”.

Se a maré realmente desempenhou um papel na travessia do Mar Vermelho por Moisés, ela pode ser considerada a mais notável e consequente previsão de maré da história.

No site Portal do Espírito encontramos um link que também deve ser avaliado.

17/12/2014
Mar Vermelho: Arqueólogos descobrem RESTOS DO EXÉRCITO EGÍPCIO do êxodo bíblico


O Ministério do Egito anunciou esta manhã que uma equipa de arqueólogos subaquáticos tinha descoberto o que resta de um grande exército egípcio do século 14 aC, na parte inferior do Golfo de Suez, a 1,5 km do litoral da cidade moderna de Ras Gharib. A equipa foi em busca dos restos de navios e artefatos antigos relacionados com a Idade da Pedra e da Idade do Bronze comércio na região do Mar Vermelho, quando tropeçou numa gigantesca massa de ossos humanos escurecidos pela idade.

Os cientistas liderados pelo Professor Abdel Muhammad Gader e associados à Faculdade de Arqueologia da Universidade do Cairo, já recuperaram
 um total de mais de 400 esqueletos diferentes, assim como centenas de armas e peças de armadura, também os restos de dois carros de guerra, espalhados uma área de aproximadamente 200 metros quadrados. Eles estimam que mais de 5000 outros organismos poderiam ter seido dispersos por uma área maior, o que sugere que um exército de grande tamanho que pereceram no lugar.


Esta lâmina magnífica de um khopesh egípcio, foi certamente a arma de um personagem importante. Ela foi descoberta perto das ruínas de um carro de guerra condecorado, sugerindo que poderia ter pertencido a um príncipe ou nobre.
Muitas pistas sobre colhidas naquele lugar levou o Professor Gader e a sua equipa a concluir que os corpos poderiam estar ligados ao famoso episódio do Êxodo. Primeiro de tudo, os soldados antigos parecem ter morrido em terra seca, uma vez que não há vestígios de barcos ou navios encontrados na área. As posições dos corpos e o facto de que eles foram presos a uma grande quantidade de argila e rocha, implicam que eles poderiam ter morrido num deslizamento de terra ou em um maremoto.


O número de corpos sugere que um grande exército antigo pereceram no site e a maneira dramática pela qual eles foram mortos, ambos parecem corroborar a versão bíblica da travessia do Mar Vermelho, quando o exército do faraó egípcio foi destruído pelo retorno das águas que por ordem de Moisés se tinha tinham separado. Esta nova descoberta certamente prova que realmente havia um exército egípcio de grande tamanho que foi destruído pelas águas do Mar Vermelho, durante o reinado do rei Akhenaton.
  
Durante séculos, o famoso relato bíblico da "travessia marítima Mar Vermelho" foi omisso pela maioria dos estudiosos e historiadores como o mais simbólico do que histórico.

Esta descoberta surpreendente traz prova científica inegável que um dos episódios mais famosos do Antigo Testamento era de fato, baseado em um evento histórico. Ele traz uma nova perspectiva sobre uma história que muitos historiadores têm considerado há anos como uma obra de ficção, e sugerindo que outros temas como as "pragas do Egito" pode de fato ter uma base histórica.

Muito mais operações de pesquisa e mais de recuperação são de se esperar no site ao longo dos próximos anos, como Professor Gader e a sua equipa já anunciaram o seu desejo de recuperar o resto dos corpos e artefactos o Professor considerou o lugar mais ricos em termos arqueológicos subaquáticos já descoberto.

Autor: Bruce Parker - The Wall Street Journal
Fonte: Jorge Nassrallah
http://www.vademecumespirita.com.br/goto/store/texto/1101/como-moises-atravessou-o-mar-vermelho

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A GRAVIDEZ DE ESPÍRITOS


Paulo da Silva Neto Sobrinho

Vale mais pecar por excesso de prudência do que por excesso de confiança.
(KARDEC)

 Numa reunião de estudos doutrinários, um frequentador principiante dirigiu-nos a seguinte pergunta: poderia ocorrer a gravidez de espíritos? Ao que lhe respondemos: até onde nós sabemos não. Retrucou-nos: mas existe um livro espírita, citando-lhe o título, que fala disso. Não o conhecíamos; entretanto, dissemos-lhe que iríamos procurar estudá-lo, pois não poderíamos emitir opinião sobre algo de que não tínhamos nenhum conhecimento; isso não seria muito ético.

Fomos, então, buscar a informação no livro Infinitas Moradas, do qual transcreveremos uma parte. É um trecho específico de um suposto diálogo entre o Dr. Inácio Ferreira com Odilon Fernandes; ambos, já na condição de espíritos desencarnados. Inicia-se com a fala de Dr. Inácio:

- Com tanta grandeza acima de nossas cabeças e nós insistindo em continuar a ver o que temos sob os pés!... Por mais me esforce, eu não entendo esse pessoal que deixa o corpo e prossegue na mesma... Não era para que, deste Outro Lado, tivéssemos hospitais, vales de expiação e nem tampouco regiões trevosas. Nem esses nossos irmãos com problemas de deformidade no corpo espiritual, ao ponto de necessitarem praticamente de um novo nascimento por aqui, com a finalidade de readquirirem a forma humana, antes de um novo mergulho na carne.

 - É um tema que transcende este, Inácio, sobre o qual, infelizmente, não devemos nos aprofundar com os nossos companheiros encarnados que, a bem da verdade, ainda revelam dificuldade para aceitar a Reencarnação como ela é... Eles não entenderiam a “gravidez” perispiritual nas regiões inferiores, onde seres que padecem aberrações de forma carecem de um renascimento como recurso terapêutico. Deixemos que a semente da ideia floresça naturalmente. Se se “morre” por aqui, por que também não se renasceria?...

 - Ou nasceria, não é?

 - Sim, ou nasceria, pois, se os Espíritos Superiores confirmaram a Allan Kardec que em a Natureza nada dá saltos, como explicar-se, por exemplo, sem elementos de transição em nosso Plano, a primeira encarnação humana do princípio espiritual? O corpo humano não está apto a receber entidades primárias, sem que o seu organismo perispiritual tenha, antes, humanizado a forma. Os primeiros nascimentos acontecem aqui!... Mas, repito, talvez isto seja muito para a cabeça de quantos ainda não conseguiram, por si mesmos, intuir semelhante realidade. O assunto tem gerado polêmicas, e não podemos comprometer a tarefa que, apesar dos pesares, tem produzido frutos de significativa qualidade.

- Talvez eu tenha me excedido...
(BACCELLI, 2003, p. 59-60) (grifo nosso).

Bom, não há dúvida alguma sobre o que o nosso companheiro nos informou a respeito de haver um livro abordando o assunto da gravidez de espíritos, que se trata, obviamente, de assunto inédito no meio espírita.

Como estudioso da Doutrina Espírita e, especialmente, por estar, momentaneamente, exercendo a função de instrutor, cabe-nos o dever de verificar se encontraremos apoio para isso nas obras básicas da codificação, uma vez que, como o próprio Kardec disse, a opinião de um espírito não passa apenas de uma opinião e dela não podemos assentar base para ponto doutrinário, conforme podemos confirmar nestas suas falas, transcritas da Revista Espírita, dos anos de 1865 e 1866, respectivamente:

O Espiritismo não é mais a obra de um único Espírito como não é a de um único homem; é a obra dos Espíritos em geral. Segue-se que a opinião de um Espírito sobre um princípio qualquer não é considerada pelos Espíritos senão como uma opinião individual, que pode ser justa ou falsa, e não tem valor senão quando é sancionada pelo ensino da maioria, dado sobre os diversos pontos do globo. Foi esse ensino universal que fez o que ele é, e que fará o que será. Diante desse poderoso critério caem necessariamente todas as teorias particulares que sejam o produto de ideias sistemáticas, seja de um homem, seja de um Espírito isolado. Uma ideia falsa pode, sem dúvida, agrupar ao seu redor alguns partidários, mas não prevalecerá jamais contra aquela que é ensinada por toda a parte. (KARDEC, 2000a, p. 306)  (grifo nosso).

 Quando tratarmos essas questões, o faremos sem cerimônia; mas é que, então, teremos recolhido os documentos bastante numerosos, nos ensinos dados de todos os lados pelos Espíritos, para poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar de acordo com a maioria; é assim que fazemos todas as vezes que se trata de formular um princípio capital. Nós os dissemos cem vezes, para nós a opinião de um Espírito, qualquer que seja o nome que traga, não tem senão o valor de uma opinião individual; nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar por nossos próprios olhos. De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como uma verdade absoluta, se, mais tarde, ela devesse ser combatida pela generalidade dos Espíritos? (KARDEC, 1993c, p. 191) (grifo nosso).

Fica claro que a opinião pessoal de um espírito não faz corpo de doutrina. Acrescentamos, por nossa conta, que a opinião de um espírita, seja ele quem for, também não faz corpo doutrinário.

Conforme se vê em Obras Póstumas Kardec desde o ano de 1855, ou seja, bem no início da Codificação, já conseguira formar conceito disso, cujo motivo nos explica:

Um dos primeiros resultados de minhas observações foi que os Espíritos, não sendo outros senão as almas dos homens, não tinham a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que o seu saber estava limitado ao grau de seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Essa verdade, reconhecida desde o princípio, me preservou do grande escolho de crer em sua infalibilidade, e me impediu de formular teorias prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns. (KARDEC, 2006, p. 299) (grifo nosso).

Dessa forma, Kardec preservou-se de crer na infalibilidade dos espíritos, algo que também não podemos deixar de considerar, sob pena de cairmos nas malhas de espíritos pseudossábios, “que se comprazem vendo editados suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enlear a ponto de fazê-los aceitar, de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio”. (KARDEC, 2000b, p. 96).

 Inicialmente, veremos que, em O Livro dos Espíritos, à pergunta de Kardec se os Espíritos tinham sexo (200), a resposta dos Espíritos foi: “Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.” (KARDEC, 1995a, p. 134).

 Segundo podemos entender dessa resposta, por lhes faltar uma organização física, os espíritos não têm sexo. Se não há sexo, como haveria a relação sexual para a consequente fecundação do óvulo pelo espermatozoide? Além disso, onde o gameta fecundado se fixaria?

 Da resposta dos Espíritos à questão 822a, transcrevemos este trecho: “Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles” (KARDEC, 1995a, p. 381) e acrescentamos do próprio Kardec: “Não se sabe, de resto, que os Espíritos só têm sexo para a encarnação?” (KARDEC, 2000b, p. 107), mantém-se, portanto, coerência com o que foi dito anteriormente.

 Mais à frente, quando o assunto é a evolução do princípio inteligente, especificamente no momento que ele sai do reino animal para estagiar no reino hominal, à pergunta (607b), feita por Kardec aos espíritos, se o período de humanização principia na Terra, eles respondem que “a Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra” (KARDEC, 1995a, p. 300).

Vindo do reino animal, obviamente, com um perispírito adequado àquele reino, ele, o princípio inteligente, não se liga a um corpo humano igual ao nosso, mas a um corpo humano muito mais próximo ao dele, adaptado às condições ambientais dos planetas primitivos. Esse corpo humano, tão análogo ao dos animais, não oferece nenhuma dificuldade de adaptação a esse novo estágio evolutivo pelo qual ele passa. Certamente que isso não ocorre de um dia para o outro, mas em milhares de anos, sem que haja solução de continuidade: “tudo se encadeia na Natureza”. Foi o que aconteceu aqui na Terra, quando ainda era um planeta primitivo, com os seres dos quais descendemos, que mais pareciam animais que propriamente seres humanos da forma que somos hoje. Kardec, tecendo considerações sobre a hipótese da origem do corpo humano, disse que “como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência.” (KARDEC, 1995b, p. 213).

Assim, podemos perceber que a transição do princípio inteligente do reino animal para o hominal ocorreu num corpo físico adequado àquela fase, e na época em que a Terra ainda era um planeta primitivo, transição essa que, pelo que entendemos, deita por terra a afirmativa de que “O corpo humano não está apto a receber entidades primárias, sem que o seu organismo perispiritual tenha, antes, humanizado a forma. Os primeiros nascimentos acontecem aqui!...” (grifo nosso), dita no diálogo entre os dois espíritos – Dr. Inácio e Odilon.

Em O Céu e o Inferno, no capítulo II, da segunda parte, quando dos relatos sobre as manifestações dos Espíritos Felizes, encontramos a afirmativa de que “os Espíritos não se reproduzem” e que “os Espíritos não podem ter sexo”. Kardec, em nota, explica: “Sempre disseram que os Espíritos não têm sexo, sendo este apenas necessário à reprodução dos corpos. De fato, não se reproduzindo, o sexo ser-lhes-ia inútil.” (KARDEC, 1995c, p. 183). Assim, fica claro que os Espíritos não se reproduzem; por conseguinte, não há como se falar em gravidez de Espírito, que, se ocorresse, aí sim, teríamos a tal gravidez perispiritual.

Na Revista Espírita 1859, Kardec trata dos agêneres, que assim define em O Livro dos Médiuns: “É o estado de certos Espíritos que podem revestir momentaneamente as formas de uma pessoa viva, ao ponto de causar completa ilusão. (Do grego – a, privativo, e - géiné, géinomaï, gerar; que não foi gerado.)” (KARDEC, 1996, p. 485) que, após tecer vários comentários, faz várias perguntas ao Espírito São Luís, das quais, destacamos: “Podem eles procriar? -R. Deus não lhes permitiria; seria contrário às leis que estabeleceu para a Terra; elas não podem ser elididas”. (KARDEC, 1993a, p. 39). Os agêneres não podem, pois, procriar porque ainda estão na condição de Espíritos desencarnados; é simples, não?

Novamente, encontraremos Kardec falando sobre o assunto na Revista Espírita, anos 1862 e 1866:

De outro lado, é preciso considerar que os Espíritos se desmaterializam à medida que se elevam e se depuram; que não é senão nas classes inferiores que a encarnação é material; para os Espíritos superiores, não há mais encarnação material, e, consequentemente, mais procriação, porque a procriação é para o corpo e não para o Espírito. […] (KARDEC, 1993b, p. 219) (grifo nosso).

As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.

 [...]

 Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (KARDEC, 1993c, p. 3) (grifo nosso).

Essas duas falas resumem tudo quanto de mais importante poderíamos encontrar na codificação; não precisaríamos de mais nada; mas, ainda vamos continuar a nossa pesquisa em outras obras.

 Vamos, agora, recorrer ao espírito André Luiz, autor espiritual da obra Evolução em dois mundos, pela psicografia de Chico Xavier, para elucidarmos ainda mais esse assunto. André Luiz cita uma situação onde será necessário recompor a forma espiritual humana, conforme podemos ler quando ele fala sobre o monoideísmo:

Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.

 Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmo, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.

 Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação, a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra as bactérias que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes apresentam inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao frio e ao calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício.

Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico.

Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide (7), o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir.
_____
(7) Ver no livro “Libertação”, do mesmo Autor espiritual, recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulos 6º e 7º, págs. 84 e seguintes, observações sobre estas formas ovoides. — (Nota da Editora.)
(XAVIER, 1987, p. 90-91) (grifo nosso).

Portanto, “na próxima dimensão”, alguns Espíritos perdem a forma perispiritual humana para se transformarem em ovoides. Poderiam eles reencarnar nessas condições? Teriam a necessidade de retomar à forma humana? Enfim, o que acontecerá nessa situação? Vamos, ainda, continuar recorrendo a André Luiz que, mais à frente, diz da necessidade da reencarnação, de uma forma geral:

FORMA CARNAL - Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, consequentemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação, operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.

 Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.

 Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo. (XAVIER, 1987, p. 91-92) (grifo nosso).

Deixa clara a questão do Espírito ter que cumprir a lei da reencarnação, entrando, novamente, num corpo feminino, via óvulo fecundado, para seguir o curso normal do processo reencarnatório; e, em especial, para os casos dos Espíritos em forma de ovoides, ele diz:

Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de “ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organogênicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiencial. (XAVIER, 1987, p. 152-153) (grifo nosso).

Assim é que, mesmo neste caso, há a necessidade da ligação do Espírito em forma de ovoide com o óvulo já fecundado, sem outro procedimento a não ser a redução perispiritual. Interessante é que há, para os reencarnantes, o ato de “restringimento do corpo espiritual” para ligá-lo ao óvulo. Curioso é que o processo de redução perispiritual para a reencarnação é bem semelhante ao ocorrido na ovoidização do perispírito, por fixação mental do Espírito, ainda preso a sentimentos inferiores, dos quais, parece, não querer largar mão.

 O que aqui está sendo dito vem contrariar o que foi afirmado no livro, que estamos analisando, de que Espíritos “com problemas de deformidade no corpo espiritual, ao ponto de necessitarem praticamente de um novo nascimento por aqui, com a finalidade de readquirirem a forma humana, antes de um novo mergulho na carne”, uma vez que tal processo ocorre realmente numa nova encarnação física no nosso plano.

 Podemos, ainda, para corroborar isso, trazer mais a informação ditada pelo espírito Adamastor, na obra Ícaro redimido:

A ovoidização é uma das pungentes enfermidades que pode acometer o espírito depois da morte. Consiste na perda da consciência ativa, quando o eu consciente desmorona-se completamente, em decorrência de atrozes e insuportáveis sofrimentos, voltando-se sobre si mesmo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividade consciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do subconsciente. O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução, e a estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo sua natural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de um ovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil. O processo é em tudo semelhante ao das bactérias que se encistam diante de condições adversas de vida, aguardando novas oportunidades para retornarem à atividade normal. A ovoidização é processo incurável no plano espiritual, sendo uma das mais graves enfermidades de nosso mundo, e somente pode ser revertido em reencarnações expiatórias, quando o espírito reencontra-se com novo ambiente de manifestação e pode refazer o metabolismo do seu consciente. Várias reencarnações, porém, se consomem em tentativas frustradas, de modo que a perda evolutiva é imensa para estes infelizes seres. Muitos regridem a condições tão primárias da vida humana que necessitam reencarnar entre povos primitivos, a fim de suportar-lhes a grave patologia, sem se desfazerem em malformações congênitas incompatíveis com a biologia humana. [...] (FREIRE, 2002, p. 28) (grifo nosso).

Juntamos, também, a essa nossa pesquisa, o pensamento do escritor espírita Eurípides Khül, em seu estudo do capítulo XII – Alma e desencarnação, do livro Evolução em dois mundos. Leiamos:

5) O que são os ovoides e qual a origem de sua existência no mundo espiritual?
R - Ovoides são os espíritos que, ainda na fase primitiva da evolução, assumem a forma de ovo, após a desencarnação, em consequência de sua incapacidade em se adaptar à nova maneira de viver, agora no mundo espiritual. A ideia fixa, única, auto-hipnotizante, de renascer na carne, mantém o seu psiquismo ligado na vida carnal e magnetiza-lhe a mente, reprimindo outros estímulos aos órgãos do corpo espiritual, que se retraem e atrofiam, por falta de função. Voltam-se, então, esses órgãos, para a mente, onde se deixam dominar pelos pensamentos. Suas células são atrofiadas pela ideia única de retorno ao veículo físico. É um processo semelhante ao encolhimento do perispírito por ocasião da reencarnação. Enquanto perdura esta situação, o espírito perde a forma humana, assumindo a forma ovoide. O formato de ovo se explica por ser este o berço onde se dá inicio ao processo de renascimento de vários seres, inclusive do próprio homem, que tem o seu corpo físico gerado no óvulo da mãe. Daí por que a mente desses espíritos, fixados na ideia de renascerem para a vida física, plasmam a forma ovoide.

 Assim permanecem até que surja nova oportunidade reencarnatória. Com o processo de reencarnação iniciado, assimilam novos recursos orgânicos, utilizando-se do auxílio de células dos pais. Sua mente passa a elaborar o novo veículo fisiológico, em moldes cuja orientação lhe é imposta. Plasma, desta maneira, nova forma carnal, novo veículo físico, para o que refaz e reconstitui o perispírito, readquirindo a forma humana.

 André Luiz compara essas criaturas a algumas bactérias que, apartadas do seu meio ambiente, tornam-se incólumes ao frio e ao calor, mantendo-se imóveis por longos períodos, mas que entram em atividade tão logo sejam alocadas no ambiente que lhes seja peculiar.

 6) Como é plasmada a nova forma carnal na qual o espírito reencarnante se expressará?
R - Para que se dê o processo reencarnatório que o libertará da forma ovoide, o espírito reencarnante necessita do organismo genésico da futura mãe, com a qual tem afinidade e da qual herdará características físicas, para assimilar recursos orgânicos através da célula feminina, fecundada pelo gene paterno. Sua mente, então, elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo células físicas que se reproduzem de conformidade com a orientação que lhe é imposta e refletindo o seu estado evolutivo. Plasma, assim, a nova forma carnal, que irá repercutir no perispírito, através de células sutis, promovendo alterações no corpo espiritual desde o renascimento e que irão perdurar após o túmulo.

 (Fonte: Centro Virtual de Divulgação e Estudos do Espiritismo, Internet) (grifo nosso).

Portanto, temos, aqui, pela opinião desse autor, que é necessária a reencarnação para que o Espírito readquira novamente a forma perispiritual humana.

Voltemos à obra Evolução em dois mundos, porquanto algo importante nela ainda temos para apresentar:

VIDA NA ESPIRITUALIDADE - Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.

 Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.

 As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação.

 Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhes demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender-se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz. (XAVIER, 1987, p. 96-97) (grifo nosso).

Observar, caro leitor, que André Luiz cita as plantas e os animais na espiritualidade; porém, quanto à reprodução ele restringe apenas às plantas e mesmo assim de forma limitada por possuírem “configuração celular mais simples”. Isso torna fato que os animais não se reproduzem no plano espiritual, por terem uma “configuração celular mais complexa”; então, cabe-nos perguntar: por que motivo especial a espécie humana reproduzir-se-ia, considerando que tem configuração celular tão complexa quanto à dos animais?

À pergunta do Dr. Inácio: “E nascem criança por aqui?...”, respondeu André Luiz: “É claro que sim,...” (BACCELLI, 2002, p. 215), não deixa dúvida de que se fala mesmo da gravidez como algo real. Entretanto, por esse estudo, concluímos que a gravidez perispiritual de Espíritos, seguindo-se a ideia do que ocorre aqui na terra, não é uma possibilidade real, porquanto são outras as leis que regem o mundo espiritual. Aliás, se ela ocorresse, só poderia ser mesmo a nível perispiritual, já que o corpo do Espírito, na dimensão espiritual, é o perispírito. Obviamente, essa não deixa de ser também uma opinião pessoal, mas nosso objetivo não é levar o leitor a aceitá-la; mas, apenas provocar-lhe uma reflexão sobre o assunto, de forma a encontrarmos uma solução para o problema levantado. E, que fique claro, que não estamos contra ninguém; apenas analisamos as opiniões, o que, certamente, acontecerá conosco em relação ao que aqui estamos falando.

Referências bibliográficas:

BACCELLI, C. A. Infinitas Moradas. Uberaba – MG: LEEPP, 2003.
BACCELLI, C. A. Na próxima dimensão. Uberaba – MG: LEEPP, 2002.
FREIRE, G. T. Ícaro redimido: a vida de Santos Dumont no Plano Espiritual. Belo Horizonte: Ediame, 2002.
KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 1995b.
KARDEC, A. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro: FEB, 1995c.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 1995a.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 1996.
KARDEC, A. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 2006.
KARDEC, A. Revista Espírita 1859. Araras, SP: IDE, 1993a.
KARDEC, A. Revista Espírita 1862. Araras, SP: IDE, 1993b.
KARDEC, A. Revista Espírita 1865. Araras, SP: IDE, 2000a.
KARDEC, A. Revista Espírita 1866. Araras, SP: IDE, 1993c.
KARDEC, A. Viagem Espírita em 1862. Matão, SP: O Clarim, 2000b.
XAVIER, F. C. Evolução em dois mundos. Rio de Janeiro: FEB, 1987.
Centro Virtual de Divulgação e Estudos do Espiritismo, Estudo: Alma e desencarnação: http://www.cvdee.org.br/est_nltexto.asp?id=08&cap=12), acesso 11/12/2006, 20:35:hs.

 (A versão original foi publicada na revista Espiritismo & Ciência nº 51, ago/2007, p. 28-33)

Paulo da Silva Neto Sobrinho
Dez/2006.
(revisado jun/2012).
A Era do Espírito


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